Reunião entre Comando Nacional dos Bancários e Fenaban termina sem avanços na proteção da categoria contra a COVID-19

Nesta quinta-feira, 11 de março, ocorreu mais uma reunião entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Foram debatidas ações para proteger a categoria bancária contra a pandemia do coronavírus, já que a situação requer cuidados com o agravamento da situação. A reunião terminou sem maiores avanços.

Uma boa notícia é que a proposta de inclusão da categoria bancária como prioritária no Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19, foi colocada como pauta urgente. A Fenaban também concordou com a reivindicação dos bancários e se comprometeu a se juntar ao movimento sindical nesta luta junto ao poder público. A Contraf-CUT também irá enviar carta ao Ministério da Saúde reivindicando a inclusão da categoria entre os setores profissionais prioritários para a vacinação, após os grupos de risco (profissionais da saúde e idosos)

Em sua fala, o presidente da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), Nilton Damião Esperança, cobrou soluções sobre os protocolos de segurança e falou sobre denúncias de que os caixas estão sendo colocados para trabalhar no auto-atendimento, onde aglomerações são frequentes e, portanto, um maior risco de contágio para os trabalhadores. “Os bancos têm que desburocratizar os protocolos de segurança. Precisamos de agilidade e facilidade nos momentos que bancárias e bancários mais precisam de equipamentos de segurança. Quanto aos caixas que estão trabalhando no autoatendimento, os bancários podem reivindicar insalubridade, que é o valor pago aos trabalhadores nos casos de atividades que acarretem riscos à saúde. Outra denúncia que eu eu fiz foi em relação aos bancários que estão em Home Office e estão sendo deslocados para trabalhar em Postos de Atendimento Bancário. Alguns gestores e algumas regionais estão deslocando funcionários, inclusive, para unidades de saúde, tornando o risco de contaminação  bem maior. Esperamos que nossas demandas sejam atendidas o quanto antes”, declarou o presidente da Fetraf RJ/ES.

Confira as respostas sobre as reivindicações da reunião anterior: 

Visitas externas – as notícias não foram boas. Sobre a denúncia da pressão para que os bancários façam visitas externas, a Fenaban garantiu que vai orientar a todos os bancos que as reuniões presenciais de gerentes sejam exclusivas de casos emergenciais. Os representantes dos trabalhadores voltaram a cobrar a suspensão total. Os representantes dos bancos ficaram de retornar.

Diminuição dos horários das agências – Os bancos disseram que irão reduzir o horário de atendimento: das 9h às 10h, atendimento exclusivo aos clientes do grupo de riscos, idosos e gestantes. Entre 10h e 15h, no máximo. Atendimento aos demais clientes. Essas limitações de horário não valem para a Caixa, que irá iniciar o pagamento da nova fase do auxílio emergencial.

Teletrabalho – A Fenaban disse que 14 instituições financeiras já efetuaram o retorno dos trabalhadores do sistema presencial para o teletrabalho. Ficou de apurar ainda se outros bancários irão retornar a esta situação.

Pressão das metas –  Outra reivindicação cobrada foi a redução das metas durante a pandemia.

Demissões – O Comando reivindicou que os bancos suspendessem as demissões nesse pior momento da pandemia. Sobre essa questão, ficou acertada uma nova reunião para a tarde da próxima terça-feira (16), às 13h.

Sobre as demais reivindicações, os representantes dos bancos se comprometeram a responder até esta sexta-feira (12).