Bancário do Bradesco e família sofrem sequestro em São Gonçalo

O gerente geral da agência Alcântara do Bradesco foi sequestrado na noite da última terça-feira, em companhia da esposa e do filho de 2 anos ao chegarem em casa. Na manhã de quarta-feira, os três foram libertados.

A família foi rendida e levada de carro até a comunidade do Morro do Castro, onde a mulher e a criança foram mantidas reféns. O bancário foi levado para outro local, ainda não identificado. Pela manhã, foi conduzido pelos sequestradores até a agência, mas a ação foi notada pela segurança do banco. Quando perceberam que o assalto não seria concretizado, os bandidos libertaram o bancário. Pouco depois, a esposa e o filho do gerente também foram liberados pelos sequestradores.

Os dirigentes do Sindicato dos Bancários de Niterói têm encontrado dificuldade para contactar diretamente o bancário sequestrado. Ele já esteve na Delegacia de Roubos e Furtos duas vezes para prestar depoimento – na tarde de quarta-feira, logo após o sequestro, e na manhã de quinta-feira – sempre acompanhado de representantes do banco. Em contato por aplicativo de mensagens com sindicalistas ele somente informa que estão todos bem e que o banco está “dando todo apoio, para o que eu precisar”. Os dirigentes só sabem que o gerente não quer se afastar do trabalho por uns dias, como o banco propôs.

Mesmo que não tenham ainda conseguido falar pessoalmente com as vítimas, os diretores do Seeb-Niterói estão atentos. O Bradesco não costuma fazer a Comunicação de Acidente de Trabalho em casos de sequestro e a praxe do banco é, depois de alguns meses, demitir o funcionário que foi sequestrado. Caso a CAT não seja emitida pela empresa dentro do prazo legal, o sindicato vai encaminhar o documento ao INSS, para garantir que qualquer patologia física ou mental que o bancário venha a desenvolver seja associada ao sequestro.

 

Fonte: Fetraf-RJ/ES