O custo de vida no município de São Paulo registrou, em 2005, a menor elevação dos últimos sete anos, segundo cálculos do DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. Entre janeiro e dezembro de 2005, o Índice do Custo de Vida (ICV-DIEESE) subiu 4,54%, taxa superior apenas à verificada em 1998 (0,49%), e a segunda menor de toda a história do indicador, iniciada em 1959. A taxa do ano passado foi, ainda, 3,16 pontos percentuais inferior à de 2004 (7,70%).
Nos últimos 12 meses, a variação acumulada anual, que começou 2005 em ascensão, voltou a recuar nos dois últimos meses do ano, permitindo chegar à segunda menor taxa do ICV. Em janeiro, a taxa situava-se em 7,12%, e subiu nos meses seguintes até atingir o ponto mais alto em abril (8,50%). A partir de então, as variações anuais apresentaram um comportamento declinante até agosto (4,89%), voltando a crescer em setembro (5,34%) e outubro (5,37%). Nos dois últimos meses de 2005, novembro (4,90%) e dezembro (4,54%) as taxas anuais reduziram-se novamente, e o ano terminou com a menor variação para o período.
Quando são considerados os estratos de renda para os quais o ICV-DIEESE é calculado, verifica-se uma correlação positiva, com taxas mais baixas para as famílias de menor poder aquisitivo. O estrato 1, que corresponde à estrutura de gastos de 1/3 das famílias mais pobres (renda média = R$ 377,49*), registrou a menor elevação, com taxa de 3,80%. Para o estrato 2, que contempla os gastos das famílias com nível intermediário de rendimento (renda média = R$ 934,17*), a taxa foi de 4,09%, enquanto para o estrato 3, que se refere às famílias de maior poder aquisitivo (renda média = R$ 2.792,90*), a taxa ficou em 4,94%.
O comportamento em dezembro – No mês de dezembro, o custo de vida medido pelo DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – para o município de São Paulo, registrou taxa de 0,19%, 0,19 ponto percentual inferior à apurada em novembro (0,38%). Transportes (0,14 pp), Alimentação (0,06 pp) e Habitação (0,03 pp) foram os grupos que determinaram o registro de taxa positiva no mês. Por outro lado, Despesas Pessoais (-0,01pp) e Equipamento Doméstico (-0,03pp) contribuíram para reduzi-la.
O DIEESE observou, em dezembro, uma correlação positiva entre o comportamento dos preços e a renda familiar, com aumentos menores para quem tem rendimento mais baixo. Assim, para o estrato 1, que corresponde à estrutura de gastos de 1/3 das famílias mais pobres, a taxa ficou em 0,11%. Para o estrato 2, que contempla os gastos das famílias com nível intermediário de rendimento, a taxa foi de 0,18%, enquanto para o estrato 3, que reúne famílias de maior poder aquisitivo, a alta chegou a 0,22%.
(Fonte: Dieese)
* Os níveis de rendimento referem-se aos valores definidos para junho de 1996, quando da implantação da atual ponderação
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