Milhares marcham no Rio contra venda do patrimônio público brasileiro

Foto: CUT

A terça-feira, 03, foi movimentada no centro do Rio de Janeiro, com a realização de um ato público contra a venda do patrimônio brasileiro ao capital privado. A data foi escolhida por marcar o 64º aniversário de fundação da Petrobrás. Trabalhadores do setor público saudaram os movimentos sociais vindos de toda parte do país em defesa das empresas brasileiras e contra a política de entrega das riquezas nacionais do governo golpista de Michel Temer. Estima-se que cerca de 40 mil pessoas tenham participado do ato.

Funcionários dos prédios administrativos do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal paralisaram suas atividades e aderiram à manifestação. Além da adesão de diversas entidades dos movimentos sociais e populares, participaram do ato também as centrais sindicais. O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, esteve presente representando a entidade.

O Movimento Nacional dos Atingidos por Barragens – MAB, realiza seu encontro 8º nacional no Rio de Janeiro nesta semana e engrossou a manifestação. O MTST e o MST também tiveram participação destacada. O Levante Popular da Juventude e a Marcha Mundial das Mulheres combinaram suas batucadas para dar o ritmo da manifestação. Representantes dos movimentos LGBTT, negro e indígena também marcharam pelas avenidas Rio Branco e Almirante Barroso. O ato foi encerrado com a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Os sindicatos filiados à Fetraf-RJ/ES atenderam à convocação e enviaram representantes à capital. O presidente da Entidade, Nilton Damião Esperança, criticou duramente a postura entreguista do Executivo federal. “Hoje o governo brasileiro, ao invés de investir da sociedade, está tirando, vendendo o patrimônio publico. Estamos passando por um golpe contra a soberania nacional para agradar ao setor financeiro. Temos que cobrar dos banqueiros mais responsabilidade social. É preciso dizer não a esta reforma trabalhista que significa a volta a escravidão, e à reforma da previdência que representa o fim da aposentadoria das trabalhadoras e trabalhadores brasileiros. Atos como este são muito importantes para demonstrar que o povo exige a correção dos rumos do país”, avalia Nilton.

Durante o ato, também foi feita coleta de assinaturas para um projeto de lei de iniciativa popular que se contrapõe à venda de patrimônio público.

 

Fonte: Fetraf-RJ/ES