Bancários protestam contra reforma trabalhista no Itaú

Respaldado pela nova legislação, o Itaú decidiu não fazer mais as homologações de demissão nos sindicatos, como era garantido pela lei trabalhista antes da reforma implementada em 2017. O movimento sindical, preocupado com os prejuízos que as demissões sem supervisão podem trazer aos bancários, decidiu organizar um Dia Nacional de Luta nesta quinta-feira, dia 1º.

Com a atividade, o funcionamento das centrais de atendimento do banco foi interrompido e o banco se viu obrigado a acionar o sistema de resposta automática para informar os clientes. Os gerentes receberam comunicado informando sobre a situação.

Além da não homologação, o Itaú já tinha tentado implementar outra mudança da reforma trabalhista: a decisão do empregador sobre a data de férias do empregado. Na ocasião, o banco determinou que o RH e o Jurídico da empresa seriam responsáveis por definir as novas regras para gozo das férias. O movimento sindical pressionou e o banco voltou atrás da decisão.

Em protesto contra a implementação das novas regras, os sindicatos da base realizaram um dia de atividades nas agências do Itaú. Em Campos, aconteceu na maior agência da base, com distribuição para os bancários de material produzido com orientações sobre a homologação das dispensas. No Espírito Santo houve atividade nas agências do Centro, em Vila Velha, Reta da Penha e Beira Mar, em Vitória. Os empregados ficaram reunidos em plenária até às 10 horas para discutir os impactos da reforma trabalhista, período em que não houve expediente interno. Em Macaé, os sindicalistas percorreram em caravana as agências do Itaú no município-sede e conversaram com os bancários, enquanto distribuíam o jornal da entidade. O sindicato de Nova Friburgo paralisou até meio-dia as atividades da maior agência do Itaú em sua base, distribuindo a bancários e clientes um material próprio que mencionava as demissões, as atitudes arbitrárias do banco, as reclamações contra o Itaú junto ao Banco Central e as mudanças da reforma trabalhista. Em Petrópolis, houve caravana nas agências com distribuição de material, elaborado pelo sindicato, com informações sobre a situação dos trabalhadores e as mudanças impostas pelo banco. O sindicato do Rio de Janeiro paralisou 11 agências do Itaú no centro da cidade, no eixo da Avenida Rio Branco. Em todas as agências houve reunião com os bancários para explicar o risco da não homologação pelo sindicato. O sindicato do Sul Fluminense fez caravana nas agências, distribuindo a última edição do jornal Itaunido, produzida especificamente para esta atividade. Os sindicalistas bancários de Teresópolis percorreram as quatro agências do banco na base e fizeram reuniões com os funcionários, explicando sobre a reforma trabalhista e orientando os trabalhadores a procurar o sindicato sempre que o banco instituir novas regras. Houve também distribuição do jornal Itaunido. Em Três Rios o sindicato fez manifestação em frente à maior agência do Itaú em sua base, fazendo falação e corpo-a-corpo com bancários e clientes e distribuindo o Itaunido especial.

 

Fonte: Fetraf-RJ/ES