Por Nilton Damião Esperança
Nos últimos 20 anos nosso país mudou muito, e para melhor. Em 1994 o Governo Itamar formulou o Plano Real que colocou nossa economia em outro patamar, além de ter proporcionado uma grande distribuição de renda. O Governo FHC (1995/2002) deu continuidade a esta estabilidade econômica, mas optou pelo liberalismo econômico.
As privatizações foram e são um ponto de honra para os tucanos. Constantemente, eles citam o vasto número de celulares que temos hoje, mas não falam que, em virtude de uma privatização feitas às pressas, e com inúmeras irregularidades, também temos tarifas das mais caras do mundo. Falando nisso, poucos se lembram do escândalo de corrupção da Telebrás, que envolveu o Banco Opportunity. Não é de se estranhar, pois na época tínhamos um “engavetador geral da republica”, e uma Policia Federal esvaziada.
Além das privatizações, foram oito anos em que empresas públicas ficaram sem reajuste salarial, categorias sem ganho real, universidades federais foram sucateadas, surgiu o Fator Previdenciário, e por consequência, o governo desferiu um brutal ataque aos sindicatos.
Tudo apoiado pela grande mídia, que não gastou uma linha para denunciar o mensalão mineiro, que financiava a reeleição de FHC, em 1998.
O governo Lula (2003/2010) manteve a estabilidade econômica, mas ao invés de optar pelo monetarismo econômico, foi em direção à construção de uma agenda de inclusão social, que conseguiu reduzir a taxa de pobreza de 40 % para 9 % .
Começamos a perceber que não precisávamos ter “medo de ser feliz”, pois era possível o Brasil crescer, ao mesmo tempo em que suas sofridas classes C, D e E passavam a ter casa, carro, faculdade (graças ao FIES), viajar de avião etc.
Em 2008 veio uma crise econômica mundial, e enquanto países ricos amargavam com o desemprego, nossas taxas se mantinham estáveis.
Em nome dessa eficiente política que conjugava distribuição de renda com crescimento econômico, Lula, no alto de sua enorme popularidade, elegeu sua sucessora, a Ministra Dilma Rouseff. Mas o mundo era outro, e os ventos da prosperidade econômica deixaram de soprar. Mesmo assim, a agenda social do governo se manteve, e até avançou. Categorias continuaram a ter aumento real de salário, o desemprego vem se mantendo baixo, e num momento em que partidos conservadores tentavam passar no Congresso o PL4330, contamos com o apoio desse governo para que este nefasto projeto para a classe trabalhadora fosse arquivado.
Nesses últimos 12 anos, nós, sindicalistas, nunca tivemos medo de criticar ou de apontar erros que o Governo cometeu. Mas também sempre soubemos que 500 anos de desmandos não vão terminar em uma década. Quem tem hoje seus tenros 20 ou 30 anos e iniciou sua vida laboral nos governos do PT não tem a noção do que foram os bicudos anos do governo PSDB. Influenciados por uma massiva campanha anti-PT da grande mídia, chegam à conclusão, simplista, de que é hora de mudar.
Independente disso, voltar a uma política de exclusão social, aumento da violência, reajuste zero, ataques aos sindicatos, escândalos de corrupção abafados pela grande mídia, e fazer com que os pobres voltem a pagar a conta dos ricos, não tem nada de mudança e sim de retrocesso.
Ser anti-PT é fácil o que não podemos é ser anti-Brasil!
Nós que vivemos tempos difíceis e vivemos hoje num país melhor temos a obrigação cívica de apoiar a Dilma nesse segundo turno, e poder dizer, daqui a 20 anos, que nosso pais mudou muito, e para melhor.
Agora, pergunto: Aécio e o PSDB são a mudança? Parece que seu Estado, Minas Gerais não acha…
VOTE DILMA!
Fonte: Por Nilton Damião Esperança