BB apresenta propostas, mas precisa melhorá-las – 23/09/2005

(São Paulo) O Banco do Brasil apresentou hoje propostas para duas das mais importantes reivindicações do funcionalismo: a Parcela Previ e a Participação nos Lucros e Resultados (PLR). O BB respeitou o modelo de PLR reivindicado pelo movimento sindical, mas os valores, assim como o da nova Parcela Previ podem ser melhorados. E muito!

Para a Parcela Previ, o banco propôs a redução dos atuais R$ 2.200,06 para R$ 1.539,75. Pela primeira vez os representantes do BB admitiram que o movimento sindical não “viu coisas” e que realmente apresentaram proposta no ano passado: “Estes R$ 1.539,75 são baseados naquele valor que chegamos a colocar na mesa na Campanha Salarial passada, de R$ 1.440, corrigidos em 6,92% do fator atuarial da Previ”, explicou Joel Bueno, negociador do banco.

Os representantes do funcionalismo, entretanto, destacaram que o valor continua alto e reafirmaram a sua proposta: “Nós queremos que o banco recupere o valor inicial da Parcela Previ, que era de R$ 1.031, corrigidos pelos mesmos percentuais de reajuste que os funcionários do BB tiveram nestes anos todos, o que atualizaria seu valor para R$ 1.373. Até aceitamos a correção do valor atuarial de 6,92%, mas tem que resgatar o valor inicial da PP”, afirmou Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa.

PLR – Sobre a PLR, o banco manteve o formato reivindicado pelos funcionários, mas rebaixou toda a proposta. O funcionalismo reivindica uma Participação nos Lucros semestral de 50% do salário, mais uma parcela fixa de R$ 394 e a distribuição linear de 5% do lucro líquido. O BB propôs o pagamento de 3% do lucro semestral, mais uma parcela fixa de R$ 375. Com relação ao percentual do salário, o banco propõe 25% para quem ganha menos e 185% para quem recebe mais. A pior parte da proposta é que este valor vinculado ao percentual do salário só seria pago para as agências que cumprissem o Acordo de Trabalho.

“A Comissão de Empresa reconhece o avanço do BB em manter a estrutura da nossa proposta. Mas estes valores são muito baixos e há espaço para melhorar. Agora o que não aceitamos de jeito nenhum é vincular o pagamento da PLR ao Acordo de Trabalho”, ressaltou Milton Rezende, vice-presidente da CNB/CUT.

Os bancários devem analisar a proposta do BB no próximo dia 27, durante a assembléia geral que vai definir a greve do dia 28. Os funcionários do BB devem participar em massa das manifestações porque a Comissão de Empresa volta a negociar com o BB no dia 29, às 15h, em Brasília,

Fonte: Fábio Jammal Makhoul – CNB/CUT

Fonte: CNBCUT