Na última quinta-feira, 22 de julho, a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) realizou o “Encontro Interestadual dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Bancos Bradesco, Itaú e Santander”, que contou com a presença maciça de dirigentes sindicais e de bancárias e bancários dos bancos envolvidos.
O evento teve a participação de Vivian Machado, mestre em economia pela PUC/SP, economista e técnica no Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), que fez uma esclarecedora palestra falando dos impactos dos bancos digitais para a categoria bancária. E alertou, também, para o que vem sendo chamado de “uberização” do trabalho. Ou seja, um novo modelo bancário que aumenta a pressão sobre o trabalho bancário, onde o trabalhador é monitorado o tempo todo, seja por e-mails, uso da internet, softwares de controle de tarefas, entre outras ferramentas, mas não possui vínculo empregatício com o banco e não tem os direitos que estão contidos na nossa Convenção Coletiva de Trabalho. É a precarização dos serviços e das relações trabalhistas, principalmente, através de plataformas digitais.
Após a palestra da economista, os participantes foram direcionados para debaterem as especificidades dos respectivos bancos aos que são vinculados.
Além disso, foram eleitas as delegações que irão participar, entre os dias 3 e 8 de agosto, dos Encontros Nacionais dos Bancos Privados, onde bancários do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Banco da Amazônia (Basa), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Itaú, Bradesco, Santander e Banco Mercantil, de todo o país, irão se reunir virtualmente para discutir estratégias de mobilização e lutas para enfrentar questões específicas de cada banco relacionadas à manutenção do emprego, saúde e condições de trabalho, além de temas que envolvem toda a classe trabalhadora, como minuta de decreto que altera o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) e vai limitar radicalmente os benefícios dos vales refeição e alimentação, apresentada pelo governo Bolsonaro.