Presidente da Fetraf RJ/ES prega unidade na abertura do 6º Congresso da Contraf-CUT

O 6º Congresso da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) começou na tarde desta sexta-feira, 1º de abril, em São Paulo, com a presença de diversas lideranças do movimento sindical.

O tema do congresso é “Reconstruir o Brasil que a gente quer”. E, em decorrência da pandemia da covid-19, a atividade está sendo realizada em formato híbrido.

Em sua fala, o Presidente da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), Nilton Damião Esperança, defendeu a unidade da categoria: “Todas as correntes fazendo parte da unidade da Contraf-CUT são muito importantes, pois deixamos de lado a vaidade e o interesse pessoal, neste momento em que temos que mudar o governo do país. Se não houver unidade, não haverá força nas mesas de negociação, pois a unidade dos banqueiros todo mundo percebe”. Segundo ele, no atual momento de desgoverno no Brasil, essa mesma unidade sindical será importante na sociedade para “fazermos a diferença, não apenas com a eleição do presidente, mas também de parlamentares comprometidos com os trabalhadores”.

Representantes de Sindicatos dos Bancários da base da Fetraf RJ/ES também participam do evento.

A presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, ressaltou em sua fala a importância do lema do 6º Congresso: reconstruir o Brasil que a gente quer. “Essa é uma tarefa de todos nós, e se ficarmos parados, não vamos conseguir”, alertou. “O Bolsonaro, junto com o golpe de 2016, destruiu o Brasil para retirar direitos, para empobrecer o país, para implementar um país para poucos”, disse.

A presidenta também incentivou as mobilizações necessárias para este ano de 2022, que será de muita luta. “Passamos anos resistindo, mas este ano acordamos com a ideia de que vai dar certo. Vamos sair deste congresso com um plano de luta. Temos que lutar para que todos tenham comida, casa, trabalho, para que haja igualdade de gênero. É fundamental a gente lutar por isso, temos que combater o machismo, a violência contra a mulher, a violência contra o jovem negro. Temos que reconstruir o Brasil que a gente quer”.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre, lembrou que as centrais sindicais têm sofrido um forte ataque do governo Bolsonaro, que tenta sufocar a luta da classe trabalhadora. “Eles estão destruindo o Brasil. Para combater isso, temos o desafio de construir 6 mil comitês de luta e organização dos trabalhadores e mostrar para eles que as eleições são importantes para voltarmos a crescer, com igualdade. Mas, antes das eleições, temos que apoiar a população, que está passando fome, sem emprego. Temos que ser referência para a população para impedir que haja uma nova perda devido à campanha subterrânea e cheia de mentiras”, disse, fazendo referência ao vídeo sobre fake news apresentado momentos antes.

Por meio de vídeo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também destacou a situação do país e necessidade de mudanças. “Nós precisamos ter muita sensibilidade para tirar o Brasil da situação que ele se encontra, pois ele foi semidestruído e vocês sabem que para construir uma coisa, por menor que seja, a gente leva anos, e para destruir leva um minuto. E este fascista que está governando o Brasil, junto com seu ministro da Economia, querem privatizar tudo. E uma categoria do porte como a bancária é que pode resistir e impedir que isso aconteça”, disse o ex-presidente.

NOVA DIREÇÃO

Até domingo (3), os delegados, eleitos em seus sindicatos, definirão a nova direção executiva e seus suplentes, o conselho fiscal e seus suplentes e o conselho diretivo da Contraf-CUT. Eles debaterão ainda alterações estatutárias e a linha política e organizativa da Confederação no próximo mandato, com duração de quatro anos.

Confira a programação do evento.