Nos próximos dias 29 e 30 de junho, acontece a 5ª Conferência UNI Américas, que reunirá mais de 600 dirigentes sindicais de 24 países, que representam 124 organizações de trabalhadores filiadas à UNI Global Union.
A Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) será representada pela Diretora de Bancos Privados da entidade e Coordenadora Geral do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, Renata Soeiro.
O encontro, com o tema “Vamos defender nossos direitos e construir nosso futuro”, vai debater e construir uma agenda de atuação no novo cenário político que se desenha na região. Nos últimos anos, foram eleitos governos progressistas em vários países do continente latino-americano, como México, Chile, Argentina, Honduras, Peru, Bolívia, Colômbia.
Nesta segunda-feira, 27 de junho, aconteceu o Fórum Sindical Internacional da UNI Américas Finance, onde foi debatido o “Impacto da Digitalização no Sistema Financeiro”, onde foi discutido o TeleTrabalho, Fintech, Digitalização, Experiências e Conclusões sobre Reunião de Diálogo Tripartite na OIT, sobre este Impacto.
Para Renata Soeiro, “a Digitalização no Sistema Financeiro, exigiu novas habilidades, novas qualificações, porém, é responsabilidade das empresas aproveitar os funcionários do seu quadro e dar o treinamento, para não torná-lo descartável.”
A 5ª Conferência da UNI Américas vai avaliar o papel dos sindicatos e como os trabalhadores podem definir seu papel no momento político. Os temas em pauta incluem a defesa dos direitos humanos e o fortalecimento da democracia, com a participação dos trabalhadores e suas representações sindicais.
Também será discutida a construção de alianças com os governos progressistas, em busca de soluções de problemas sociais, como diminuição da pobreza e da desigualdade, a luta contra o racismo e outras formas de discriminação.
Entre os pontos trabalhistas específicos, estarão a organização sindical relacionada a novos setores, o fortalecimento da negociação coletiva e a construção de unidade tanto nas esferas nacionais, como no âmbito internacional.
Para o presidente da UNI Américas, Hector Dáer, é fundamental a presença do movimento dos trabalhadores no debate político, pois “não há democracias fortes sem sindicatos fortes”. Dáer também destaca que “o movimento sindical da nossa região sempre esteve na linha de frente da defesa e o fortalecimento da democracia e da paz, inspirando novos direitos para incluir diferentes coletivos”.
O secretário Regional da UNI Américas, Marcio Monzane, ressalta a importância da 5ª Conferência no atual momento político da América Latina. “Na região, não há mais espaço para desrespeito aos direitos dos trabalhadores, para trabalhos precários e para a desigualdade e a discriminação. Com a nova ascensão dos governos progressistas, os sindicatos devem ter um papel ativo, de participação na sociedade”.
Para Rita Berlofa, “o movimento sindical defende a democracia no continente latino-americano acima de tudo, e não existe democracia estável sem sindicatos, entidades que têm a função social de dar voz à classe trabalhadora”.
Com sede em Montevidéu, a UNI Américas, à qual a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramos Financeiro (Contraf-CUT) é filiada, é o braço regional da UNI Global Union, que representa 20 milhões de trabalhadores em 150 países, nos setores de finanças, meios e entretenimento, esportes, cuidados, limpeza, segurança, comércio, cassinos, serviços postais, gráfica e embalagem e telecomunicações.
Confira detalhes da 5ª Conferência da UNI Américas no site do evento.
*Com informações da Contraf-CUT