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Luta por igualdade na categoria bancária passa pela ampliação dos canais ‘Basta! Não irão nos calar!’

A iniciativa “Basta! Não irão nos calar!”, criada pelo movimento sindical bancário, em 2019, para oferecer atendimento jurídico a mulheres em situação de violência doméstica e familiar será ampliado em mais dois canais neste ano, completando 12 no total. Com isso, o “Basta!” passa a estar presente nas cinco regiões do país. O anúncio aconteceu durante seminário sobre o tema, realizado pela Secretaria da Mulher, da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), na última quarta-feira (22).

“Para que a igualdade entre homens e mulheres seja alcançada, de fato, é preciso erradicar os ciclos de violência pelos quais as mulheres são submetidas. É por isso que o ‘Basta!’ foi criado”, explicou a coordenadora da iniciativa e assessora jurídica da Contraf-CUT, Phamela Godoy.

A violência doméstica causa uma perda anual de R$ 1 bilhão de reais ao país, isso porque mulheres vítimas desse mal tendem a faltar em média 18 dias de trabalho por ano. A informação é de uma pesquisa feita pela Universidade Federal do Ceará (UFC), apresentada durante o seminário pela presidenta da Contraf-CUT e vice-presidenta da CUT Nacional, Juvandia Moreira.

A pesquisa destacada por ela mostra ainda que as mulheres que sofrem violência doméstica apresentam mais problemas de concentração e estresse relacionados ao trabalho. “A categoria bancária tem um histórico de avanços importantes na luta por igualdade de oportunidade e a criação do ‘Basta!’ faz parte do processo porque, infelizmente, a violência de gênero no país é um problema gritante e concreto, que precisa ser enfrentado”, ponderou Juvandia.

Resultados

No seminário, a secretária da Mulher da Contraf-CUT, Fernanda Lopes, apresentou o balanço dos atendimentos do ‘Basta!’. A iniciativa nasceu dentro do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, em 2019. Cerca de dois anos depois, em 2021, a Contraf-CUT abraçou o programa e criou uma assessoria para replicá-lo nos sindicatos vinculados ao Comando Nacional dos Bancários.

“Neste mês de março de 2023, lançamos um novo canal, no Sindicato dos Bancários de Catanduva, no interior de São Paulo. E, no início de abril, um outro será lançado no Sindicato dos Bancários do Estado de Rondônia, o primeiro na região Norte. Assim, completaremos 12 canais para acolhimento e assistência jurídica especializada, com presença nas cinco regiões do país, considerando que os sindicatos com os canais do ‘Basta!’ representam trabalhadores de 353 cidades do país”, explicou Fernanda.

Até o momento da realização do seminário, os canais do ‘Basta!’ atenderam 360 pessoas, sendo 358 mulheres e dois homens parentes de mulheres em situação de violência doméstica ou familiar.

“Os atendimentos do ‘Basta!’ geraram 256 ações judiciais e, desse total, 164 pedidos de medida protetiva de urgência obtidos com a assessoria dos sindicatos às vítimas”, continuou Fernanda, lembrando que em alguns casos uma pessoa demanda mais de um processo judicial.

Também graças aos canais do ‘Basta!’, foram distribuídas 102 ações relacionadas ao direito de família, sendo as demandas mais comuns para divórcio, dissolução de união estável, partilha de bens, guarda de filhos e pensão alimentícia. Desse total, nove ações penais seguem em tramitação e outras 47 foram concluídas sem nenhum indeferimento, ou seja, foram julgadas procedentes ou parcialmente procedentes.

Existem ainda 53 inquéritos policiais em curso, que podem ou não evoluir para uma ação penal, e por isso não constam do total de processos judiciais.

Confira abaixo as informações dos sindicatos com canais em funcionamento:

1.            São Paulo, Osasco e Região, canal Basta! Não irão nos calar!, que atende via whatsapp (11) 97325-7975;

2.            Brasília, canal Viva Sem Violência, que atende via whatsapp (61)  9292-5294;

3.            Pernambuco, canal Basta! Não irão nos calar!, que atende via whatsapp (81) 97347-3585

4.            Paraíba, canal Basta de Violência Doméstica contra Mulher, que atende via whatsapp (83) 9123-9845;

5.            Rio de Janeiro, canal Basta! Não irão nos calar!, que atende via whatsapp (21) 98013-0042;

6.            Porto Alegre e Região, canal Basta! Não irão nos calar!, que atende via whatsapp (51) 97401-0902;

7.            Campinas e Região, canal Mulher não se cale!, que atende via whatsapp (19) 99814-6417;

8.            ABC, canal Basta! Não irão nos calar!, que atende via whatsapp (11) 98244-1637;

9.            Piracicaba e Região, canal SindBan Acolhe, que atende via telefone (19) 3417-1333;

10.          Belo Horizonte e Região, canal Basta! Não irão nos calar!, que atende via telefone (31) 3279-7800;

11.        Catanduva, São Palo, canal Basta! Não irão nos calar!, que atende via telefone (17) 99614-1964.

Fonte: Contraf-CUT

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Consenso nacional pede redução da Selic

A redução da taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, ganha cada vez mais apoio dos mais diversos segmentos do país. Na última quarta (22), o Copom, comitê do Banco Central (BC) que determina o índice, decidiu mantê-lo no elevadíssimo patamar de 13,75% ao ano. O Brasil está no topo do ranking mundial de juros mais altos.

Reportagem da Rede Brasil Atual mostra que “do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), amplos setores criticaram a manutenção dos juros reais mais altos do mundo”, numa “quase unanimidade contra a atual política monetária que asfixia a economia do país”.

Entre as manifestações destacadas estão a do presidente Lula, que declarou que “não tem explicação para nenhum ser humano no planeta terra a taxa de juros no Brasil estar a 13,75%”, e de seu vice, Geraldo Alckmin, que definiu a atitude do BC como de “muito radicalismo”, pois “não há uma inflação de demanda, pelo contrário. É preciso estimular a atividade econômica”.

O movimento dos trabalhadores, que vem promovendo protestos pela redução dos juros no Brasil, como na última terça (21), é mencionado pela CUT, que “atacou a ausência de sintonia do BC com o esforço de retomada do crescimento por parte do governo Lula”, e pela Força Sindical, que disse que “o país é refém de poderosíssimos interesses dos rentistas”.

No campo do capital, a matéria cita o grupo Lide (do ex-governador de São Paulo João Doria) e Luiza Trajano (presidenta do conselho de administração do Magazine Luiza), além de representantes de outros gigantes do varejo, como Via, Riachuello e Renner.

O portal anota ainda que o jornal Valor Econômico chamou de “devastação” a queda das ações das principais empresas desse setor e que o presidente da Fiesp, Josué Gomes, classificou as taxas de juros no Brasil como “pornográficas”.

Fonte: Contraf-CUT

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Brasil lidera ranking de juros reais mais altos do mundo

Com a manutenção, nesta quarta (22) pelo Banco Central, da taxa Selic em 13,75%, mesmo com a inflação em 5,6%, o Brasil continua líder do ranking mundial de juros reais. É a quarta vez seguida que isso acontece.

O levantamento foi feito por Infinity Asset e Portal MoneYou com os 40 países mais importantes do mercado de renda fixa nos últimos 25 anos. Confira os dez piores:

. Brasil – 6,94%

. México – 6,05%

. Chile – 4,92%

. Filipinas – 2,62%

. Indonésia – 2,45%

. Colômbia – 1,93%

. Hong Kong – 1,74%

. África do Sul – 1,60%

. Israel – 1,57%

. Índia – 1,29%

Com juros reais altos e inflação baixa, como ocorre na economia brasileira, os rentistas ganham com a especulação, enquanto o setor produtivo da economia, responsável por abrir novos postos de trabalho e gerar renda, só acumula perdas.

Leia a reportagem completa no site da CUT.

Fonte: Contraf-CUT

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Caixa paga a PLR na noite desta quinta (23)

Representantes dos empregados da Caixa se reuniram nesta quinta (23) com a entidade, no primeiro encontro da mesa permanente de negociação em 2023. O evento aconteceu de maneira presencial em São Paulo, logo após a live do balanço do 4º trimestre de 2022.

Marcio Wanderley Lopes representou a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf-RJ/ES) na reunião.

A coordenadora da Comissão Executiva de Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara, disse que “a reunião reforça a importância da mesa, um espaço de construção, que tem sido feita com boa fé dos dois lados, e tem que ser valorizada cada vez mais”. Além dos resultados do banco, a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) foi o destaque da pauta.

PLR

Os cálculos levaram em consideração todas as regras do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e os limites definidos pela Secretaria de Coordenação das Estatais (Sest).

Para a coordenadora da CEE Caixa, “de fato, o uso da Caixa no ano passado refletiu no resultado geral, o que proporcionalmente diminuiu o valor a ser pago para os empregados. Faltou sensibilidade maior da Sest em excepcionar critérios, visto que os empregados entregaram o que lhes foi cobrado”.

Conforme afirmou o banco, cerca de 92% dos empregados receberão mais de R$ 4 mil na segunda parcela. O valor médio será de R$ 5.137, e o total distribuído nas duas parcelas vai superar R$ 1,2 bilhão.

Crédito da PLR

A segunda parcela da PLR será paga já ao longo da noite desta quinta (23) e estará disponível na manhã desta sexta-feira (24). Esse valor corresponde a 70% do total. Para quem paga pensão alimentícia, o percentual é de 50%. O restante será para descontos legais (como imposto de renda), e a diferença será paga no dia 31 de março.

Devolução

Segundo a Caixa, 1.306 empregados terão que devolver valores da PLR recebidos antecipadamente. A CEE protestou, considerando que o empregado não tem culpa. O banco informou que essa devolução poderá ser feita em até 10 vezes.

100% pública

Durante a reunião, a CEE entregou um manifesto em defesa da Caixa 100% pública. Conheça o documento aqui.

*com informações da Contraf-CUT

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Santander fará mudanças na nomenclatura dos cargos

O Santander fará uma revisão na nomenclatura dos cargos. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (22), em duas reuniões. Uma foi realizada entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander e o RH do banco, e outra entre funcionários e o presidente do banco, Mario Roberto Opice Leão.

Nova nomenclatura

  • Especialista – Cargo sem gestão de pessoas. Serão subdivididos nos segmentos 1, 2, 3 e 4. Exemplos de cargos atuais que serão inseridos nesta nova nomenclatura: analistas em geral, gerentes de contas e de relacionamento.
  • Líder – Faz gestão de equipes e as mobiliza. Exemplo: gerentes-gerais e gerentes administrativos.
  • Head – Define e direciona estratégias e forma novos líderes. Exemplo: superintendentes.
  • Sócio – Toma decisões. Exemplos: diretores, vice-presidentes e presidente.

Não haverá alteração salarial. Segundo o Santander, as alterações visam a dinamizar e agilizar as decisões, bem como alcançar mais horizontalidade. “Para o movimento sindical, as mudanças de nomenclatura só resultarão em mais dinamismo e agilidade se forem acompanhadas da revisão de processos internos e se houver de fato valorização das pessoas. Acompanharemos de perto essas mudanças para que possamos aferir se haverá outros impactos sobre os trabalhadores”, afirmou Lucimara Malaquias, coordenadora da COE Santander.

As mudanças serão efetivadas a partir de maio. Nos próximos dias, o banco vai enviar um comunicado institucional e individual para cada funcionário detalhando as alterações.

Fonte: Contraf-CUT

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Caixa tem lucro líquido de R$ 9,8 bilhões em 2022

O lucro líquido da Caixa foi de R$ 9,8 bilhões em 2022, com redução de 43,4% em relação a 2021. O resultado de R$ 2,2 bilhões do 4º trimestre de 2022 também representou queda de 32,5% em relação ao 3º trimestre, quando foi de R$ 3,2 bilhões.

Ao longo do ano passado, o banco alcançou margem financeira de R$ 50,9 bilhões, 11,1% a mais que em 2021. Por outro lado, as despesas de provisão para devedores duvidosos subiram 41,5%, e as despesas administrativas, 7,1% – altas que contribuíram para a redução do resultado anual.

Além disso, o lucro de 2021 foi impulsionado por vários eventos não recorrentes, em especial com a venda de ativos relevantes, com ações de abertura de capital da Caixa Seguridade, alienação de ações do Banco Pan, conclusão de parcerias da Caixa Seguridade e Caixa Cartões e venda de imóveis. O mesmo não aconteceu em 2022.

A rentabilidade sobre o patrimônio líquido do banco (ROE) ficou em 8,35% com redução de 8,55 pontos percentuais (p.p.). A carteira de crédito ampliada da entidade teve alta de 16,7% e totalizou R$ 1 trilhão. O crédito com pessoas físicas cresceu 23,3% e somou R$ 142,1 bilhões. No segmento pessoas jurídicas, o crescimento foi de 10,3%, a um montante de R$ 89,0 bilhões.

Com saldo de R$ 637,9 bilhões e participação de 63% na composição do crédito total, o crédito imobiliário cresceu 13,6% em 2022. As operações de saneamento e infraestrutura aumentaram 5,7%, totalizando R$ 99,3 bilhões. O crédito rural cresceu 167,5% e encerrou o ano com saldo de R$ 44,1. A taxa de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias foi de 2,09%, com incremento de 0,14 p.p. na comparação com o ano anterior.

Com o crescimento de serviços de governo (11,4%), fundos de investimento (11%) e seguros (64,7%), as receitas com serviços e tarifas aumentaram 5% e foram para o total de R$ 25,1 bilhões. Esse montante foi responsável pela cobertura de 91,08% das despesas com pessoal, incluída a PLR, que cresceram 9,9% em 2022, e foram para R$ 27,6 bilhões.

A Caixa encerrou o ano de 2022 com 86.959 empregados e empregadas, um aumento de 955 postos de trabalho em 12 meses, mas redução de 262 no trimestre. Ao longo do ano, a Caixa atraiu 4,9 milhões de novos clientes, e chegou a um total de 151,1 milhões. O número de agências se manteve estável em 3.372, enquanto foram fechados seis postos de atendimento, 47 lotéricas e abertas 38 unidades de correspondentes Caixa Aqui.

Veja os destaques completos dos resultados da Caixa preparados pelo Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese), subseção Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

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Quanto custa fazer um Pix? Saiba quando há cobrança pelo serviço

O Pix, sistema de transferência financeira lançado pelo Banco Central em 2020 permite que os cidadãos realizem suas transações bancárias de forma digital, ágil e em muitos casos, gratuitamente. Entretanto, é importante saber que existem algumas situações em que o Pix pode ser cobrado.

No geral, pessoas físicas, microempreendedores individuais (MEIs) e empresários individuais (EIs) podem realizar Pix, tanto para pagar ou receber, de forma gratuita. Porém, a depender do banco, pessoas jurídicas podem ser cobradas no momento de receber ou de realizar um Pix. Isso ocorre porque esse tipo de transação fica caracterizada como situação de compra envolvendo, por exemplo, uma empresa.

Quanto a este valor que é cobrado pela transação financeira, o Banco Central não define uma tarifa fixa ou um limite, seja ele mínimo ou máximo. Ou seja, cabe aos bancos a definição do quanto cobrar e se este valor deve ser cobrado.

A Caixa Econômica Federal, por exemplo, não realiza cobranças por transações de Pix em nenhum caso. Já o Banco do Brasil possui uma política que visa cobrar 0,99% do valor transferido ou recebido quando os clientes são pessoas jurídicas, com exceção de MEIs e EIs. Quando se diz respeito ao envio de Pix, o valor máximo cobrado pelo Banco do Brasil pode ser de R$10. Em relação ao Pix recebido, o valor máximo cobrado pode chegar a R$140.

Em caso de dúvidas ou cobranças indevidas é importante entrar em contato com o seu banco para entender a forma como é feita a cobrança. Vale ressaltar que alguns bancos oferecem pacotes de serviços voltados para empresas, que podem incluir a gratuidade do Pix.

Fonte: Brasil de Fato

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Copom ignora governo e economia, e mantém juros em 13,75% falando em ‘riscos e incertezas’

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu nesta quarta-feira (22) manter em 13,75% ao ano a taxa básica de juros, a Selic, pelos próximos 42 dias. Foi a quinta manutenção seguida, no patamar mais alto dos seis últimos anos. A próxima reunião será em 2 e 3 de maio.

A decisão era esperada, apesar de toda a pressão nas últimas semanas, vinda do governo, de empresários e de movimentos sociais, no sentido de redução dos juros. Ontem (21), por exemplo, centrais sindicais e movimentos organizaram protestos pelo país para pressionar o BC e, em alguns casos, pedir a demissão de seu presidente, Roberto Campos Neto.

“Desserviço à nação”

Hoje mesmo, por exemplo, durante café da manhã com jornalistas, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, voltou a criticar o responsável pela política monetária. “O que o presidente do BC está fazendo é um desserviço à nação”, afirmou, referindo-se à taxa de juros. Ele disse ainda que o Copom não precisa conhecer detalhes das novas regras fiscais, ainda em discussão, para iniciar um processo de redução da Selic.

Além disso, montadores deram férias coletivas em parte de suas linhas de produção. Depois da Volkswagen, em fevereiro, General Motors, Hyundai e Stellantis (dona das marcas Fiat, Peugeot e Citröen) anunciaram paradas neste mês e no próximo. Ontem, foi a vez da Mercedes-Benz. O motivo alegado é a baixa atividade do mercado, especialmente em razão da taxa de juros elevada.

No comunicado divulgado logo após o encerramento da reunião, o Copom afirmou que houve deterioração do ambiente externo. “Os episódios envolvendo bancos nos EUA e na Europa elevaram a incerteza e a volatilidade dos mercados e requerem monitoramento”, diz o colegiado.

Internamente, prossegue o comitê, a atividade econômica mostra desaceleração, enquanto a inflação segue acima do “intervalo compatível” para cumprimento das metas. Ao apontar cenário de riscos, o Copom fala em “incerteza sobre o arcabouço fiscal e seus impactos sobre as expectativas para a trajetória da dívida pública”. Com isso, sem fazer sinalização, o órgão do BC afirma que seguirá “vigilante”.

Prêmio aos rentistas

Quando a Selic foi a 13,75%, em agosto do ano passado, a inflação oficial (IPCA-IBGE) estava em 8,73% em 12 meses. Pelo último dado, referente a janeiro, está em 5,60%. Assim, com a atual taxa básica o juro real (acima da inflação) está acima de 8%.

Imediatamente após o anúncio, o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, divulgou nota lamentando a decisão. “Tragicamente, também em nosso país estamos reféns dos poderosíssimos interesses dos rentistas”, afirmou. Para ele, a manutenção da Selic em 13,75% é prêmio aos especuladores e extorsão aos brasileiros e ao setor produtivo.

A executiva da CUT também divulgou nota para criticar. “A decisão também revela o quanto é ruim para o país um Banco Central, que se declara autônomo, mas se encontra nas mãos de rentistas, especialmente quando têm compromissos com forças políticas contrárias ao povo e ao governo federal. A ausência de sintonia do BC com o esforço de retomada do crescimento econômico do governo democrático e popular prejudica o país e seu povo”, afirmou a central.

Ainda hoje, nos Estados Unidos, o Federal Reserve (equivalente ao BC) aumentou os juros em 0,25 ponto percentual. Foi a nona alta seguida. Agora, o intervalo vai de 4,75% a 5% ao ano. No entanto, ainda fica abaixo da inflação norte-americana em 12 meses, que estava em 6,4% em janeiro.

Fonte: Rede Brasil Atual

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Coletivo Nacional de Saúde define pauta de reivindicações

O Coletivo Nacional de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) se reuniu, nesta quarta-feira (22), na sede da entidade, em São Paulo, para definir as prioridades da pauta de reivindicações de saúde e condições de trabalho e a organização do coletivo para os debates da Comissão Bipartite de Saúde e Condições de Trabalho junto à Comissão de Negociações da Federação Nacional dos Bancos (CN Fenaban).

A principal bandeira do coletivo é a retomada da mesa permanente de saúde com a Fenaban. “É um espaço que conquistamos após muita luta para avançar numa temática tão importante para o dia a dia dos trabalhadores do ramo financeiro”, afirmou Mauro Salles, Secretário de Saúde, da Contraf-CUT.

O encontro começou com uma análise de conjuntura da secretária de Saúde do Trabalhador da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Madalena Margarida da Silva. Ela revelou como foi a reunião, realizada em fevereiro, entre representantes da CUT e outras centrais sindicais e o Secretário Executivo do Ministério, Swedenberger Barbosa, em Brasília.

De acordo com ela, a reunião colocou fim a um período sombrio em que não se podiam debater questões como saúde e os direitos dos trabalhadores – temas que negligenciados pelo governo federal, nas gestões de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL). “É um momento histórico e valioso porque havia seis anos que nós, as centrais sindicais e o Fórum Nacional de Saúde do Trabalhador, não tínhamos um contato com o ministério para colocarmos nossas pautas”, diz a dirigente.

O resultado do encontro, segundo Madalena, foi positivo já que mesmo com todas as dificuldades enfrentadas pelo país, a proteção à saúde dos trabalhadores terá destaque no ministério. “Sabemos que na atual conjuntura, pautas como a econômica, da criação e empregos e outras são igualmente fundamentais e acabam se sobrepondo à gestão de políticas de saúde do trabalhador, mas a resposta foi positiva e saímos do encontro com resoluções importantes”, disse.

Entre as decisões tomadas na reunião estão a realização de um diagnóstico sobre questões relacionadas à saúde do trabalho no âmbito do Ministério da Saúde para conhecimento do Fórum Nacional de Saúde do Trabalhador, coordenado por Madalena Silva.

Depois da abertura, os dirigentes sindicais definiram as estratégias de defesa dos principais pontos da pauta de reivindicação, apresentada à Fenaban, com o pedido de agendamento de uma mesa de negociação.

Foi definido também a realização de um Dia Nacional de Lutas contra o adoecimento no local de trabalho no dia 11 de abril.

Fonte: Contraf-CUT

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Vencemos a eleição para mudar a economia, diz Nobre em ato contra taxa de juros

No ato pela redução da taxa básica de juros (Selic), hoje em 13,75% ao ano, nesta terça (21), em São Paulo, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre, ressaltou que um dos objetivos dos trabalhadores que batalharam para eleger Lula (PT) é a imediata mudança nos rumos da política monetária do presidente do Banco Central (BC), Campos Neto. “A atual política de juros altos privilegia apenas os mais ricos”, disse.

“Campos Neto é um sabotador do nosso país. Por isso, nós queremos dar o recado aqui: esses caras que estão reunidos nesse conselho monetário, dizem que são independentes, mas eles foram capturados pelo sistema financeiro”, disse o presidente da CUT, referindo-se ao Comitê de Política Monetária do BC, o Copom, que está reunido para decidir qual será a taxa Selic nos próximos 45 dias. A reunião termina na noite desta quarta (22).

A presidenta da Contraf-CUT e vice-presidenta da CUT, Juvandia Moreira, no mesmo ato, reforçou que somente com a queda dos juros a economia do país voltará a crescer. “Essa luta contra a alta do juro é sua, é nossa. Essa luta vai definir se a gente vai ter emprego amanhã ou não. Se vamos ter renda ou se a gente vai estar na rua sem lugar para morar. Para ter um país melhor é preciso que o presente do BC reduza a taxa de juros.  É essencial para o povo, para que a economia cresça”, disse Juvandia.

Em seu discurso, a dirigente ressaltou que os juros altos encarecem toda a economia, o governo gasta mais e tem menos dinheiro para construir escolas, creches hospitais, e outros investimentos públicos, além de o povo ter de pagar mais na compra de um produto ou na obtenção de crédito. “O povo gasta mais para comprar geladeira e televisão; vai pegar empréstimo fica mais caro e isso é culpa do BC”, disse.

Os protestos pela queda dos juros ocorreram em todo o país e reuniram as centrais CUT, Força Sindical, CTB, UGT, CSB, NCST, CSP, Conlutas, Intersindical e A Pública, além de movimentos sociais como o Povo sem Medo e Frente Brasil Popular.

Leia a matéria completa no site da CUT.