Apesar dos lucros exorbitantes, Itaú não para de demitir

Mesmo atingindo um lucro líquido de R$ 23,118 bilhões, nos primeiros nove meses de 2022, alta de 17,2% em relação ao mesmo período do ano passado, o Itaú Unibanco não para de demitir.

Apesar dos números positivos, a instituição privada fechou 247 agências físicas no país em detrimento da abertura de 189 agências digitais nos últimos doze meses

Os Sindicatos dos Bancários filiados à Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf-RJ/ES) – Angra dos Reis, Baixada Fluminense, Espírito Santo, Itaperuna, Macaé, Nova Friburgo e Três Rios – também sofreram com as demissões de bancárias e bancários de suas regiões.

O Itaú alega que as demissões são em função da reestruturação que o banco está promovendo. Na verdade, o que o banco promove são demissões, já que foram pelo menos 25, somente neste último mês de novembro. Sobra descaso, exploração e falta compromisso com os trabalhadores e as trabalhadoras, que são os principais responsáveis pelo resultado da instituição financeira .

“Não é justo que, os mesmo funcionários que, também, geraram e proporcionaram estes lucros enormes para o banco, sejam demitidos no fim do ano, perto do natal. Isso é uma falta de responsabilidade social, já que sobrecarrega os funcionários, adoece a categoria, além de ser um desrespeito ao clientes, que terão uma maior dificuldade maior ao serem atendidos”, comentou Nilton Damião Esperança, Presidente da Fetraf RJ/ES.

LUCROS

No terceiro trimestre do ano corrente (julho até setembro), o lucro líquido foi de R$ 8,07 bilhões, alta de 5,2% em relação ao trimestre anterior.

Entre os maiores bancos do país, o resultado deixa o Itaú apenas atrás do Banco do Brasil.