Na última quarta-feira, 28 de fevereiro. A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reuniu com a direção do banco, em São Paulo, para debater remuneração.
Pela Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf-RJ/ES), participou da reunião José Renato Riscado, representante da entidade na COE do Itaú.
“Devemos avaliar as alterações com a base e sugerir mudanças nas quais considerem que possam ser melhoradas.”, avaliou José Renato.
No encontro, o banco apresentou modificações nos programas de remuneração. O Programa Decola, por exemplo, que é pago trimestralmente, passa a abranger apenas uma parte dos funcionários, incluindo agentes de negócio caixa e líderes de tesouraria.
O Programa GERA foi outro tema abordado, com duas modalidades diferentes. O GERA Trimestral, destinado a gerentes de atendimento, gerentes de relacionamento e gerentes gerais de agência, teve mudanças significativas, passando de avaliação e pagamentos mensais para trimestrais.
Por sua vez, o GERA Semestral conta com oito índices para avaliação, sendo pago na mesma data da Participação nos Lucros e Resultado (PLR), sempre optando pelo que for maior entre os dois.
Jair Alves, coordenador da COE Itaú, ressaltou que “o movimento sindical tem pontuado ao banco que os grandes problemas são as metas, que muitas vezes são inatingíveis e que o objetivo deve ser sempre a busca por melhorar cada vez mais a remuneração dos funcionários”. Outro problema, destacado pelo dirigente no encontro, foi a modificação das metas durante o período de vigência. “As metas combinadas com os funcionários não podem ter mudanças. Para que isso ocorra, há necessidade de negociação com o movimento sindical”, completou.
O banco Itaú se comprometeu a enviar a apresentação completa dos programas para todos os sindicatos. Já está agendada uma reunião para o próximo dia 2 de abril para o movimento sindical apresentar uma contraproposta, com a anuência de suas bases.
“Na retomada da mesa, nós vamos apresentar propostas e apontar as dificuldades que os bancários e bancárias estão enfrentando. No modelo trimestral, por exemplo, os trabalhadores passam a receber pela média dos três meses, que tem que ser 1000 pontos, mesmo que em um mês não tenha alcançado esse patamar – diferente do mensal que, quando não se conseguia atingir os 1000 pontos, não recebiam nada”, observou o coordenador da COE Itaú.