Fetraf RJ/ES participa de terceira mesa sobre custeio da Cassi, em Brasília

Nesta última terça-feira, 13 de maio, foi realizada a terceira rodada de negociações sobre o custeio da Caixa de assistência dos funcionários do Banco do Brasil (CASSI). A discussão, que envolve representantes das entidades do funcionalismo do Banco do Brasil, não avançou como o esperado devido à ausência de dados por parte do banco, que alegou restrições por conta do período de silêncio do mercado.

Danilo Funke, Diretor de Bancos Federais da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), participou das reuniões, que ocorreram em Brasília.

“Mais uma vez, participamos de uma negociação sobre o custeio da Cassi. Situação que merece atenção e, mais do que tudo, o Banco do Brasil assuma e amplie sua responsabilidade nessa situação. A Cassi é mais que um plano de saúde: é uma caixa de assistência, com participação de funcionários na gestão, e feita para os funcionários”, declarou Danilo.

E completou. “Temos atendimento em mais de 1.605 cidades do país, atendendo mais de 87.000 funcionários e seus dependentes, cabendo à instituição cuidar do seu maior patrimônio, que são as pessoas e os funcionários, que fazem o banco ter esses lucros cada vez maiores. Além de assumir maior percentual no custeio (70%/30%), temos que debater a responsabilidade do BB na política de metas, que adoecem nossos funcionários, e termos uma CASSI forte e com a saúde financeira sanada, servirá para podermos cuidar da nossa gente, nossa principal função, como representantes dos trabalhadores.”

MANHÃ

Durante a manhã, as entidades representativas se reuniram na sede da Anabb, onde analisaram números, indicadores e simulações de propostas com apoio de dirigentes eleitos da Cassi e atuários que prestam assessoria à diretoria da entidade. O objetivo foi aprofundar a análise técnica para qualificar a atuação na mesa de negociação.

TARDE

Já no período da tarde, na sede do BB, foi instalada formalmente a mesa de negociações. No entanto, os representantes do banco informaram que, em função da alteração na data de divulgação dos resultados trimestrais e da obrigação de cumprir o período de silêncio, não poderiam apresentar dados ou informações que pudessem “influenciar o mercado”.

Apesar do impasse, os dirigentes da Cassi aproveitaram o momento para apresentar informações sobre a gestão da Caixa de Assistência. De acordo com os dados divulgados, as reservas livres estão garantidas até junho de 2026, uma vez que o aumento das provisões técnicas não afeta esse montante. A diretoria também reafirmou o compromisso com o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde (APS), com foco em atendimento e ampliação do quadro de profissionais.

IA

Outro ponto destacado foi a incorporação de ferramentas de inteligência artificial (IA) para dar mais agilidade à autorização de procedimentos e para melhorar a detecção de fraudes e irregularidades.

A coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, Fernanda Lopes, destacou que a negociação precisa manter o foco na sustentabilidade e no equilíbrio do plano. “É fundamental manter os estudos com base na premissa do modelo de custeio 70/30, conforme estabelecido na resolução CGPAR 52. Também defendemos que o banco assuma sua responsabilidade no custeio dos associados oriundos de bancos incorporados, que estão na Cassi por decisão judicial. Não é justo que o custo desse grupo recaia sobre os demais participantes”, afirmou Fernanda Lopes.

Apesar de não ter sido definida uma nova data para continuidade das negociações, as partes sinalizaram a intenção de retomar o diálogo o mais breve possível.

*com informações da Contraf-CUT