Fetraf RJ/ES participa de reunião do Coletivo Nacional de Segurança Bancária em SP

Nesta quinta-feira, 10 de julho, o Coletivo Nacional de Segurança Bancária da Contraf-CUT se reuniu com representantes das federações e sindicatos de bancários de diversas regiões do país para debater as principais preocupações e propostas relacionadas à segurança no setor financeiro. O encontro serviu para alinhar os pontos que serão levados à mesa de negociação com a Fenaban, prevista para agosto, e também definiu uma data indicativa para o Seminário Nacional de Segurança Bancária, que deve ocorrer em novembro.

Pedro Batista, Vice-Presidente da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), participou da reunião, que aconteceu em São Paulo.

“É inadmissível os trabalhadores ficarem expostos a riscos causados por falta de investimento.
Vamos lutar sempre pela integridade de todos que usufruem e utilizam os serviços bancários”, comentou Pedro.

A reunião foi marcada por relatos contundentes sobre a precarização das condições de segurança nas agências. Os representantes destacaram o fechamento de unidades físicas, especialmente nos grandes bancos, o que tem gerado demissões e aumentado a pressão sobre os locais que permanecem abertos. Em muitos casos, os próprios bancários estão sendo obrigados a abastecer os caixas eletrônicos (ATMs), uma função que deveria ser realizada exclusivamente por empresas de segurança especializada.

Outro ponto de preocupação é a atuação dos bancos junto a prefeituras para retirada das portas giratórias de segurança das agências, medida que coloca em risco a integridade de trabalhadores e clientes. As chamadas “agências de negócios”, modelo cada vez mais adotado pelas instituições, também foram criticadas por não contarem com estrutura de segurança adequada.

Os idosos têm sido particularmente prejudicados com o avanço do autoatendimento e da digitalização, tornando-se alvos frequentes de golpes e fraudes. A falta de suporte presencial nas agências aumenta ainda mais a vulnerabilidade desse público.

Entre as principais reivindicações que serão levadas à Fenaban estão:

  • Avaliação dos planos de segurança das agências pela Polícia Federal;
  • Proibição de abertura de terminais de autoatendimento por funcionários;
  • Obrigatoriedade de sinalização externa nas agências sobre a inexistência de numerário no local;
  • Visitas técnicas aos centros de segurança dos principais bancos;
  • Participação de representantes da Polícia Federal e especialistas no seminário nacional.

*com informações da Contraf-CUT