Nesta quinta-feira (30/10), completam-se 40 anos da Greve das 6 Horas, mobilização que marcou a história das empregadas e dos empregados da Caixa Econômica Federal.
E a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), representada pelo Presidente Nilton Esperança, marcou presença no evento em celebração ao marco, realizado pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), na sede da Associação do Pessoal da Caixa do Distrito Federal (Apcef/DF), em Brasília.
Carlos Pereira (Carlão), Ronan Teixeira e Rita Lima, do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo, também estiveram presentes.
“Foram bem ricos os depoimentos dos funcionários, que a todo momento ressaltavam as conquistas históricas, que só foram possíveis com a união de todos. E mostrou que, quando colocamos em prática a unidade, sempre somos mais fortes”, declarou Nilton Esperança.
A atividade reuniu empregados da ativa e aposentados da Caixa, além de dirigentes associativos e sindicais, em um momento de memória e reconhecimento à luta coletiva que transformou a categoria.
Emanoel Souza, Secretário Geral da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe (FEEBASE) e vice presidente da CTB Bahia; Ramon Peres, Presidente do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte; e Jair Pedro Ferreira, Diretor de Benefícios da Funcef, marcaram presença no evento.
”Uma honra poder rever e estar ao lado de grandes companheiros de luta. Dirigentes do Espírito Santo, Belo Horizonte, Bahia, entre outros lugares. Essa troca de ideias sempre fortalece nossa categoria. E nos dá mais força pra seguir adiante”, completou Nilton.
A GREVE
Realizada em 1985, a paralisação nacional de 24 horas contou com adesão total dos trabalhadores do banco e resultou em duas conquistas históricas: a jornada de 6 horas e o direito à sindicalização.
O presidente da Fenae, Sergio Takemoto, participou da greve. Recém-contratado no banco, Takemoto conta que, na época em que ingressou na empresa, enfrentava uma realidade muito diferente da dos empregados de outros bancos: além de não serem considerados bancários, os trabalhadores da Caixa tinham uma jornada de oito horas de trabalho, sem direito à negociação coletiva, sem pauta de reivindicações e sem acordo salarial.
“Enquanto os bancários tinham 6 horas e participavam de negociações, nós ficávamos de fora. Foi dessa indignação que nasceu o movimento. Entendemos que também tínhamos direito: direito à jornada de 6 horas, direito à sindicalização, direito a sermos reconhecidos como trabalhadores e trabalhadoras bancários”, conta o presidente.
Para Takemoto, o movimento serve de referência histórica para a continuidade da luta por melhores condições de trabalho e por atendimento adequado à população.
Foi uma greve histórica com 100% de adesão dos trabalhadores do banco público e um marco no processo de organização da categoria. Sua realização foi definida no 1º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef), realizado em 20 de outubro de 1985, em Brasília (DF).



