O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro fez um protesto na hora do almoço desta sexta-feira, 22, contra a permanência do deputado Pastor Marco Feliciano à frente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.
O presidente do Sindicato, Almir Aguiar, falou especialmente sobre as declarações racistas feitas pelo deputado recentemente, destacando que, certamente, muitos dos eleitores que votaram em Feliciano são afrodescendentes. O ato teve esquete com a Cia. de Emergência Teatral, que levou as já famosas freirinhas Madre Pérola, Irmã Irma e Irmã May para falar também da homofobia e do machismo que permeia as declarações e atitudes de Feliciano.
Obscurantismo
A atuação do deputado Pastor Marco Feliciano à frente da Comissão dos Direitos Humanos tem sido marcada por muitos conflitos. A reação dos movimentos sociais e da sociedade civil contra Feliciano foi intensa desde a eleição – que ocorreu a portas fechadas — e houve protestos já na primeira sessão da comissão sob a presidência do pastor. Na segunda reunião, Feliciano permaneceu na sala somente por oito minutos. A pressão popular por sua renúncia é forte e até entre os evangélicos a postura de Feliciano é controversa.
As declarações do pastor não são apenas preconceituosas, mas equivocadas. Ele mistura conceitos e se apoia em argumentos questionáveis para justificar suas posições. Em entrevista para um livro, por exemplo, disse que as conquistas e o empoderamento das mulheres levará ao homossexualismo, porque as mulheres independentes se tornarão lésbicas e deixarão de ter filhos, o que ameaça a perpetuação da espécie. Em outra declaração polêmica, esta pelo Twitter, o deputado afirma que os negros são descendentes de um ancestral amaldiçoado por Noé e que esta seria a razão da miséria e das doenças que assolam o continente africano.
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Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES