Para protestar contra a forma cada dia mais covarde e desumana com que o Santander tem tratado os funcionários do call center, o sindicato dos bancários do Rio e o de São Paulo realizaram manifestações na última quinta-feira (4/4). As mobilizações, aconteceram na porta dos prédios do call center das duas cidades. A do Rio contou com a participação da Cia de Emergência Teatral que criticou com humor as arbitrariedades do banco espanhol.
Entre os absurdos, o Santander converteu os 10 minutos de pausa para descanso (para evitar lesões por esforço repetitivo) em tempo para usar o toalete e tratar de assuntos pessoais, desrespeitando a lei. Para piorar ainda mais, os funcionários são penalizados com advertência quando ultrapassam os 10 minutos reservados para a ida ao banheiro. Os supervisores do call center sempre exigem mais dos bancários do setor, com ameaças.
Mais abusos
Quando alguém é demitido, o supervisor do call center envia e-mail para os demais funcionários com os nomes dos dispensados em uma clara forma de pressão. Fica subentendido que quem não atingir as metas também terá o mesmo destino. “Os funcionários vivem uma situação de crescente assédio moral. O Sindicato condena esta grave situação e usará de todos os meios para combatê-la, com mais protestos e paralisações, denunciando estes fatos à opinião pública e acionando o Ministério Público do Trabalho”, afirmou a diretora do Sindicato, Fátima Guimarães.
Como se não bastasse, agora muitos funcionários estão proibidos até de frequentar o ambulatório. Se alguém passar mal, os próprios supervisores buscarão o remédio para que o funcionário não deixe sua mesa de trabalho. Diferentemente de outros locais, quando há denúncias de assédio moral no call center, as respostas do banco, nas reuniões com o movimento sindical, são padronizadas, como por exemplo: “o supervisor será reorientado” ou “ninguém confirmou”.
Fonte: Seeb-Rio