Aconteceu nos dias 21 e 22 de junho o II Congresso Nacional dos Empregados do Sistema BNDES, realizado no Clube de Engenharia. Os funcionários do banco e suas subsidiárias – FINAME e BNDESPAR – se reuniram para debater as cláusulas da minuta de reivindicações que será entregue à direção do banco. Das negociações sairão os três novos acordos aditivos – de Trabalho, Jornada e PLR.
Após aprovarem o regimento interno, os funcionários assistiram a duas palestras. A primeira foi sobre “Cenários de fechamento e saldamento de planos de pensão”, apresentada por Luciano Fazio, da Anapar. Este tema é muito oportuno, já que a previdência complementar do sistema, a FAPES, precisa passar por alguns ajustes, para evitar problemas severos num futuro próximo. A outra palestra foi sobre conjuntura econômica e foi proferida pelo economista do Dieese Cloviomar Cararine.
Em seguida, grupos de trabalho discutiram os tópicos dos três grandes eixos temáticos do evento: Pleitos econômicos; Direitos trabalhistas e garantias do empregado; e Saúde e previdência. No dia seguinte, a plenária final fechou o texto da minuta, que será submetido a aprovação em assembleia.
Entre os temas discutidos, o fundo de pensão é talvez um dos mais críticos. “As associações vão insistir na criação de um grupo de trabalho paritário para discutir a situação e as soluções para a FAPES. Uma das propostas que serão avaliadas é a de saldamento do plano atual e criação de um novo, nos moldes que já vêm sendo adotados por outros fundos”, relata Maggi.
Organização
O diretor para Bancos Públicos da Federação, Luiz Ricardo Maggi, representou a entidade no congresso, participando como convidado. Ele destaca que a organização dos empregados está evoluindo. “Temos percebido um amadurecimento no processo de construção da campanha salarial dos funcionários do banco. E, para mim, foi um aprendizado importante, já que o BNDES tem estrutura e realidade completamente diferentes do que estamos acostumados a trabalhar na Caixa e no BB”, avalia o dirigente.
As associações de funcionários do BNDES se reaproximaram recentemente do movimento sindical bancário e a realização deste segundo congresso é um dos frutos desta proximidade. As negociações têm sido acompanhadas por quadros experientes do sindicalismo e houve deflagração de greve em 2012, algo que não acontecia há muitos anos. “A Federação estará presente em todas as etapas da negociação dos acordos do BNDES, como já vem acontecendo nos últimos anos,” anuncia Maggi. A Contraf-CUT também esteve presente no congresso, representada pelo secretário de organização, Miguel Pereira, e o Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, pela diretora de Bancos Públicos, Luciana Vieira.
Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES