A greve dos petroleiros é em defesa dos interesses do Brasil, pelo controle das nossas riquezas e para que os lucros com a exploração de nossas reservas naturais sejam revertidos em melhoria de vida para o povo brasileiro.
É uma luta entre os que defendem o Brasil e os brasileiros e os entreguistas do patrimônio público. Queremos a preservação de um dos setores da economia com maior potencial para estimular o desenvolvimento do País.
A luta contra os leilões do pré-sal, no Campo de Libra, na Bacia de Santos, e também por avanços na campanha salarial dos petroleiros, conta com o apoio dos movimentos sindical e social e de grande parte da sociedade. No Sistema Petrobras, a paralisação uniu os trabalhadores contratados e os terceirizados. Estão paradas as refinarias, os terminais, as plataformas, os campos de produção e as unidades operacionais das bases da Federação Única dos Petroleiros (FUP).
Estar com os petroleiros e ser contra os leilões do pré-sal (a primeira rodada está marcada para o próximo dia 21), é estar a favor de um Brasil melhor e para todos. É defender o uso estratégico dos nossos recursos naturais. Estamos falando de reservas de 8 a 12 bilhões de barris de petróleo, segundo estimativas da Agência Nacional do Petróleo (ANP). O Campo de Libra pode produzir 1,4 bilhão de barris por dia – hoje, o Brasil produz 2,1 milhões – o que corresponde a US$ 1 trilhão se for considerado o preço médio do barril de petróleo atual (US$ 100).
Para nós da CUT, a descoberta deste megacampo de petróleo, feita durante o governo do ex-presidente Lula, que teve a coragem de estimular e investir pesadamente na indústria nacional, é uma das melhores oportunidades que já tivemos para colocar em prática nossos projetos de desenvolvimento sustentável, com distribuição de renda, emprego decente, mais investimentos em educação, saúde e transporte público de qualidade, saneamento básico e o fim da miséria.
Queremos impedir a privatização da área de Libra porque nosso projeto é de desenvolvimento com soberania nacional e não um projeto meramente econômico e imediatista. Queremos desenvolvimento com justiça social e geração de emprego e renda para todos os/as trabalhadores/as brasileiros/as. Não queremos que nossos recursos levem o desenvolvimento, a riqueza, os empregos e a melhoria de vida da classe trabalhadora para fora do território nacional.
A FUP é CUT! E, juntos, vamos lutar pela suspensão imediata dos leilões do pré-sal.
Vagner Freitas, presidente nacional da CUT
Fonte: CUT