Sem nenhum aviso prévio, o Santander informou aos funcionários lotados no prédio administrativo conhecido como Realzão que o ambulatório existente no local seria desativado. O aviso foi feito na sexta-feira, dia 1º de novembro, e na segunda-feira, dia 04, os equipamentos, documentos e mobiliário começaram a ser desmontados e empacotados. Em resposta, o Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro fez uma paralisação parcial de todo o setor administrativo e das agências que funcionam no edifício, na manhã desta terça-feira, dia 05.
O banco alegou baixa utilização – em torno de 12 % – para extinguir o ambulatório. A primeira providência já havia sido tomada depois da incorporação do Real, com redução da carga horária do médico. “Antes, o médico ficava o dia todo. Nos últimos tempos, ficava só na parte da tarde. Pela manhã, ficavam só as duas enfermeiras”, relata Marcos Vicente, diretor do Seeb-Rio e funcionário do Santander lotado no prédio.
Além de prejudicar os trabalhadores do prédio – não só do Santander, mas também os terceirizados, menores aprendizes e estagiários – os bancários da região também ficam sem uma opção de atendimento. “O ambulatório podia ser usado por todos, mas isso nem era divulgado. Mesmo assim, os bancários que trabalham no Centro costumavam recorrer a ele quando necessário. E agora, como vão ficar?”, pondera Luiza Mendes, diretora da Fetraf-RJ/ES.
Mesmo com reclamações dos funcionários enviadas por e-mail no dia do comunicado – inclusive superintendentes – o banco se manteve firme na decisão. “Esta atitude do Santander é de extremo desrespeito para com os funcionários. Não se pode definir a necessidade de um serviço só pela utilização. Seria como, por exemplo, deixar de pagar a taxa de incêndio porque o prédio nunca pegou fogo. O Santander está fazendo economia porca. O banco reduziu o número de seguranças noturnos e o prédio foi invadido e roubado mais de uma vez desde então. E agora, vai ser preciso que um funcionário morra lá dentro para que o ambulatório seja reativado?”, questiona Marcos Vicente.
Em função da revolta de todos os trabalhadores com a extinção do ambulatório, a adesão dos funcionários foi massiva. A direção do banco respondeu à pressão e marcou uma reunião para discutir o assunto no próximo dia 08.
Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES