Santander não dá respostas objetivas em reunião com COE

Em reunião realizada nesta sexta-feira, dia 08, o Santander deu apenas respostas vagas. A principal reivindicação dos bancários, o fim das demissões, ficou em suspenso, já que o assunto será retomado em nova reunião, marcada para 19 de novembro.

A grande questão é que o banco não admite que está fazendo cortes significativos de pessoal. “O banco insiste que não são tantas demissões, mas os números mostram o contrário. Temos observado demissões em toda a nossa base, e nos demais estados a situação não é diferente”, pondera Paulo Roberto Garcez, representante da Fetraf-RJ/ES na COE. Segundo Garcez, a única resposta foi que o banco ficou de rever as demissões dos funcionários que tinham algum tipo de estabilidade garantida por lei.

Ambulatório, eleição e segurança

O representante da base do RJ e ES levou à direção do banco problemas específicos que estão acontecendo no Rio de Janeiro. Quanto ao ambulatório do prédio administrativo conhecido como Realzão, que foi desativado no início da semana, o banco informou que vai enviar funcionários para fazerem um redimensionamento. “O banco alega que o ambulatório é pouco usado e que, por isso, não justifica mantê-lo. Ressaltamos que, mesmo com baixa utilização, é importante que os bancários tenham onde procurar atendimento médico. Também destacamos que não são só os funcionários do prédio que usam o ambulatório, mas também de todas as outras agências do Centro da cidade. Embora os representantes do banco tenham dito isto abertamente, tive a impressão de que o ambulatório não será fechado.”, relata Garcez.

O processo eleitoral para escolha dos representantes dos funcionários na CIPA do Realzão, que está em andamento, foi outro ponto discutido. O banco forneceu uma lista de votantes com 299 nomes, o que garante que os bancários tenham 4 representantes – 2 titulares e 2 suplentes. Segundo a legislação, se um local de trabalho tiver mais de 300 trabalhadores, o número de cipeiros terá mais um efetivo e mais um substituto. “Os votos das pessoas que não estavam na lista foram colhidos em separado. Durante o processo de apuração será verificado se estas pessoas são realmente aptas a votar. Se forem – e só precisamos de algumas pessoas a mais, não de todas que votaram em separado – o banco se comprometeu a criar mais duas posições”, relata Garcez.

Outra questão local levada à reunião foi a segurança do entorno do novo prédio do call center. Depois da mudança para o novo endereço – que ocorreu há pouco mais de duas semanas – bancários já foram assaltados e até um carro já foi roubado. “O banco ficou de enviar um funcionário da área de segurança para avaliar a situação, provavelmente já na semana que vem”, informa o representante da Fetraf-RJ/ES.

Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES