Na terceira reunião para discutir o novo plano de cargos – chamado de GEP-Gestão Estratégica de Pessoas – o banco não apresentou nenhuma resposta objetiva. Mas, mesmo que insatisfatório, o resultado não foi totalmente frustrante, uma vez que os representantes do banco – executivos de RH e relações sindicais – sinalizaram algumas tendências positivas.
As reuniões para discutir o GEP foram incluídas no Acordo Aditivo, que está em processo de aprovação em assembleias pelas unidades do banco espalhadas pelo país. O modelo negociado será submetido à aprovação do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais – DEST. A direção do banco já procurou o órgão, mas não havia ainda uma proposta fechada a apresentar. A discussão foi apenas técnica e a avaliação, superficial. “Segundo o RH, a administração do banco viu com bons olhos as mudanças que nós sugerimos. De fato, não estamos propondo nenhuma revolução, somente melhorias, revisão de critérios exageradamente rígidos, esclarecimento de pontos. Estamos, agora, no esforço para concluir a negociação dentro da casa, o que ainda não conseguimos. Mas o RH já adiantou que não conseguirá concluir o regulamento a tempo”, informa Mauro Bottino, presidente da Associação de Funcionários do BNDES.
Passos lentos
Muitos pontos da proposta ainda estão em aberto. “O banco está dando continuidade ao processo e foi marcada uma quarta reunião. O que ficamos sabendo é que houve uma reunião na última sexta-feira e que nossa proposta recebeu pareceres técnicos favoráveis. O banco ainda vai consultar outro especialista, que vai fornecer um segundo parecer para as questões jurídicas trabalhistas e previdenciárias. Um dos maiores temores do banco é que, com a mudança de nomenclatura, aconteça um empilhamento de funções”, adianta Luciana Vieira, diretora para Bancos Públicos do Seeb-Rio.
A evolução lenta está frustrando os funcionários. “Nós gostaríamos de ter saído desta reunião de hoje com uma resposta, mas o banco continua demorando. A impressão que temos é que, depois da aprovação dos outros temas do Acordo Coletivo, o banco relaxou. A direção está discutindo tudo em reuniões de rotina, mantendo o ritmo normal numa situação que exige urgência. Mas, pelo menos, o banco sinaliza que o processo, mesmo que lento, está andando, e que nossos pleitos estão sendo vistos positivamente”, pondera Bottino.
Mais reunião
Ficou agendado um novo encontro de negociação entre os representantes dos funcionários e os negociadores do banco para dia 07 de fevereiro. “Até lá a proposta já terá passado por uma segunda reunião do Comitê Gerencial e por uma Reunião Ordinária de Diretoria. Reivindicamos que nesta próxima rodada, no dia 07, já seja apresentada a nova nomenclatura do plano de carreira”, conclui o presidente da AFBNDES.
Acesso
A diretora do Seeb-Rio, Luciana Vieira, aproveitou a oportunidade do contato com negociadores do banco para reivindicar que o acesso do Sindicato aos funcionários do BNDES seja facilitado. Os sindicalistas têm dificuldade de entrar no prédio e até a distribuição do Jornal Bancário é prejudicada por estas restrições. A dirigente também reivindicou que os informativos do sindicato sejam publicados no Quadro de Avisos, para que os empregados do banco tenham mais informações.
Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES