Longas filas e uso de papel térmico para impressão de comprovantes. Estas são duas infrações que os bancos da base do Sindicato dos Bancários de Três Rios insistem em cometer. O município tem lei que limita o tempo de atendimento bancário e que proíbe o papel térmico, que tem vida útil curta. As leis estão em vigor, mas os bancos as ignoram.
No caso das filas, a situação é ainda pior em função do calor. Em dias de muito movimento, as filas não cabem nas agências e os clientes e usuários são obrigados a esperar do lado de fora das unidades. “As pessoas ficam no sol, em pleno verão, algumas passam mal, mas os bancos não tomam medidas para agilizar o atendimento. No máximo, deslocam um funcionário de outro setor para abrir os guichês ociosos. Contratar mais bancários, que seria a solução definitiva, eles não querem. É ruim para os funcionários, que ficam sobrecarregados, e para os clientes, que perdem tempo. E, no final, todo mundo fica estressado, não há nervos que resistam”, critica Nilton Damião Esperança, presidente do sindicato.
O presidente da Fetraf-RJ/ES, Fabiano Paulo da Silva Júnior, esteve em Três Rios no último dia 06 para visitar as agências e conversar com os gerentes. “Estava voltando de São Paulo, mas decidi passar em Três Rios quando Nilton me relatou o que estava acontendo. Procurei alertar os gestores sobre as infrações que estão sendo cometidas, mas o que percebi é que muitos estão com as mãos atadas. Alguns já informaram a seus superiores sobre as leis, mas nenhuma providência foi tomada”, relata Fabiano.
O sindicato já solicitou ao prefeito Vinicius Farah o agendamento de uma reunião para tratar destes e de outros problemas referentes ao atendimento bancário na cidade. “As agências não têm cartazes informando sobre o tempo máximo de espera nas filas, como prevê a lei. E também temos tido, com muita frequência, queda nos sistemas, o que afeta seriamente o atendimento. Outro problema comum é a falta de numerário nos caixas eletrônicos, principalmente nos fins de semana. Estas situações são comuns e é preciso que os bancos sejam pressionados a prestar um bom atendimento e boas condições de trabalho aos funcionários”, pondera Nilton.
Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES