Demissões, fechamento de agências, péssimas condições de trabalho, metas elevadas e nada de PLR. Em protesto contra a atual situação nas agências do HSBC o Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro fez uma paralisação parcial na manhã desta quinta-feira, dia 20. As unidades Visconde de Inhaúma e Assembleia ficaram fechadas até o meio-dia. Já a agência Rio Branco, com problemas de ar condicionado, teve a paralisação prolongada por mais uma hora.
Além dos problemas crônicos que atingem agências do HSBC em todo o país, a situação do Rio de Janeiro é mais grave. O banco fechou cinco unidades no estado – duas na capital, em Madureira e no Leme, mais uma em Petrópolis, uma em Vassouras e uma em São João de Meriti. “Esta situação tem levado insegurança e descontentamento aos bancários, que já estão aborrecidos pela falta de PLR. Temos também a situação das metas, que foram mantidas, mesmo depois que o banco separou as contas de PJ, cuja rentabilidade não entra mais no cálculo do resultado de cada unidade. É muita pressão e nenhuma recompensa”, critica Rubens Branquinho, coordenador da COE do HSBC na base da Fetraf-RJ/ES.
Além disso, das cinco agências no centro do Rio, duas foram transformadas em unidades de negócios e não realizam mais operações de pagamentos e recebimentos. Com isso, os clientes foram migrados para as outras três, que foram paralisadas hoje. “A agência Assembleia, por exemplo, é muito problemática, tem movimento muito grande e não há caixas suficientes. Nos dias de maior movimento, os clientes chegam a ficar mais de duas horas na fila. E isso deixa todo mundo estressado e os bancários acabam sofrendo ofensas. Já houve vários casos de agressões verbais contra funcionários em razão desta superlotação”, relata Marcelo Rodrigues, diretor do Seeb-Rio.
Calor
Na agência Rio Branco, além de todos os problemas comuns a todas as unidades, o sistema de ar-condicionado não funcionava corretamente num dos andares. No primeiro e no segundo, o funcionamento estava normal, mas, no terceiro o calor estava insuportável. “Já tínhamos recebido informações de que a refrigeração apresentou problemas em outras ocasiões. Quando chegamos ao local, as condições eram péssimas. Então, decidimos estender a paralisação”, relata Jonas Kaezer, diretor da Fetraf-RJ/ES. Durante a atividade, a direção do banco entrou em contato com os sindicalistas e foram providenciados ventiladores para amenizar o calor. Mas o sindicato já anunciou que vai continuar pressionando para que o problema tenha uma solução definitiva.
Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES