Resposta à carta aberta da Unidade Classista

A corrente política intitulada Unidade Classista publicou uma Carta Aberta a esta Federação na qual questiona a legitimidade do Encontro Estadual dos Funcionários da Caixa, realizado no último dia 17, e reivindicando a realização de novo encontro. A direção da Fetraf-RJ/ES vem, também de público, responder que a reivindicação da UC, lamentavelmente não poderá ser atendida, pelo exposto a seguir.

Eventos como o Encontro Estadual dos Bancários da Caixa têm caráter oficial, uma vez que constituem importante etapa para a elaboração da minuta de reivindicações que servirá de base para a negociação do Acordo Aditivo específico. Deste modo, há exigência de ritos e formalidades que foram cumpridos à risca por esta Federação. O encontro foi convocado, divulgado em nossos veículos de comunicação e organizado conforme exigido pela organização nacional dos bancários da Caixa. Na data de sua realização, a primeira atividade após a abertura foi a leitura e aprovação do regimento interno – cuja proposta de texto estava incluída no material entregue a cada um dos delegados credenciados. A referida proposta foi aprovada por unanimidade pelos delegados que já se encontravam na plenária. Cabe ressaltar que os integrantes da corrente Unidade Classista chegaram mais tarde, depois de lido e aprovado o regimento.


 


No momento da votação das chapas que comporiam a delegação fluminense, a Unidade Classista percebeu que havia sido aprovada a criação de chapa única. Os integrantes da corrente se insurgiram contra esta decisão e apresentaram recurso à mesa para que o item fosse novamente colocado em pauta. A direção da mesa acatou recurso da UC e pôs em votação a proposta de não permitir a chapa única. A plenária decidiu, por ampla maioria, manter a decisão tomada no início do evento. Indignados com a decisão contrária à sua pretensão, os integrantes da Unidade Classista se retiraram do plenário e se recusaram a negociar a composição da delegação. 


 


Após este entrevero, o encontro transcorreu normalmente até o final. Nos dias seguintes, surgiu a Carta Aberta da Unidade Classista contestando a condução dos trabalhos e a legitimidade das decisões.


 


A direção da Fetraf-RJ/ES não pode anular um encontro legítimo para atender à reivindicação de uma força política, apenas porque esta não foi contemplada. Isto seria não só um desrespeito aos demais bancários – sobretudo àqueles que deixaram seus municípios ainda durante a madrugada para estarem na capital no horário marcado – mas também uma atitude antidemocrática. A democracia prevê que seja acatada a decisão da maioria, não cabendo aqui o termo “ditadura” empregado pela UC em sua carta aberta. Ditadura é, ao contrário, um regime onde uma minoria decide por todos, e é nosso dever, como dirigentes sindicais responsáveis por uma categoria que reúne milhares de trabalhadores no estado, garantir que as decisões sejam sempre democráticas.

Saudações Sindicais Cutistas,











Nilton Esperança Luiz Ricardo Maggi
Vice-presidente Diretor p/ Bancos Federais


 

Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES