Foi lançada na última quarta-feira, 18, no auditório da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, a Frente Parlamentar em Defesa da Caixa 100 % Pública. O vereador Reimont apresentou a proposta de lançamento da frente em plenário no dia 06 de março e a instalação contou com a presença da vereadora Laura Carneiro (PTB) e do vereador Prof. Célio Luparelli (DEM), que indicaram Reimont para a presidência.
A reunião de lançamento contou com a presença de representantes das associações de pessoal da Caixa e do movimento sindical, que se fizeram representar na mesa. Afonso Henrique Costa, Armando Filardi e Paulo Matiletti representaram, respectivamente, a ASAS-BNH, a Unei e a Apcef-RJ. O Seeb-Rio foi representado pela vice-presidente, Adriana Nalesso e a CUT-Rio pelo diretor Marcelo Rodrigues, que é bancário da Caixa. A Fetraf-RJ/ES enviou o diretor de Bancos Públicos, Luiz Ricardo Maggi, que também é funcionário do banco. Também participaram do evento, pela Fetraf-RJ/ES, a diretora Luiza Menedes e o diretor Paulo de Tarso.
Todos os presentes destacaram a importância da Caixa como banco do povo, agente financeiro do Estado e fomentador do desenvolvimento. Afonso Henrique Costa lembrou que o extinto Banco Nacional da Habitação foi absorvido pela Caixa, que assumiu o papel da instituição no programa habitacional popular. Armando Filardi defendeu a formação de uma bancada Economiária no Congresso, com formação pluripartidária, para fortalecer a representação dos empregados da Caixa e garantir o caráter público do banco. Paulo Matiletti destacou que, apesar das notícias de que o governo teria desistido de abrir o capital da Caixa, não havia ainda nenhuma confirmação oficial desta mudança de intenção e, portanto, a campanha pela Caixa 100 % Pública não pode parar.
O bancário da Caixa José Ferreira, que é um dos supervisores do programa de microcrédito da Caixa, destacou a importância desta iniciativa. Apesar de crucial para o desenvolvimento de um setor muito específico da economia, o programa de microcrédito não alcançou a notoriedade do Minha Casa, Minha Vida, por exemplo. “Quando as UPPs foram instaladas, todo o comércio local das comunidades ficou em situação muito difícil. Os estabelecimentos, que antes forneciam produtos para das pessoas ligadas ao tráfico de drogas, tiveram perda de faturamento. O programa de microcrédito foi fundamental para manter estes pequenos negócios funcionando. Isto permitiu que muitas pessoas pudessem continuar sustentando suas famílias”, relatou Ferreira.
A presidenta do Seeb-Rio, Adriana Nalesso, que é funcionária de banco privado, destacou que as instituições financeiras públicas – a Caixa, sobretudo – tiveram papel fundamental durante a crise de 2008, atendendo à determinação do governo federal de baixar os juros. Com crédito de custo mais baixo a Caixa e o BB garantiram os investimentos e o consumo, permitindo que a economia brasileira não entrasse em derrocada a reboque do colapso internacional. Marcelo Rodrigues, da CUT, destacou que a crise política por que passa o país neste momento é fruto de uma campanha para desmoralizar as empresas públicas e facilitar a atuação do capital privado, sobretudo internacional, e que é necessário defender o projeto nacionalista eleito em outubro, ainda que o movimento sindical mantenha sua autonomia em relação ao governo federal.
Aproveitar a oportunidade
Durante o evento aconteceu também a sindicalização de Reimont, que é bancário do BB. Depois alguns anos como funcionário do Bemge em Minas Gerais, seu estado de origem, onde foi diretor do Seeb-BH, o vereador teve outras profissões. Em 2005, fez o concurso para o BB e foi aprovado. Quando já atuava como vereador, foi convocado a tomar posse. Cumpriu os três meses de estágio probatório, conciliando com suas atividades na Câmara, e em seguida licenciou-se para cumprir seu mandado. Como ainda não havia se associado ao sindicato, Reimont preencheu, lá mesmo, a ficha de sindicalização apresentada pela diretora Rita Mota.
Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES