Nova rodada de negociação com o Banco do Brasil foi realizada nesta sexta-feira dia (18) na cidade de São Paulo, onde foram debatidos os temas referentes à remuneração, alteração no plano de carreira e as questões envolvendo ascensão dos funcionários.
PCR – Plano de Carreira e Remuneração
No debate do PCR – Plano de Carreira e Remuneração, os funcionários cobraram do banco melhoria nas tabelas de antiguidade e mérito e melhoria no piso do escriturário. Foi também feito um debate específico sobre a inclusão dos escriturários na carreira de mérito, como forma de valorização de todos os funcionários da empresa.
Substituição de comissionados
Os representantes dos funcionários fizeram uma discussão sobre novos avanços na substituição dos comissionados, apontando para o banco a necessidade de voltar a substituição como uma forma de melhorar a formação profissional, evitar os desvios de função e, ainda, tornar mais transparentes e efetivos os processos de nomeação, uma vez contemplados no histórico funcional os dias da efetiva substituição em outro cargo.
Nomeação e pagamento da gratificação de caixa
Os Sindicatos e Federações cobraram do BB a nomeação dos caixas executivos que vem exercendo a função de forma consecutiva em várias agências e plataformas do PSO.
Esta é uma cobrança constante dos caixas substitutos, que sempre estão exercendo a função, mas não são nomeados. Isto causa um prejuízo ao funcionário no recebimento das férias, 13º e adiantamentos.
Outra reivindicação feita é a de que todo o funcionário que abrir terminal de caixa recebe a gratificação de caixa na folha de pagamento.
Vários gerentes de serviço do PSO e de agências, além de outros funcionários estão sempre ajudando nos serviços de caixas, mas sem ganhar a gratificação, assumindo riscos de diferença no caixa.
Foi reivindicado o pagamento do auxílio refeição para o trabalho extraordinário aos fins de semana e feriados, na forma de adiantamento ou ressarcimento posterior no ticket refeição.
Processos seletivos e concorrência
Foi cobrado do BB a melhoria nos processos seletivos dentro da empresa, dando mais transparência às nomeações. Foi solicitado a participação das Gepes em processos seletivos em unidades maiores e também que toda vaga aberta tenha prazo definido para inscrição e data de escolha, evitando os pedidos de retirada das concorrências e nomeações de funcionários que não estavam inscritos anteriormente.
Os funcionários apontaram ao banco que a transparência nos processos de seleção é uma reivindicação muito importante para os funcionários, uma vez que a credibilidade das seleções internas fica em risco sem a devida transparência.
Foi solicitado ao banco a informação de quantas pessoas foram nomeadas fora dos vinte primeiros, naqueles casos chamados de exceções, sem ser na mesma unidade.
Outra cobrança foi quanto ao registro da seleção em que o funcionário esteja participando e também a obrigatoriedade de feedbacks em todos os processos seletivos.
Novamente os funcionários cobraram do banco o funcionamento do Sistema de Remoção Automática – SACR em todos os locais. Devido as praças com locais excedentes e as reestruturações em andamento, os sistemas não tem atendido ao seu objetivo, provocando um descumprimento do acordo coletivo.
Melhoria no plano de função
Os funcionários cobraram do BB melhoria do plano de funções e a negociação com as entidades de alterações na estrutura dos cargos.
Outra questão é que não seja feita nenhuma alteração sobre a jornada de trabalho sem negociação com os funcionários.
Foi reiterado o pedido de uma negociação sobre assistentes dos segmentos estilo e private e a criação do cargo de pregoeiro, além de uma negociação sobre os funcionários de cargos de nível superior, cuja carreira está ameaçada por uma ação do ministério público contra o banco.
Os bancários também reivindicam do banco, a análise e resposta sobre os diversos artigos da minuta que contemplam melhorias nos cargos e funções de várias unidades e setores específicos, como CABB e SAC.
Mais contratações
Os representantes dos funcionários novamente reivindicaram a reposição dos funcionários que saíram no plano de aposentadoria. As vagas não estão sendo repostas e isso tem agravado as condições de trabalho em todas as unidades.
Organização dos trabalhadores
Os sindicatos denunciaram ao BB os relatos de retaliação e ameaças a funcionários feitos especialmente por superintendentes regionais e estaduais quanto a ações judiciais e greve.
O Banco respondeu oficialmente que não é política ou orientação da empresa e que vai acolher e apurar as denúncias.
Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos funcionários, os debates aprofundados da pauta de remuneração, plano de carreira e processos seletivos mostram que os funcionários querem melhoria nas condições de trabalho e também na sua remuneração. A ampliação das substituições é fundamental para a formação do funcionário e o banco sabe disso.
“Precisamos dar transparência aos processos seletivos pois os funcionários não tem acreditado nas seleções. A respostas do banco a nossas reivindicações só virão com mobilização. Precisamos ficar atentos ao calendário e participar das atividades dos sindicatos como forma de pressionar uma proposta específica do BB” destaca.
Os sindicatos cobraram do BB que seja apresentada uma proposta das reivindicações específicas no dia 25, após a reunião com a Fenaban.
A pressão do funcionalismo tem arrancado surtido efeito e o representante da Fetraf-RJ/ES na CEE/BB, Sérgio Farias, chama os bancários à mobilização. “Somente após a pressão dos sindicatos o BB aceitou suspender as medidas adotadas em janeiro e abriu negociação sobre os 15 minutos de intervalo das bancárias que fazem horas extras. Na reunião de sexta-feira, o banco insistiu numa resposta padrão: ‘vamos estudar’. Então, é a velha fórmula: sem a pressão dos sindicatos, não teremos uma mesa satisfatória”, convoca Sérgio Farias, representante da Fetraf-RJ/ES na CEE/BB.
Fonte: Fetraf-RJ/ES, com Contraf-CUT