Em greve, trabalhadores da EBC recusam nova proposta e empresa ajuíza dissídio

Assembleia realizada nesta tarde pelos trabalhadores das quatro praças da EBC (Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e São Luís), que estão em greve desde a zero hora desta terça-feira, 10/11, rejeitou a nova proposta colocada pela direção da empresa em mesa de negociação realizada na última segunda-feira (9). A diretoria oferece 3,5% de aumento salarial e em todas as cláusulas econômicas do Acordo Coletivo de Trabalho para este ano e para o ano de 2016.

Na assembleia, as entidades representativas informaram que a direção da empresa entrou com dois pedidos de dissídio um de greve e revisional. Com o primeiro pedido, a empresa visa garantir os serviços básicos e acelerar o processo de julgamento, visto que ele tem caráter sumaríssimo. Já o segundo tem o objetivo de apreciar as cláusulas econômicas do acordo.

Os trabalhadores também mantiveram sua pauta de reivindicação para as cláusulas econômicas. Eles lutam por aumento salarial conforme o índice do IPCA mais um ganho real linear para todos os empregados de R$ 450 (esse valor corresponde a cerca de 5% do total da folha de pagamento da empresa). Além disso, eles pleiteiam que as negociações do ACT sejam realizadas anualmente.

Os empregados alertam que os 3,5% apresentados pela direção da empresa é uma proposta muito, mais muito insuficiente e que não contempla de forma alguma as mínimas expectativas de reajuste salarial.

Outro pleito aprovado foi a retomada das negociações das cláusulas sociais do acordo, já que as cláusulas econômicas serão objeto da audiência de conciliação que deverá ocorrer em breve no Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Privilégios

Outra bandeira levantada pelos trabalhadores neste ano é o fim dos privilégios dentro da empresa para gestores e diretores. Eles lutam por isonomia dentro do quadro de empregados e pressionam para que neste momento de crise a empresa faça cortes em cargos comissionados, nos salários da chefia e em outros benefícios dados aos cargos de direção como: vaga privativa na garagem paga pela empresa, auxílio moradia e diárias recebidas pela direção com valor muito superior aos que são pagos aos empregados.  “Não adianta dizer que não tem dinheiro enquanto não diminuir os salários dos gestores e diretores e também o número de cargos comissionados”, colocou em debate uma das empregadas presentes na assembleia.

A próxima assembleia acontecerá nesta quinta-feira (12/11), às 12h30