O Santander realizou vacinação de seus funcionários lotados nos prédios administrativos e no call center, mas não forneceu a vacina aos terceirizados que trabalham nestas dependências. Este ano houve também uma dificuldade maior, já que a imunização foi feita em apenas um dia, diferente do que aconteceu em 2015, que teve dois dias de vacinação.
O banco já não fornece a vacina onde ela é mais necessária, as agências, onde os trabalhadores estão em contato constante com o público. Mas a não vacinação dos terceirizados dos prédios é uma irresponsabilidade dupla. “Depois que todos os funcionários foram vacinados, ainda sobraram 15 frascos, o que dá para quase 150 doses. Os terceirizados não passam de 30, não tem por que negar a vacina. Até porque todos trabalham no mesmo espaço e estão sujeitos aos mesmos riscos”, critica Luiza Mendes, diretora da Fetraf-RJ/ES.
Riscos
A redução da jornada de trabalho dos bancários para 6 horas, conquistada na década de 30, foi uma tentativa de diminuir o número de casos na categoria bancária.. Como as agências sempre foram locais com grande concentração de pessoas e circulação de ar deficiente, eram ambientes que favoreciam a contaminação.
A gripe H1N1 é uma doença que pode gerar complicações e até matar. A transmissão é feita entre pessoas, pelo ar. Ambientes fechados são ideais para a propagação do vírus. A vacinação de todos os trabalhadores que convivem nas dependências dos bancos é a forma mais eficiente de evitar a contaminação.
Alguns bancos já entenderam esta necessidade, mas o Santander decidiu imunizar apenas parte – a menor – de seus empregados, justamente aqueles menos sujeitos à contaminação, já que não atendem ao público. “É um descaso com a saúde dos funcionários e uma negligência que pode ter consequências graves”, alerta Luiza Mendes.
Fonte: da Redação