O Comando Nacional dos Bancários se reuniu, nesta quinta-feira (7), na sede da Contraf-CUT, em São Paulo, para fazer uma análise do atual cenário brasileiro. O encontro também fez uma avaliação dos encontros nacionais de bancos privados e dos congressos dos bancos públicos realizados até agora. Além de debater encaminhamentos para a Campanha Nacional 2016.
Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT, lembra que a campanha de 2015 foi vencida com uma forte mobilização. “No quarto dia de greve já tínhamos batido o recorde de índice de paralisação de todos os tempos. Precisamos nos organizar ainda mais e aumentar a força, a pressão e a visibilidade da nossa campanha para garantir nossas conquistas.”
Para Juvandia Moreira, vice-presidenta da Contraf-CUT, a politização é o caminho. “Nós precisamos trazer os bancários para as nossas lutas. A categoria já começou a temer o risco de retirada de direitos. Isso é um fator mobilizador. Nosso papel é explicar os temas sensíveis aos trabalhadores para construir um movimento forte”, convocou.
A economista da subseção do Dieese da Contraf-CUT, Regina Camargo, fez uma análise da conjuntura econômica do Brasil e uma apresentação sobre o cálculo da PLR nos bancos públicos e nos bancos privados. As informações preocuparam alguns dirigentes em razão do cenário em que deve se desenvolver a campanha salarial deste ano. “Discutimos a questão do aumento brutal das provisões para inadimplentes, os PDDs. Sempre chamamos a atenção para estas reservas e agora, com as consequências da Operação Lava-Jato, o problema deve se agravar. É muito provável que os banqueiros usem este argumento para negar o aumento real de salário”, acredita Nilton Damião Esperança, presidente da Fetraf-RJ/ES e representante da base no Comando Nacional. “Nós, bancários, não vamos aceitar pagar a conta da inadimplência de grandes empresas que especulam, corrompem e provocam falências, muitas vezes fraudulentas, e acabam prejudicando os trabalhadores”, acrescenta o dirigente.
Quanto à PLR, ficou claro que é preciso rever a redação do acordo para assegurar que os bancos distribuam 5% do lucro. “Os bancos maiores distribuem menos e é preciso corrigir a distorção”, defende Nilton. Agora, os dirigentes dependem de informações detalhadas sobre as folhas de pagamento para construir uma estratégia eficiente e que contemple as demandas e expectativas da categoria.
Mídia da Campanha Nacional 2016 é aprovada
Logo pela manhã, o secretário de imprensa da Confederação, Gerson Carlos Pereira, apresentou a mídia para ser usada na Campanha Nacional 2016. A arte e o slogan foram aprovados e agora serão finalizados pelo grupo que engloba profissionais de marketing da Contraf-CUT, federações e sindicatos. Toda a mídia da Campanha será apresentada oficialmente na Conferência Nacional dos Bancários, marcada para 29, 30 e 31 de julho, e na sequência, disponibilizada no site da Contraf-CUT.
Gerson Carlos Pereira, secretário de Imprensa da Contraf-CUT, comemorou o resultado. “Conseguimos chegar a um mote e uma arte que comtemple nossa conjuntura. Em um desenho conseguimos representar resistência, luta, tolerância, igualdade e respeitos. Sentimentos que permeiam toda a categoria.”
A arte final é resultado das discussões realizadas em todas as reuniões do Coletivo Nacional de Imprensa, ao longo desse primeiro semestre. O conjunto de profissionais de comunicação e marketing da Confederação e dos sindicatos e federações filiados trabalharão para finalizar o material. “A grande vantagem de construirmos coletivamente a campanha de mídia é que o conceito contempla visões de todo o país e ainda permite que cada federação ou sindicato inclua suas pautas regionais. O desenho geral dá margem à abordagem de questões específicas, sem que se perca o mote nacional”, analisa Paulo de Tarso, secretário de Imprensa da Fetraf-RJ/ES e integrante do coletivo nacional de Imprensa.
Fonte: Fetraf-RJ/ES e Contraf-CUT