Acontece na próxima terça-feira, dia 16 de agosto, a partir das 16 horas, o lançamento da Campanha Nacional no Rio de Janeiro. O local escolhido não poderia ser outro: o Boulervard Olímpico, na região portuária da cidade.
A escolha do local, que tem sido muito frequentado tanto por turistas quanto por moradores da cidade durante o período das Olimpíadas, tem o objetivo de dar ainda mais visibilidade à manifestação. A performance da Cia. de Emergência Teatral para o ato também faz alusão aos Jogos. Os banqueiros disputam as modalidades Demissão, Exploração e Assédio Moral e os trabalhadores bancários buscam receber medalhas por Luta, Resistência e União.
As principais reivindicações dos bancários são reajuste salarial de 14,78% (inflação do período mais aumento real de 5%), PLR de três salários mais R$8.317,90, piso de R$3.940,24 (mínimo do Dieese), melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral, entre outras.
Negociações com a Fenaban
As negociações da categoria com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancários) começam nos dias 18 e 19 de agosto, na quinta e sexta-feira, em São Paulo. Na pauta, as reivindicações gerais, que foram aprovadas na 18ª Convenção Nacional dos Bancários e ratificada em assembleia realizada no auditório do Sindicato do Rio, na segunda (8). A minuta foi entregue na última terça-feira (9), também na capital paulista.
“Só os 12 maiores bancos tiveram lucro de mais de R$ 13 bilhões apenas no primeiro trimestre deste ano. Portanto, têm condições de sobra de atender ao que reivindicamos. Esperamos que os bancários, responsáveis por este resultado, sejam valorizados nesta campanha”, destaca Adriana.
Ataques aos direitos
A campanha 2016 já está nas ruas sob o mote “Só a Luta te Garante”. A categoria quer, desta forma, chamar a atenção da população para as suas reivindicações, mas também para a grave situação do país, com um governo ilegítimo que se prepara para atacar direitos previdenciários e trabalhistas, para privatizar estatais e entregar o petróleo brasileiro às multinacionais. “A intenção é dizer à população que é preciso lutar contra os ataques que o governo Temer prepara contra direitos históricos”, acrescenta. A Consulta Nacional 2016, realizada para elaboração da pauta de reivindicações, demonstrou que dos mais de 40 mil bancários que responderam à pesquisa, 76% são contrários à reforma da Previdência Social e 85% não querem a redução de direitos da CLT, conforme está sendo proposto pelo governo interino de Michel Temer.