Em nova reunião do Comando Nacional dos Bancários, nesta terça-feira (13), em Brasília, os representantes dos bancários reafirmaram a importância da participação de todos trabalhadores na Greve Geral no dia 30 de junho.
Os sindicatos farão plenárias e assembleias em todo o país para referendar a greve. Os trabalhadores lutam contra as reformas trabalhista e previdenciária. Outra reivindicação é o processo de “Diretas Já” para retirada do governo golpista do poder.
“Essa Greve Geral significa um dia de resistência que pode fortalecer a luta para barrar essas reformas que podem causar enormes prejuízos aos trabalhadores. É de suma importância a participação os trabalhadores do ramo financeiro nesse movimento. Várias conquistas que os bancários e outras categorias garantiram foi só após greves e muita luta”, afirmou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT.
A mobilização já começa com o “esquenta da Greve” no próximo dia 20. Estão programadas atividades com panfletagem e atos em todos os estados para engajar toda a população a se unir à luta.
Diretas, quando?
A última chance de convocação imediata de eleições diretas foi a pique no último dia 09, quando o TSE votou pela não cassação da chapa Dilma-Temer por abuso de poder político e econômico. A legislação eleitoral em vigor prevê que, caso a dupla titular-vice de um cargo do Executivo seja cassada por irregularidades na eleição, haverá convocação de novas eleições. Mas quatro ministros votaram contra a cassação e três votaram a favor. Assim, uma eleição direta só poderá ser realizada se for aprovada uma Emenda Constitucional que mude as atuais regras do jogo. “Estou indignado com o resultado do julgamento da chapa Dilma/Temer pelo TSE. É inacreditável que os dois ministros indicados pelo réu assumam publicamente, de forma escancarada, a defesa de um presidente que não foi eleito pelo voto direto e que tem a rejeição da maioria absoluta da população brasileira. A maioria dos ministros do TSE, inclusive o seu presidente, insistiu em não considerar as provas apresentadas de caixa 2, o que caracteriza crime e invalida a vitória da chapa”, criticou Nilton Damião Esperança, presidente da Fetraf-RJ/ES.
Para Nilton, somente a mobilização popular poderá mudar o atual quadro político brasileiro. “Penso que está mais do que na hora de todo – todo mesmo – o povo brasileiro, independentemente de partidos, religião, etc., ir às ruas denunciar essa verdadeira farsa de julgamento, que não está saindo nem um pouco barato e que se mostrou um total desrespeito a todos nós”, acredita o dirigente.
O julgamento das irregularidades da chapa Dilma-Temer expôs mais uma fratura na democracia: a falência da Justiça. “Temos que mostrar ao nosso Judiciário que não somos burros e que não aceitaremos que fiquem impunes estes ministros, senadores, deputados e todos que não respeitam a nossa inteligência e não querem respeitar a população”, entende Nilton. “Temos um governo ilegítimo que assumiu com a conivência do Parlamento e do Judiciário. E esta união entre os Três Poderes está destruindo toda a proteção social que levou décadas para ser estabelecida. É por estes motivos que estamos organizando nova Greve Geral”, esclarece o sindicalista.
A Contraf-CUT vai produzir um material simplificado que mostre as consequências da proposta de reforma trabalhista e disponibilizará a todos sindicatos e federações.
Fonte: Contraf-CUT
