Angra: descaso com a segurança é comum a vários bancos

Mesmo depois do assalto ao PAB do Santander na Eletronuclear, em que um bancário e uma vigilante foram mortos, os bancos não tomaram medidas para melhorar as condições de segurança nas agências da região da Costa Verde. No mesmo dia, dirigentes do Sindicato dos Bancários de Angra dos Reis flagraram problemas graves que ameaçam a vida de trabalhadores e clientes dos estabelecimentos durante visitas à base.

O primeiro problema foi encontrado quando os diretores Nilton Carlos da Silva Pereira e Ayres Carlos Alves de Oliveira percorriam as agências do centro de Itaguaí para convocar os bancários para a assembleia de deflagração da greve. Ao entrarem na unidade do HSBC, os sindicalistas perceberam que a porta giratória não estava funcionando corretamente, já que não travou na presença de objetos de metal. Imediatamente os dirigentes interditaram a agência. A unidade ficará fechada até que o banco providencie o conserto da porta.

Outra irregularidade foi verificada no PAB do Bradesco no bairro do Frade, entre Angra dos Reis e Paraty. O posto fica às margens da rodovia Rio-Santos e foi inaugurado esta semana. O banco classifica o local como escritório de negócios, já que não ha guichês de caixa, somente máquinas de autoatendimento. Mas o banco designou um bancário para trabalhar no local, sem o acompanhamento de vigilante. “O Bradesco está tentando burlar a norma do PAB com um posto sem guichês. Mas, como há caixas eletrônicos, há movimentação de numerário. Ainda por cima, o posto fica à beira da rodovia, que é uma rota de fuga para os bandidos. E, nesta situação, o bancário que trabalha no local fica vulnerável à ação de assaltantes”, pondera Jorge Valverde, diretor do sindicato.

Reunião

O Sindicato dos Bancários de Angra dos Reis se reúne nesta quinta-feira com a prefeita Maria da Conceição Caldas Rabha. Além do sindicato, participam da reunião a Fetraf-RJ/ES, representada por Paulo Garcez,  a Comissão de Segurança Bancária (Contraf-CUT/CNTV), por Ademir Wiederkehr e José Boaventura Santos, a Comissão de Segurança da Câmara Municipal e o Sindicato dos Vigilantes. O objetivo é discutir a criação de uma lei de segurança bancária que torne obrigatória a instalação de porta de segurança, biombos e outros itens, a exemplo do que já acontece em outros municípios país afora.

Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES