Funcionária do Santander é reintegrada pelo Sindicato em Campos

O Sindicato dos Bancários de Campos obteve na Justiça do Trabalho mais uma vitória contra a irresponsabilidade dos banqueiros. Demitida sem justa causa em novembro de 2009 uma funcionária do Banco Santander lotada na Agência 1471 (Campos dos Goytacazes – Centro) foi reintegrada definitivamente na última terça-feira, dia 07, através de decisão judicial.


 


Após a sua demissão a funcionária procurou o Departamento Jurídico do Sindicato, já que é portadora de LER/DORT. Na ocasião foi ajuizada uma Ação de Reintegração. Apesar da decisão favorável para o Sindicato, a funcionária não foi reintegrada, já que o Juiz não concedeu liminar neste sentido. O Banco então impetrou dois mandados de segurança contestando a decisão judicial, tendo sido ambos negados pela Justiça, que determinou a imediata e definitiva reintegração da bancária.


 


Apesar de ser uma vitória, Reynaldo Tavares, diretor responsável pelo Departamento Jurídico do Sindicato, lembra que o mérito da Ação está em grau de recurso junto ao TRT Rio (1ª Região). Já para a funcionária, apesar do longo tempo de espera, a vitória significa o despertar de um pesadelo que durou 18 meses.

Fonte: SEEB-Campos

SEEB Macaé reverte demissão no Itaú




 



A truculência dos banqueiros é algo que conhecemos bem, entretanto, o Sindicato dos Bancários de Macaé e Região conseguiu uma importante vitória.


Admitida em 1991, a funcionária do Banco Itaú-Unibanco, Maristela M. C. Anselmo, foi sumariamente dispensada pelo banco sem justa causa em 12/05/2011. Após ser dispensada, procurou o Sindicato, que não mediu esforços para conseguir reverter a demissão através da participação ativa do departamento jurídico que prestou todas as orientações necessárias, a fim de reverter sua demissão.


Nesta sexta feira (10/06), teve fim o sofrimento da bancária que foi até a agência acompanhada de representantes do Sindicato, os diretores Artur Gebara e Cícero Nocchi, que lhe deram às boas vindas e promoveram a acolhida junto aos demais funcionários da agência.


A bancária conta emocionada que esse período de quase um mês foi bastante difícil e de muitas dificuldades, mas, Maristela acredita que o apoio do Sindicato foi decisivo e de extrema importância. “Hoje sou muito agradecida ao Sindicato que sempre me apoiou não desistindo de lutar pelo meu retorno.”, diz.


 

Fonte: Seeb Macaé

Sindicato de Petrópolis reintegra bancária do Itaú

No dia 29 de abril o Itaú efetuou a dispensa da funcionária Jaqueline Heinen Ferreira (ag. 8062). De imediato, a companheira nos procurou tendo em vista ser portadora de Lesão por Esforço Repetitivo – LER. Os sintomas da doença apareceram em 2009. Na época, orientamos a funcionária quanto ao tratamento e a necessidade de afastamento, inclusive para pleitear um benefício acidentário junto ao INSS. Ocorre que, como é normal no caso, a companheira preferiu não se expor, estava com medo de uma possível demissão e de sofrer perseguição no ambiente de trabalho.


 


Porém, após o tratamento a trabalhadora não obteve melhora. Inclusive devido ao trabalho frenético e à contínua exposição aos fatores de risco. Fato que só fez piorar sua situação clínica e profissional, haja vista sua queda de produção devido à doença.


 


Após a demissão, mais uma vez orientamos Jaqueline a buscar seus direitos. Ela obteve atestado e laudo médico com a licença do trabalho e o diagnóstico de todo o tratamento feito desde 2009. Com isso em mãos, dirigiu-se à unidade do INSS, onde foi constatada a incapacidade laboral com nexo causal – o trabalho – sendo concedido o benefício acidentário. Com essa documentação, procuramos o departamento de Relações Sindicais do Itaú e conseguimos reintegrar a trabalhadora.


 


“Essa foi mais uma vitória da categoria. O importante é se cuidar para evitar a LER, porém, sempre que o trabalhador sentir os sintomas da doença, deve procurar o sindicato para ser orientado e, assim, resguardar seus direitos e tratar a doença. É imprescindível o bancário perceber que as instituições financeiras buscam apenas os lucros incessantes, pouco se importam com a saúde de seus trabalhadores”, comentou Iomar Torres, Secretário de Saúde e Condições de Trabalho do sindicato.

Fonte: SEEB Petrópolis

Bombeiros só voltam a negociar salários quando os 439 presos forem anistiados

Acampados em frente à Assembleia Legislativa desde sábado (04), bombeiros fluminenses só voltam a se sentar à mesa de negociações com o governo do estado depois que os 439 presos forem anistiados. Para eles, não adianta que os colegas sejam soltos para responder ao processo em liberdade, exigem a extinção do processo para retomar as negociações salariais. Enquanto os que estão de folga permanecem acampados em frente à Alerj, os que estão trabalhando continuam prestando socorro à população.


 


A situação chegou ao impasse porque o governo do estado – e alguns setores da mídia – insistem em acusar os bombeiros de terem invadido o Quartel Central e dar razão ao governador. Sérgio Cabral, que, no passado, já chamou os médicos da rede pública de vagabundos, chamou os bombeiros de vândalos e mandou o Batalhão de Operações Especiais – BOPE para retirá-los do quartel.


 


O bombeiro Nascimento participou da entrada ao Quartel Central – chegou a ser atingido por uma bala de borracha – e contesta as quatro acusações que foram feitas sobre os colegas presos: crime de motim, dano a viatura, dano a instalações e impedimento a socorro e salvamento. Para começar, não houve invasão, já que, como militares, todos têm direito de entrar a qualquer momento nos quartéis da corporação. “Quem invadiu foi o BOPE, por ordem do governo, para nos tirar de lá”, contesta o bombeiro. Por este motivo, também não haveria motim, já que os bombeiros e suas famílias simplesmente entraram no quartel, não desacatando nenhuma ordem.


 


Nascimento também informa que não houve impedimento a socorro e salvamento, já que o portão do QC só foi fechado depois que o BOPE avisou que entraria. Durante a permanência dos bombeiros o quartel recebeu um chamado para extinguir um princípio de incêndio e o pedido foi retransmitido ao quartel mais próximo. “Nós nunca deixamos de atender a um chamado, não houve omissão de socorro. O que aconteceu foi que outro quartel enviou o carro. Este tipo de coisa acontece sempre que um quartel está impossibilitado de atender a um chamado. Como o carro não saiu, um carro de outro quartel foi atender. Nós mesmos ligamos para os quartéis próximos para pedir que mandassem o socorro”, esclarece. O bombeiro informa ainda que as acusações de dano a viatura e dano a instalações também são falsas, já que os estragos foram causados pela ação do BOPE, que, ao invadir o quartel, disparou vários tiros que atingiram viaturas e instalações do prédio.


 


Somos todos trabalhadores


 


O movimento sindical bancário entende que toda a crise é resultado da condução errada de uma negociação trabalhista. “Em toda campanha salarial dos bancários criticamos a inércia dos banqueiros nas negociações e o que aconteceu no caso dos bombeiros foi isso. O governador foi inerte e não apresentou uma proposta satisfatória para a categoria. Abominamos a postura do governador. É inadmissível prender chefes de família como se fossem bandidos”, declarou Almir Aguiar, presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro. “Se houve irresponsabilidade, como o governador disse, não foi dos bombeiros, mas do próprio Sérgio Cabral, que foi para a TV e deu aquelas declarações”, acrescenta Marcelo Silva, diretor do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense.


 


A CUT-RJ também já se manifestou a respeito do movimento. “Estamos preparando o estado para a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos e os bombeiros têm que estar inseridos neste esforço. A Secretaria de Segurança precisa pensar não só na necessidade de policiamento, mas também da ação do Corpo de Bombeiros, que é essencial principalmente em caso de emergência. Não dá para pensar nestes eventos sem melhorar as condições de vida, trabalho e dignidade dos bombeiros”, defende Darby Igayara, presidente da CUT-RJ. O sindicalista também avalia que todo o problema foi causado pela falta de jogo de cintura do governador do estado. “A CUT espera que haja um recuo na intransigência, no endurecimento, de um lado e de outro, para que haja uma mediação, que os companheiros presos sejam anistiados e que as duas partes se sentem novamente para negociar e que cheguem a um resultado positivo. Eu falo não só pela CUT-RJ, mas também pela CUT nacional. Estamos solidários e querendo contribuir. Podemos, inclusive, ajudar no processo de mediação”, oferece Darby.


 


 

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

“Faltou jogo de cintura ao governador”, diz presidente da CUT-RJ

 


Para o presidente da CUT-RJ, Darby Igayara, “faltou jogo de cintura” ao governador Sérgio Cabral (PMDB), ao ordenar a prisão de 439 bombeiros na manhã do sábado (4). Os trabalhadores tomaram o quartel central do Corpo de Bombeiros, no centro do Rio, na noite da sexta-feira (3), em uma manifestação por melhores salários. Os trabalhadores protestam por terem o menor salário do país, com piso de R$ 950,00.


 


Igayara analisa que após sucessivos erros do governo fluminense e acirramento por parte dos bombeiros, o momento é de “distensionar” as relações. “Do ponto de vista do trabalhador, a situação preocupa e nossa missão é ver como efetivamente ajudar, como mediar o conflito para distensionar nesse primeiro momento em que os dois lados estão radicalizados”, afirmou o dirigente cutista, em entrevista à Rede Brasil Atual.


 


Os trabalhadores pedem revisão de acordo fechado em 2010 entre governo do estado e funcionalismo público estadual. O acordo prevê reajuste salarial de 1% por mês até 2014. “Não houve sinalização do governo de reabrir negociações, então é mais do que natural o movimento dos trabalhadores”, defende o presidente da CUT-RJ. “A corporação é muito querida e bem vista pela população. Não justifica eles terem o menor salário do país”, critica.


 


Segundo ele, um grave erro partiu do próprio comando do Corpo de Bombeiros, que não teria encaminhado ao governo do estado as reivindicações do trabalhador. “Pelo que sabemos, quando a demanda do movimento chegou ao governador o movimento já estava endurecido.”


 


A resolução do conflito vai exigir dos negociadores, num primeiro momento, “acalmar os ânimos”, indica Igayara. “Nossa experiência demonstra que para mediar o conflito não dá para ser aventureiro nem oportunista, e a hora é de acalmar os ânimos”, propõe. “O apoio no momento não é apenas ser solidário, é preciso buscar uma saída em conjunto.”


 

Fonte: Rede Brasil Atual

Senado aprova MP do cadastro de bons pagadores

 


O país vai contar com um cadastro de bons pagadores, uma espécie de lista que vai reunir os consumidores brasileiros que têm um histórico positivo de pagamentos. O Senado aprovou nesta quarta-feira medida provisória que cria o cadastro positivo e o texto segue para sanção da presidente Dilma Rousseff –que tem 15 dias para analisar a matéria.

Como o cadastro positivo era uma das prioridades do governo federal no Congresso este ano, a expectativa é que o cadastro vire lei sem nenhum veto da presidente à matéria.

O país não tinha nenhum cadastro de bons pagadores, apenas listas com informações referentes à inadimplência e falta de pagamentos dos consumidores.

Pelo texto aprovado no Congresso, o consumidor incluído no cadastro positivo poderá ter acesso a juros mais baixos em operações de crédito –uma vez que as empresas que oferecem crédito poderiam baixar os juros com base em informações positivas dos clientes.

Cada consumidor vai ter que autorizar, previamente e por escrito, a inclusão do seu nome na lista de bons pagadores. Uma única autorização pelo cadastrado permite a inclusão de vários tipos de dados–como histórico de pagamentos de contas de água, luz e telefone. A exceção, por enquanto, vale para as contas de telefone celular pós-pago, que ainda não farão parte do cadastro.

O texto aprovado no Congresso permite que o consumidor solicite a retirada do seu nome do cadastro a qualquer momento. Também é possível ao consumidor consultar suas informações por telefone e pela internet uma vez a cada quatro meses, de forma gratuita.

A MP determina que a fiscalização e a aplicação de punições serão feitas pelos órgãos de proteção e defesa do consumidor. Empresas privadas vão ser responsáveis pelo controle da lista–e terão o prazo de dez dias para cancelar as informações ou retirar o nome do contribuinte depois de recebido o seu pedido de saída.

Também é obrigatório que a atualização dos dados seja feita em no máximo dois dias úteis pelos gestores do cadastro.

Demora

No ano passado, a Câmara e o Senado chegaram a aprovar o projeto que criava o cadastro positivo. O governo, porém, vetou integralmente o texto por considerar que poderia abrir brechas para contestações judiciais por falta de clareza. Após o veto, o governo enviou a MP para análise do Congresso.

A medida provisória foi aprovada pela Câmara na semana passada. Como perderia a validade no dia 1º de junho, foi aprovada pelos senadores em menos de sete dias.

Não houve mudanças no texto durante sua tramitação no Senado uma vez que o texto teria que retornar à Câmara se houvesse qualquer alteração na MP–o que faria a medida perder a validade.

Fonte: Folha.com

Fonte: Folha

Vereador pode ser cassado por transmitir sessão pela Internet

A vontade de democratizar a informação pode custar caro ao vereador Danilo Funke (PT), de Macaé. Ele foi afastado de suas funções por 90 dias pela Comissão Permanente de Ética, Moral, Bons Costumes e Decoro Parlamentar depois de transmitir pelo Twitter uma sessão de votação no plenário. Estava sendo votada uma proposta enviada por Danilo de elaboração de um Plano de Cargos e Salários para os professores municipais.


 


O PCS dos professores está pendente desde 1998 e Danilo vinha se reunindo com a categoria desde o início do mandado para discutir o assunto. Além do próprio Danilo, somente o vereador Paulo Paes Filho (PSDB) votou a favor da indicação. Além de transmitir a sessão, Danilo colocou em seu site oficial as fotos dos vereadores e seus votos. Foi acusado de uso não autorizado de imagem, suspenso e agora enfrenta ameaça de cassação.


 


Mas o apoio popular e de entidades dos mais diversos segmentos pode ajudar a reverter o quadro. Danilo é muito conhecido em Macaé e vem recebendo manifestações favoráveis de políticos, de entidades dos movimentos sociais e de diversos sindicatos. “Desde quando o Vereador Danilo Funke se elegeu, assumiu o papel protagonista na defesa dos trabalhadores. Seja qual for categoria, ele está sempre ao seu lado. Foi assim no episódio da paralisação dos motoristas e cobradores de ônibus urbanos, na greve dos bancários, na greve dos petroleiros, no movimento contra aumento abusivo das passagens urbanas e, mais recentemente, durante a paralisação dos professores”, relata Fernando Cícero Mouzer Nocchi, vice-presidente do Sindicato dos Bancários de Macaé. Danilo, que é bancário, chegou, inclusive, a ajudar no piquete na greve dos bancários de 2010, mesmo depois de já empossado como vereador.


 


O processo que Danilo sofre na Comissão de Ética da Câmara de Macaé é inédito: ele é o primeiro vereador do Brasil a enfrentar ameaça de cassaç ão sem que haja qualquer denúncia de improbidade ou corrupção. Nem mesmo a acusação de quebra de decoro procede, já que, além de não ter ofendido nenhum de seus pares, ele se limitou a divulgar informações que já são, por natureza, públicas: as sessões transmitidas pela Internet não eram secretas e as fotografias usadas foram obtidas no próprio site oficial da casa legislativa.


 


Os motivos alegados são outros, mas fica claro que as razões do afastamento e da ameaça de cassação são políticas. Daí a mobilização de ativistas para garantir uma base de apoio a Danilo. “A direção do Sindicato dos Bancários de Macaé é veementemente contra esta ameaça ao vereador. Para nós, a transparência é essencial à construção do processo democrático. Esta possível punição fere os princípios básicos da democracia, que é o respeito às diferenças e minorias”, declarou Fernando Cícero, do Seeb-Macaé.


 


No último dia 30, Danilo Funke gravou uma entrevista para o blog Pauta Ampliada. Veja a seguir.


 







 

pautaampliada.blogspot.com


 


 


 


Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES, com informações do blog Pauta Ampliada

Fonte:

HSBC vai enfrentar processos por não emitir CAT para bancário lesionado

Sandro Carvalho acaba de encaminhar denúncia à Polícia Federal, ao Ministério Público do Trabalho, ao Ministério Público Federal e ao Ministério do Trabalho e Emprego contra o banco HSBC, seu empregador, e o INSS. Tudo para garantir que seus direitos previdenciários sejam garantidos, já que a empresa e a autarquia não consideram a gravidade das três doenças do grupo das LER/DORT de que é portador. Sandro tem comprovação e reconhecimento de sua incapacidade laborativa, mas vem encontrando dificuldades para prorrogação de seu benefício acidentário.


 


O problema para o HSBC e para o INSS é que Sandro guarda todos os documentos, ofícios e laudos médicos que recebeu desde que se afastou pela primeira vez, em abril de 2007. E, depois de tanto desrespeito e sofrimento, o bancário decidiu partir para a briga na Justiça. Além de não cumprir a legislação previdenciária, o que já dá margem a processos trabalhistas, o bancário denuncia que o HSBC descumpre uma decisão judicial em última instância. A sentença, resultado de uma Ação Civil Pública, tem abrangência nacional e obriga o banco a emitir CAT para seus funcionários, sob pena de multa diária mínima de R$ 500. A decisão é de 2004 e vem sendo ignorada pelo banco. Mas Sandro alega que o descumprimento caracteriza crime de desobediência, o que gera uma ação penal. Daí o encaminhamento de denúncia ao MPT, MPF, MTE e à PF. “Chegamos ao ponto de ter que abrir um inquérito federal para fazer o HSBC respeitar os direitos dos trabalhadores bancários, que são garantidos pela legislação e também pela Convenção Coletiva de Trabalho. Isso tem que ser modificado, são muitos anos de desrespeito às leis e normas e à saúde dos bancários”, pondera Vinícius Codeço, funcionário do HSBC e diretor da Federação.


 


Anos de desrespeito


 


Sandro quase perdeu o emprego no HSBC na leva de demissões que o banco promoveu no Rio de Janeiro em fevereiro de 2007. O bancário só não foi dispensado porque foi constatado que sofria de três diferentes doenças do grupo das LER/DORT. O banco ainda tentou contestar o diagnóstico, mas o INSS emitiu um laudo comprovando as doenças e garantindo o benefício acidentário, o B-91. Depois de três anos de afastamento, com duas passagens pelo Centro de Reabilitação Profissional do INSS, Sandro recebeu alta em fevereiro de 2010, reassumindo as mesmas funções. Em novembro do mesmo ano precisou se licenciar novamente, já que, como constatado durante sua passagem pelo CRP, suas lesões são crônicas e incuráveis e só fizeram piorar com o retorno às mesmas atividades. A perícia só foi marcada para janeiro de 2011.


 


Quando foi examinado no INSS em janeiro, o bancário teve seu pedido de B-91 negado. Apesar de seu histórico e de todos os exames apresentados, a médica concedeu auxílio-doença, o B-31, e, ainda por cima, deu alta no mesmo dia. Só em 2011 já foram três perícias e dois pedidos de reconsideração negados. E, durante todo este período, o banco vem telefonando diariamente para o bancário e já fez um débito de R$ 9 mil de sua conta corrente para tentar intimidá-lo.


 


Além de pedir ao INSS o restabelecimento do B-91, o bancário também reivindica que o HSBC emita CAT. Todas as medidas são previstas em lei, mas nem a autarquia, nem o banco estão interessados em cumprir legislação. Na denúncia encaminhada à PF, Sandro detalha todo o problema e relata que a médica que o periciou não analisou nenhum laudo médico apresentado e o aconselhou a procurar outro emprego. Sandro quer o reconhecimento de sua doença como acidente de trabalho e reivindica, ainda, receber o benefício B-94, que é uma espécie de indenização por perda definitiva de capacidade laborativa.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Bancários exigem implantação do SESMT no BB

A quinta rodada de negociações permanentes com o Banco do Brasil em 2011, realizada nesta quarta-feira (1º) em Brasília, foi marcada por uma série de reivindicações da Contraf-CUT, federações e sindicatos. A categoria cobrou o imediato preenchimento do quadro de pessoal do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), soluções para os funcionários dos bancos incorporados, melhorias no plano odontológico, combate ao assédio moral e negociações sobre a jornada legal de seis horas, entre outros assuntos.


 


Ao protestar contra a demora do banco em implementar a carreira do SESMT, o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, Eduardo Araújo, citou que diversos bancários selecionados aguardam o comunicado do banco para iniciar suas atividades. “Exigimos que a direção do banco cumpra o acordo com os trabalhadores e retorne o SESMT imediatemente”, disse Araújo. “Enquanto isso as condições de trabalho no BB se agravam, e muito funcionários vêm recorrendo a medicamentos de uso controlado. Mesmo que o SESMIT não atue na prevenção, ele se faz muito necessário na qualidade de vida de seus trabalhadores”, relata Sérgio Farias, representante da Federação. A Comissão de Empresa assessora a Contraf-CUT e demais entidades nas negociações com o BB.


 


Em resposta, José Roberto, um dos negociadores do banco, disse que o BB já está com todos os nomes selecionados e que o retorno do serviço depende apenas da aprovação do Conselho Diretor do banco para ser finalmente concretizado. “O SESMT tem papel fundamental para garantia da saúde e da segurança dos funcionários nos locais de trabalho. A Cassi (plano de saúde) não deve ser a única responsável por isso”, rebateu Eduardo.


 


Os representantes dos bancários relataram graves problemas no plano odontológico: inconsistência no cadastro, atendimento telefônico sem qualidade, falta de dentistas credenciados em diversos estados e plano inadequado à prestação de serviços de qualidade. “Recebemos denúncias de dentistas que não atendem com produtos de baixa qualidade, gerando um custo extra para os funcionários”, observou Rafael Zanon, diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília e representante da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CN) na negociação.


 


Durante a negociação, que durou mais de quatro horas, os representantes dos bancários cobraram ainda a eleição de representante dos funcionários para o Conselho de Administração do BB, conforme prevê a portaria nº 26 do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, assinada em 11 de março de 2011. Assim como a implantação da carreira SESMT, o representante do BB disse que a eleição depende de aprovação do Conselho Diretor da instituição financeira.


 


Funcionários de bancos incorporados


 


Os inúmeros problemas enfrentados pelos funcionários oriundos dos bancos incorporados pelo BB foi outro assunto que demandou boa parte do tempo da negociação. Ao citarem inúmeras reclamações sobre a falta e/ou insuficiência de assistência médica prestada a trabalhadores de bancos incorporados, os representantes dos bancários conseguiram o compromisso do BB de agendar uma reunião específica para tratar do assunto nas próximas semanas, onde representantes da Cassi, Fusesc e Economus possam se fazer presentes. “Nossa proposta básica é ampliar a capacidade de atendimento a todos esses novos segmentos de funcionários. O BB concordou e marcar e discutir a formatação dessa mesa específica”, informa Sérgio Farias, representante titular da Federação na CEE/BB.


 


“Precisamos conhecer as peculiaridades dos planos de saúde e de previdência dos bancos incorporados pelo BB. E as reuniões específicas podem nos ajudar a conhecer os principais problemas. É preciso avançar nesses assuntos. O plano Economus, por exemplo, assinou convênio de reciprocidade com a Cassi, mas os egressos de BESC e BEP não têm esta opção” , ressaltou Araújo.


 


Após ouvir a reivindicação dos bancários, o negociador do BB disse que o banco não vê nenhum problema em acertar uma negociação específica para tratar do tema, no entanto, precisa discutir a formação. “Existem regras específicas de funcionamento dos planos de saúde e previdência que precisam ser consideradas dentro do processo negocial”, ponderou José Roberto.


 


VCP incorporados


 


A Comissão de Empresa pediu esclarecimentos sobre os reajustes da verba VCP Incoporados e ainda solicitiu o desmembramento com a criação de verbas distintas para o que era salário e outras verbas remuneratórias. “O BB aproveitou todos os casos de tempo e mérito, já praticados nesses outros bancos, para o PCR. Como existem divergências na correção da curva, o BB disse que iria investigar e apresentar uma reposta na próxima reunião”, relata Sérgio Farias.


 


BB 2.0


 


As consequências negativas causadas pela nova dotação das agências (BB 2.0) também foram abordadas durante a negociação. Em virtude de uma série de dúvidas dos dirigentes sindicais sobre o BB 2.0, os representantes do banco preferiram marcar um encontro específico. Os dirigentes sindicais se comprometeram a encaminhar com antecedência os questionamentos para que na próxima reunião o banco responda as perguntas.


 


Metas


 


Quanto ao projeto GAT e ranqueamento da produção de funcionários de Varejo (aberto para consulta a todos os bancários do país), os trabalhadores elencaram graves problemas. “Esses modelos estimulam o assédio moral e a competitividade exacerbada. O banco precisa rever esse projeto. É possível manter a ferramenta e evitar a abertura do sistema para todos os funcionários”, disse Araújo.


 


Comitê de Ética


 


A Contra-CUT, federações e sindicatos solicitaram estatísticas sobre os comitês de ética, conquista da Campanha Nacional dos Bancários de 2010. “Queremos saber quantos processos estão em andamento”, cobrou Carlos Eduardo, presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, ao lembrar que a categoria reivindica a vinculação da Ouvidoria ao Conselho de Administração do BB, para dar mais credibilidade ao órgão.


 


Sem citar dados, o representante do banco admitiu que os processos analisados pelos comitês foram poucos. No entanto, frisou que as providências adotadas pela Ouvidoria são as maiores dos últimos anos. De acordo com o BB, nos últimos 12 meses a Ouvidoria interna do BB recebeu aproximadamente 3 mil denúncias, sendo 130 caracterizadas como passíveis de acompanhamento.


 


Jornada de 6 horas


 


A jornada legal de 6 horas também foi pauta da reunião. Os bancários voltaram a pedir informações sobre a criação de uma comissão com essa carga horária. O BB negou que o estudo do tema esteja concluído, sendo impossível ainda neste momento fazer o debate com os trabalhadores.


 


Remuneração de diretores e vice-presidentes


 


Em relação à notícia veiculada na imprensa na segunda-feira (30) sobre o aumento da remuneração de executivos do BB, os representantes do banco negaram a informação.


 


De acordo com a reportagem, a remuneração média total prevista para cada diretor estatutário (o banco tem 37) deve ficar em R$ 1,03 milhão nos 12 meses entre abril deste ano e março de 2012, com aumento de 17% em relação ao que foi pago no período igual imediatamente anterior.


 


“A informação não procede”, declarou José Roberto, negociador do banco. Segundo ele, essa remuneração anual de R$ 1,03 milhão sofreu aumento por conta da inflação e da PLR e não porque houve reajuste por parte do banco. “Não podemos fazer reajustes desse tipo. Dependemos de autorização do Dest (Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais)”, finalizou.


 


Participação


 


Participaram da negociação representantes da Fetec-SP, Feeb SP-MS, Fetrafi-RS, Feeb BA-SE, Fetraf-MG, Fetec-PR, Fetec-SC, Fetec-Nordeste e Fetec-Centro Norte. A base da Federação foi representada pelo titular e o suplente, Sérgio Farias e Carlos Souza.


 

Fonte: Contraf-CUT, com Seeb Brasília e Federação

Bacen estima que 75 mil notas manchadas ainda circulam

 



DA AGÊNCIA BRASIL
DE SÃO PAULO


O Banco Central estima em cerca de 75 mil o número de cédulas manchadas por mecanismos antifurtos de caixas eletrônicos não retiradas de circulação, segundo informações do diretor de Administração do BC, Altamir Lopes. Nesta quarta-feira, o órgão anunciou que não irá mais ressarcir o cidadão que receber uma cédula danificada.


Com o aumento de casos de explosão de caixas eletrônicos, principalmente em São Paulo, os bancos têm instalado dispositivos antifurto nessas máquinas. Esse mecanismo mancha com tinta rosa as cédulas do caixa eletrônico atacado.


Lopes alertou que a população deve ficar atenta às características das notas de real e recusar o recebimento de cédulas danificadas. Ele explicou que todas as notas manchadas perderão a validade, independentemente do tamanho da mancha de tinta.


As notas danificadas por dispositivos antifurto apresentam “marca densa e de cor rósea”. Essa mancha pode cobrir um pedaço grande da cédula ou apenas a lateral.


Caso o cidadão receba uma nota suspeita de ter sido danificada pelo dispositivo antifurto, a orientação é entregar a cédula a uma agência bancária, que irá remeter o dinheiro ao BC para análise. Ao entregar a nota, o cidadão deverá informar o número do CPF, de um documento de identificação com foto e seu endereço.


“Essas medidas têm duas finalidades: a primeira é manter o cidadão informado sobre os trâmites de seu processo e a segunda tem caráter de proteção contra a atividade criminosa”, disse Lopes.











Divulgação
Exemplos de cédulas marcadas em roubo a caixas eletrônicos, que serão recolhidas pelo Banco Central
Exemplos de cédulas marcadas em roubo a caixas eletrônicos, que serão recolhidas pelo Banco Central

Após a comprovação, pelo BC, de que o dano foi provocado por dispositivo antifurto, a instituição financeira deverá comunicar esse fato ao portador. As informações dadas pelo cidadão que entregou a nota ao banco poderão ser repassadas à polícia.


Caso o BC comprove que o dano não foi causado por dispositivo antifurto, o banco providenciará a troca da cédula.


De acordo com Lopes, caso algum cliente saque dinheiro manchado em caixa eletrônico, é importante retirar extrato bancário em seguida e comunicar o fato à instituição financeira. Se não for possível fazer essa comunicação de imediato, a orientação é registrar a ocorrência em uma delegacia. Segundo Lopes, em casos de falha da instituição financeira, o cliente poderá ser ressarcido pelo banco.


Os bancos poderão ser ressarcidos pelo BC quando as cédulas forem manchadas por acidente ou por situação de furto frustrado. Os custos de produção das novas notas e de análise serão definidos pelo BC e cobrados das instituições financeiras. Também serão estudados mecanismos que ajudem deficientes visuais a identificar cédulas manchadas.


ROUBOS


Há uma onda de ataques com explosivos a caixas eletrônicos em São Paulo. Houve 77 ataques em 2011, feitos segundo a polícia por quatro gangues. Dos cerca de 100 bandidos que as integram, afirma a investigação, 26 são policiais militares.


Ontem, a polícia prendeu sete suspeitos de integrar a quadrilha — entre eles, quatro PMs e um ex-PM. Segundo a polícia, os dois chefes do grupo foram presos: o soldado João Paulo Vitorino de Oliveira e André Luiz Gejuiba Leite, o Andrezinho.

Fonte: Folha Online