Irã: gol de placa




Irã: gol de placa do Brasil

Presidente Lula durante jantar oferecido pelo presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, em Teerã (Foto: Ricardo Stuckert/PR)



Já ninguém acreditava. Eram os 29 minutos da prorrogação. Logo viriam os pênaltis. Todos, é claro, batidos contra o mesmo gol, onde o goleiro Mahmoud ia tentar defender todas, nem que fosse no gogó. A capitã Hillary Clinton já convocava os batedores: Sarkozy, da França, Cameron, do Reino Unido, Merkel, da Alemanha, e os contrafeitos Putin, da Rússia e Jin Tao, da China.


Foi quando Amorim e Luis Inácio entraram tabelando na área, um lançou para o outro, que deu um chapéu em Hillary, retrucou para o um, que fez uma embaixada e botou na frente do gol: os centroavantes Ahmadinejad e Erdogan conseguiram evitar bater cabeça, e cabecearam juntos para as redes. Gol do Brasil!!!!, numa jogada que deixou tiririca a galera do contra que, dos camarotes da mídia conservadora, jurava que não ia dar certo e só falava em gafes do time brasileiro.


A turma da miopia congênita levantava tudo que era argumento possível contra a participação do Brasil na tentativa de abrir uma porta para que se resolva o impasse nuclear do Irã. Dizia ela que o Brasil não tinha nada a ver com isso, que a questão nuclear no Oriente Médio não interessava ao Brasil (!), que era uma questão menor (!!), que o Brasil não tem qualquer interesse no Irã, etc. e tal. Ficaram roendo as unhas até os cotovelos e mordendo pé de mesa.


Nem tudo são flores no Irã liderado pelo Conselho dos Aiatolás (que é onde está de fato o poder) e por Ahmadinejad, um político esperto de estilo populista que se posicionou no espaço vazio entre a política religiosa do país, o povão ainda assolado pela pobreza, a classe média emergente e o cenário internacional, onde pretende despontar como um líder de âmbito regional, mas de alcance internacional.


Este é o nó da questão. O Irã, com uma das maiores reservas de petróleo e gás do mundo, com reservas de urânio consideráveis, um parque industrial já significativo, 70 milhões de habitantes mais ou menos, um PIB de 336 bilhões de dólares, pode vir a se tornar uma potência emergente, desestabilizando área onde os Estados Unidos e seus aliados mantém um controle instável sobre governos – todos, não só o Irã – questionáveis do ponto de vista de uma democracia.


É claro que o campeonato não terminou. Possivelmente os governos norte-americano e israelense farão tudo para desacreditar o acordo feito entre a Turquia e o Irã, com o aval e a mediação do Brasil. É claro também que Turquia e Irã terão de se concentrar em honrá-lo. Se não fizerem, a partida será anulada. É muito possível também que os Estados Unidos queiram impor, através do Conselho de Segurança da ONU, novas sanções ao Irã. Mas já ficou mais complicado obter a carta branca pró-ativa que queriam da Rússia e da China.


De certo modo, há uma certa necessidade por parte dos “grandes” ocidentais do Conselho de Segurança, de impor sanções ao Irã. É uma demonstração de força, por parte de países cuja hegemonia, sobretudo a dos EUA, indiscutível no plano militar, vem sendo cada vez mais posta em dúvida no plano político. O que Hillary Clinton pretendia, além de conter o ímpeto do Irã, era “realinhar” o seu time, muito disperso e tomado por disputas internas, como a da França e da Alemanha em torno do euro. É verdade, ela terá razão em reclamar: a jogada do Brasil atrapalha esse esforço, não resta dúvida. Mas não custa lembrar que o assunto está na competência do Brasil, que ora tem um mandato temporário de dois anos no Conselho de Segurança da ONU.


Aos descontentes com os novos ventos na política externa brasileira, resta ainda o argumento de que tudo isso não passa de uma encenação para que Lula ganhe o prêmio Nobel da Paz. É cedo para fazer prognósticos. Mas e daí, se ganhar? Aí não haverá cotovelo nem unha que chegue.

Fonte: Rede Brasil Atual

Procon: Caixa mantêm juros abaixo da média


 


 



Marli Moreira/ A Br
São Paulo – A maioria dos bancos ainda não alterou os juros este mês, apesar da elevação de 0,75 ponto percentual da taxa básica de juros, a Selic, durante a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central no fim de abril. Com isso, a Selic passou de 8,75% ao ano para 9,50% ao ano, a primeira alta desde setembro de 2008. A única correção foi feita pela Caixa Econômica Federal, mas ainda assim as taxas permaneceram inferiores aos índices do mercado.


É o que mostra a pesquisa feita em dez instituições financeiras pela Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de São Paulo. Os juros cobrados pelo uso do cheque especial subiram, em média, de 8,79% para 8,83% ao mês. Na Caixa, a taxa passou para 7,15% ao mês, ante 6,75%.


No caso do empréstimo pessoal, a Caixa elevou a taxa de 4,39% para 4,78% ao mês. Essa variação também foi inferior à media dos bancos pesquisados (de 5,17% para 5,21%). Os cálculos levam em consideração a taxa máxima cobrada sobre os contratos para pagamento em 12 meses.


A coleta dos dados foi feita nos dias 3 e 4 de maio nas seguintes instituições financeiras: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Nossa Caixa, Real, Safra, Santander e Unibanco.


O Procon orienta o consumidor a evitar financiamentos com prazo mais longos, porque eles acabam saindo mais caros. Quanto ao cheque especial, a fundação alerta que essa alternativa só deve ser usada para situações de emergência e em curto prazo.


Edição: Juliana Andrade

Fonte:

Serra bate-boca com repórter

 



Por: Anselmo Massad, Rede Brasil Atual


Serra bate-boca com o terceiro repórter em duas semanas



Serra não gostou de ser questionado sobre privatizações nesta sexta (Foto: José Cruz/Agência Brasil)



O pré-candidato à Presidência da República José Serra (PSDB) irritou-se pela terceira vez na semana com um repórter nesta sexta-feira (14). Um jornalista da Radiobrás questionou, no Rio de Janeiro, se um eventual governo comandado por ele promoveria a privatização de estatais.


A pergunta foi se Petrobras, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal estariam livres de serem vendidas à iniciativa privada. “Claro que sim, quem falou o contrário? De onde você é?”, irritou-se Serra. Diante da identificação do repórter como sendo da Radiobrás, emissora pública, integrante da Empresa Brasil de Comunicações (EBC), o pré-candidato disparou: “Muito bem, então informe isto a seus patrões”.


Na segunda-feira (10) e no dia 5 de maio, o tucano protagonizou outro bate-boca. Em entrevista à rádio CBN, Serra não gostou de ser inquirido sobre a manutenção ou não da autonomia de operação do Banco Central. A formulação da pergunta, porém, desagradou o pré-candidato que afirmou que a autoridade monetária “não é a Santa Sé” e pode ser criticada mesmo mantendo a autonomia. Depois de reclamar da jornalista Miriam Leitão, ele exigiu que a entrevista fosse “adiante”.


Na semana anterior, no Rio Grande do Sul, outro desentendimento. Em entrevista ao TVCom, emissora da RBS em Porto Alegre, Serra não gostou de ser questionado sobre o escândalo de corrupção no Distrito Federal, envolvendo o ex-governador José Roberto Arruda (ex-DEM, sem partido). A insistência da repórter Carolina Bahia, do jornal Zero Hora, sobre o chamado “mensalão do DEM” levou à aspereza.


Choques com jornalistas não são exatamente uma novidade na trajetória de Serra, especialmente com profissionais da EBC. Ainda como governador de São Paulo, em fevereiro deste ano, Serra não gostou de uma pergunta a respeito do rompimento de uma adutora da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Na ocasião, ele insinuou que a TV Brasil, empresa em que o repórter trabalhava, fazia uma cobertura desfavorável de sua gestão. “Espero que a TV Brasil tenha o mesmo interesse com cada estado e município”, declarou.


Com o jornalista Afonso Mônaco, da Rede Record, o motivo do descontentamento foram interrogações sobre convênio do governo paulista com a Rede Globo que levou incluiu o uso – apontado como irregular pela reportagem – de um terreno na capital paulista. O caso faz parte da disputa entre as emissoras.


Privatização


A privatização é um dos pontos usados pelos partidos aliados do governo federal para criticar o PSDB. Na gestão de Fernando Henrique Cardoso, de 1995 a 2002, foram realizadas privatizações de grande porte, como das telecomunicações. Durante a campanha eleitoral de 2006, o então candidato Geraldo Alckmin chegou a assumir o compromisso de não realizar privatizações caso eleito.


Nesta sexta, depois de reclamar da pergunta do repórter da Radiobrás, Serra acrescentou que não tem nenhum programa de privatização em mente. “Aquelas que eram fundamentais de serem privatizadas, atividades típicas de setor privado, como petroquímica, aço e telecomunicações, já foram. E o atual governo só fez reforçar isso. Não tenho no horizonte nenhuma privatização pela frente”, escapou.


Em abril, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) recuperou documentos do Ministério da Fazenda que tratavam da disposição do órgão em promover a desestatização de bancos públicos. Nesta semana, o blogue Cloaca News aponta uma representação de 2007 do secretário de Educação de São Paulo – ex-ministro da área – contra a Petrobras pela aquisição da Suzano Petroquímica. Na argumentação, Renato lembra que a empresa adquirida havia sido entregue à iniciativa privada por meio do Plano Nacional de Desestatização.

Fonte: Rede Brasil Atual

GREVE: reunião não impede corte de ponto

O Chefe de Gabinete, Carlos Abenza, a secretária de Educação Sandra La Cava, e o secretário de Fazenda, Hélio Volgari, receberam, uma comissão formada por servidores de várias áreas do setor de Educação do município, mais duas representantes do Sindicato Estadual dos Professores de Educação do Rio de Janeiro – Sepe (núcleo Petrópolis). A reunião discutiu a pauta de negociação apresentada à Prefeitura, que contém 20 itens.
Os representantes dos servidores da Educação receberam a informação de que muitos dos itens, entre eles que a elaboração da minuta do Plano de Cargos, Carreiras e Salários do Magistério, já está em fase de finalização, para posterior discussão com a categoria, realização de possíveis modificações e, só a partir daí ser enviado ao Poder Legislativo para votação.

“Não procede a informação de que o PCCS do magistério esteja sendo elaborado sem a discussão com a categoria. O que a Prefeitura fez foi contratar uma consultoria para a elaboração da minuta, para depois apresentá-la de forma a ser discutida e analisada pelos profissionais. Além disso, vale ressaltar que todos os salários na Prefeitura estão em dia. Reconhecemos que muitos profissionais da Educação ganham hoje menos que o salário mínimo, se descontarmos os pagamentos de abonos, mas não podemos nos esquecer que herdamos esta situação da administração passada. Não podemos consertar todos os problemas da Educação em apenas 15 meses de governo”, explicou a secretária Sandra La Cava.
Durante a reunião de quase uma hora, ficou acertada uma nova reunião desta comissão para esta sexta-feira (14), às 14 horas, no Palácio Sérgio Fadel, sede da Prefeitura. O Chefe de Gabinete, Carlos Abenza, frisou que a Prefeitura reconhece o direito de manifestação dos profissionais, mas completou que este não é o mês de data base dos servidores e que a negociação salarial da Educação não pode ser discutida em separado do restante dos funcionários do município.

Prefeitura vai cortar o ponto

Apesar de receber a comissão de funcionários da Educação nesta sexta-feira (14) para discussão da pauta de reivindicações, a Prefeitura de Petrópolis vai entrar com ação contra a greve decretada pelos profissionais.
Segundo o Chefe de Gabinete, Carlos Abenza, os dias parados serão descontados dos funcionários. “Uma coisa é discutir com a categoria uma pauta de reivindicações, outra coisa é aceitar uma greve, desnecessária, sem comunicação prévia, decidida no meio de uma manifestação, que deixou milhares de estudantes sem aula nesta quinta-feira, devendo acontecer o mesmo nesta sexta. Não é período de data base, e não existe qualquer caos no setor de Educação ou problema que não possa ser discutido e acertado em reuniões com a categoria. Os salários estão em dia e o governo nunca esteve fechado ao diálogo. Vamos cortar o ponto dos profissionais que permanecerem parados e pedir a ilegalidade da greve”, declarou o Chefe de Gabinete.

Fonte: DIÁRIO DE PETRÓPOLIS ONLINE

Bancários apoiam 1ª Marcha contra Homofobia

Bancários apoiam 1ª Marcha Nacional Contra a Homofobia no dia 19

A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – ABGLT promove a Iª Marcha Nacional Contra a Homofobia -Iº Grito Nacional pela cidadania LGBT e Contra a Homofobia. O evento acontece na Catedral Metropolitana de Brasília, em 19 de maio, às 9h, e contará com o apoio do movimento sindical bancário e da secretaria de direitos humanos.

A categoria bancaria é referência nacional por conta dos avanços conquistados, como a isonomia de tratamento para homoafetivos, garantida na Convenção Coletiva de Trabalho assinado no ano passado. “Porém, ainda há muito por ser feito e o tema carece de um estado permanente de alerta contra a homofobia e a constante busca pela igualdade de oportunidades, afirma Deise Recoaro, secretária de políticas sociais da Contraf-CUT.

Discriminação

Um caso recente de perseguição aos homossexuais na categoria aconteceu no Rio de Janeiro, quando a agente comercial Márcia Cristina Tomé Líbano foi demitida após o gerente geral da agência Campo Grande, César Ribeiro, receber a informação de que ela possuía uma companheira. Veja mais detalhes aqui .

Para Deise, é inconcebível que o preconceito no ambiente corporativo possa prejudicar as pessoas de uma forma tão acentuada, levando até mesmo a demissão. “Em abril, a Contraf-CUT participou de um seminário – veja mais aqui – pela promoção dos Direitos de LGBT com objetivo de contribuir com as demandas apresentadas e provocar a reflexão e a tomada de consciência sobre o assunto, lembra Deise.

“Em pleno século XXI ainda testemunhamos a discriminação abominável dentro dos bancos e também em outras regiões do planeta, como o que é praticado nos países africanos. Temos que lutar para extirpar da sociedade todo tipo de preconceito. Consideramos justa toda forma de amor”, completa.

I Marcha Nacional contra Homofobia

Em 17 de maio é comemorado em todo o mundo o Dia Mundial Contra a Homofobia. A data marca a vitória do movimento que conseguiu retirar a homossexualidade da classificação internacional de doenças da Organização Mundial de Saúde, em 17 de maio de 1990.

Para comemorar a data aqui no Brasil, a ABGLT convocou a Iª Marcha Nacional Contra a Homofobia – Iº Grito Nacional pela cidadania LGBT e Contra a Homofobia.

Serviço

I Marcha Nacional Contra a Homofobia – I Grito Nacional pela cidadania LGBT e Contra a Homofobia.

Data: 19 de maio

Hora: 9h

Local: Catedral Metropolitana de Brasília (DF)

Fonte: Contraf-CUT

Fonte: Contraf

Professores fazem ato hoje


 




Vinicius Henter


Os professores da rede municipal farão um ato hoje às 10h, em frente à Câmara, reivindicando o Plano de Cargos, Carreira e Salário, a incorporação do abono e o reajuste salarial de 20%. De acordo com o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe-Núcleo Petrópolis), que está organizando o protesto, são esperadas cerca de 400 pessoas no ato, entre professores, funcionários e merendeiras.
Na próxima segunda-feira (17), haverá audiência pública na Câmara para discutir a pauta de reivindicação da categoria. De acordo com a diretora do Sepe-Núcleo Petrópolis Carla Gomes Damaceno, o sindicato já enviou ofício à Secretaria de Educação e à Câmara várias vezes neste ano solicitando a audiência pública, mas somente foi agendada nesta semana devido ao ato de hoje, marcado na semana passada pelo Sepe, em assembleia com mais de 200 professores.
Carla Gomes Damaceno frisou ainda que não há chance dos professores entrarem em greve hoje. A categoria fará o protesto para pressionar o governo, e somente poderá decidir pelo estado de greve quando fizer uma nova assembleia.
“Será uma mobilização para fazer frente com o prefeito, os vereadores e a secretária de Educação. Estamos cansados de conversar e não obter resposta. O ato é para mostrar a força da categoria. Estamos esperando que essas reivindicações sejam atendidas há mais de dez anos”, disse Carla Damaceno.
Sobre a representação dos professores municipais pelo Sepe-Núcleo Petrópolis, Carla Gomes Damaceno lembrou que o Sepe-RJ possui uma carta sindical emitida pelo Ministério do Trabalho, concedendo autoridade para o sindicato representar professores e funcionários da rede estadual e da rede municipal de ensino de todas as 92 cidades do estado.


Secretária informou que Plano está sendo elaborado
A secretária municipal de Educação, Sandra La Cava, informou, através da assessoria de comunicação, que não recebeu qualquer comunicado de paralisação de escolas da rede municipal de ensino. Sobre o Plano de Cargos e Salários, a assessoria informou que “encontra-se em fase de elaboração, junto com a associação dos professores e o sindicato dos servidores e, posteriormente, será amplamente discutido com a categoria. Depois desse trâmite, o PCCS do magistério será enviado para a Câmara Municipal para votação”.
Ainda de acordo com a nota, a secretária de Educação esteve reunida com a direção do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação antes da Assembléia.
“A Secretaria Educação está permanentemente reunida com os diretores, professores e com o corpo pedagógico tratando sempre de interesses do ensino público municipal. Por telefone, a Secretária de Educação confirmou a sua presença no dia 17, às 19 horas, na Câmara Municipal para audiência pública”.

Fonte: Diário de Petrópolis

Bancária denuncia homofobia


Por: Suzana Vier, Rede Brasil Atual


Bancária denuncia homofobia em demissão no RJ

A bancária Márcia Líbano (à esquerda), acompanhada da companheira, apresenta denúncia contra o Itaú Unibanco (Foto: Divulgação/Sindicato dos Bancários do Rio)



São Paulo – Demitida do Itaú Unibanco com a justificativa de redução de quadro de pessoal, a bancária Márcia Líbano acredita que foi vítima de homofobia por parte do gerente da agência Campo Grande, no Rio de Janeiro.


No dia de seu desligamento, 26 de abril, Márcia conta que ficou surpresa e estranhou principalmente a justificativa para a demissão. “Fiquei sem palavras, mas sabia que não era corte, porque o banco estava contratando”, afirma a trabalhadora. “Não havia motivos para a demissão, a não ser preconceito”, alega.


Há dois anos no banco, Márcia cita que há seis meses vinha sofrendo perseguição do gerente da agência. “Numa reunião, em dezembro, ele me disse ‘já sei que você é gay'”, lembra.


Em reuniões de trabalho, Márcia descreve que o chefe mudava de assunto para fazer perguntas íntimas. “‘Quem é o homem e quem é a mulher da relação?’, ele me perguntou em fevereiro”, diz. “Foi a gota d´água. Havia pessoas passando em volta”, comenta.


Em 2010, a trabalhadora também começou a ser questionada sobre sua movimentação bancária. “Ele (gerente) disse que tinha poder para entrar na minha conta”,  prossegue Márcia. “Por desconhecimento, achei que era normal.” A justificativa do gerente para ter acesso à conta de Márcia era de que bancários não podem ficar endividados. “Minha conta não estava negativa, mas mesmo assim ele entrava na minha conta”, enfatiza.



O outro lado


Procurada pela Rede Brasil Atual, a área de Relações com a Imprensa do Itaú Unibanco contesta, em nota, a versão da trabalhadora.

“O Itaú informa que a demissão da funcionária seguiu os padrões normais de avaliação, como ocorre em diversas empresas do mercado. O Itaú rechaça as declarações de que faz discriminação entre seus funcionários. A instituição trata seus colaboradores e clientes com ética. Esse é nosso principal valor”, informou.

A reportagem tentou ouvir o gerente da agência Campo Grande, no Rio, mas a assessoria de imprensa do banco informou que ele não vai se pronunciar. Qualquer informação oficial sobre o caso é de responsabilidade da área de Relações com a Imprensa do Itaú.


Sobre a movimentação bancária, Márcia respondeu que utilizava a conta, em conjunto com a companheira, para depósitos e pagamento de contas. O gerente mandou Márcia parar com os depósitos e avisou que a inspetoria do banco apuraria a questão.


No começo de abril, a trabalhadora se viu diante da inspetoria para explicar sua movimentação bancária e teve mais uma vez de citar questões pessoais. “Tive de expor minha vida para pessoas que nunca vi antes”, relata. “(Eles) me fizeram escrever uma carta na hora, relatando tudo que expliquei sobre pagamento de contas em conjunto com minha companheira.”


Humilhação


Márcia lamenta a situação porque, até então, não havia sofrido preconceito. “Não costumo ver esse lado, porque não sofro preconceito com as pessoas no meu convívio”, afirma.



Protesto contra homofobia

Sindicato dos Bancários realiza protesto contra o homofobia no banco Itaú (Foto: Divulgação/Sind. Bancários do Rio)

“Foi muito ruim toda essa história, fiquei muito revoltada, mas não reagia por medo de perder o emprego”, descreve.


De acordo com Ronald Carvalhosa, diretor de imprensa do Sindicato dos Bancários do Rio, apesar de o banco não admitir, há diversas denúncias de trabalhadores de preconceito no Itaú Unibanco.


O sindicato realizou um protesto em frente à agência em que Márcia trabalhava, na quinta-feira (6), com o apoio do movimento Arco-Íris e de deputados estaduais. “Vamos exigir o cancelamento da demissão”, avisa Carvalhosa.


Na sexta-feira (7), sindicato e banco reúnem-se para discutir a demissão da trabalhadora. “Ou reintegra a bancária ou ficará claro que a homofobia deste gerente é uma política institucional da empresa”, acusa o sindicalista.


Garantias


A diretora da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) Deise Recoaro afirmou que há uma cláusula na convenção coletiva nacional entre trabalhadores e bancos que garante o mesmo tratamento para casais de heterossexuais e para uniões homoafetivas. “As pessoas não podem ser discriminadas por uma relação homoafetiva”, anuncia.


Atualmente, segundo a sindicalista, é preciso garantir a privacidade das pessoas que queiram usufruir de seus direitos. “Precisamos de um mecanismo interno nos (departamentos de recursos humanos) RHs para que os dados das pessoas não sejam revelados, ou seja, uma forma de garantir a confidencialidade”, chama atenção. Na prática, seria necessário garantir o direito de não reveler a relação homoafetiva.

Fonte: Rede Brasil Atual

Saidinha de banco faz 70 vítimas por mês em BH

Saidinha de banco’ faz pelo menos 70 vítimas por mês em Belo Horizonte

Globo Minas

BELO HORIZONTE – O golpe conhecido como ‘saidinha de banco’ fez 70 vítimas por mês em Belo Horizonte, nos últimos sete meses. É a primeira vez que a polícia faz um levantamento sobre esse tipo de crime, que não está no código penal. Isso quer dizer que é um crime não tipificado. Há outras formas de ação criminosa que também não têm um registro específico, como é o caso do golpe do falso sequestro.


A ‘saidinha de banco’ é registrada nas delegacias de Minas Gerais como roubo qualificado. Para o advogado Adilson Rocha, a falta de dados dificulta a prevenção deste tipo de crime.


Na semana passada, a economista Patrícia Martins Cardoso, 48 anos, foi morta depois de sacar R$ 4 mil em agências bancárias. Ela e o pai foram seguidos até em casa e os bandidos atiraram contra a mulher.


A polícia mineira se reuniu nesta quarta-feira para discutir formas de coibir o crime. Na Assembleia Legislativa, tramita um projeto que prevê a proibição do uso de celular dentro de bancos e a colocação de biombos na área de caixas, para impedir que os clientes que sacam dinheiro sejam observados. Em geral, quadrilhas observam dentro de bancos os saques e o cliente é seguido e assaltado fora da agência.


A Febravan diz que não pode proibir o uso de celulares nos bancos e que não há estudos que comprovem que o biombo aumente a segurança, pois dificulta também a visão dos seguranças. Em João Pessoa, na Paraíba, os crimes deste tipo diminuíram após a instalação de biombos

Fonte: Globo Online

Contraf divulga ata de RT do Santander














Crédito: Seeb São Paulo
Seeb São Paulo A Contraf-CUT concluiu nesta quarta-feira, dia 6, o processo de revisão da ata da reunião do Comitê de Relações Trabalhistas (CRT) do Santander, ocorrida no último dia 29 de abril, em São Paulo. O documento registra as reivindicações apresentadas pela representação sindical e as primeiras respostas trazidas pelo banco.

Nova reunião será realizada no próximo dia 18, quando o banco trará novas respostas para vários pontos da pauta dos trabalhadores.

Leia a íntegra da ata:

Ata da reunião do Comitê de Relações Trabalhistas do Santander Brasil

Data: Quinta-feira, 29 de abril 2010
Local: Salão Nobre do edifício Altino Arantes, em São Paulo

Presentes:

Pelo banco: Jerônimo Anjos, Renato Franco Corrêa da Costa, Alberto Belomi Camacho, Rosana Marchini, Marcos Aurélio Schmitz, André Rafael Guedes e Fabiana Ribeiro.

Pela representação: Marcelo Sá, Ademir Wiederkehr, Zé Reinaldo, Marcelo Gonçalves, Vera Marchioni, Diogo, Nivaldo, Cristiano, Alberto Maranho, Sônia, Graça e Dra, Cátia.

Após as apresentações, foram iniciados os trabalhos.

Preliminares

Pela representação sindical:

– Foi anunciada a substituição do coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) Mario Raia pelo Marcelo Pereira de Sá.

– Foi ressaltada a importância da elaboração ágil da ata.

Pelo Banco:

– Ressaltado o compromisso com agilidade e transparência. Foi proposta a realização de reuniões em intervalos menores, a fim de eliminar a demanda reprimida (reuniões mensais ou quinzenais se forem necessárias).

– Foi feito o compromisso de que a ata será enviada no dia seguinte.

– Compromisso de apresentar respostas ágeis e objetivas, procedentes ou não.

– Foi proposta a seguinte metodologia: ouvir a fundamentação da pauta, com intervenções apenas para esclarecimentos, após, realizar pequeno intervalo e, na sequência, enumerar os pontos possíveis de serem abordados hoje, marcando nova reunião, no curto prazo, para tratar dos demais temas.

Após consenso dos itens acima, a representação sindical fez a fundamentação dos itens da pauta, seguido de intervalo. Ficou definido o dia 18 de maio para continuidade dos trabalhos e o banco se manifestou sobre os pontos da pauta.

A. PENDÊNCIAS DA NEGOCIAÇÃO DO ADITIVO

PAUTA:
1. Licença Remunerada Pré-Aposentadoria (LRPA)

a) Prazo para a solicitação do Benefício

A representação disse que o Banco tem negado alguns pedidos que estejam fora do prazo acordado. Foi solicitado que o Banco reveja sua posição, pois os períodos estipulados não tinham o objetivo de punição e sim de disciplinar a gestão do programa.

Pelo Banco:

– O Banco afirmou que as regras e procedimentos previstos no Aditivo não sofrerão alteração e que não há a possibilidade de ampliar a elegibilidade do “pijama” nem reabrir para as pessoas que não exercitaram o direito previsto no Aditivo anterior.

– O Banco encaminhará o levantamento (referente ao Aditivo vigente) dos casos indeferidos em razão de perda de prazo para a representação sindical.

– O Banco se compromete a reavaliar estes casos preservando as demais regras do acordo vigente notadamente no que se refere a elegibilidade. Ao mesmo passo, os casos que não chegaram a ser pedidos ao Banco doravante e em pedido excepcional serão apresentados pelo sindicato para que o Banco faça análise, informando sobre a possibilidade ou não de aceite à LRPA na próxima reunião.

– O Banco avaliará pontualmente os casos de pessoas que ganharam tempo de contribuição na justiça e por conseqüência incorreram em perda de prazo.

PAUTA
b) antecipação salarial prevista na cláusula 19ª – parágrafo 9º do Aditivo

A representação reivindicou que o prazo para o pagamento em referência – 60 dias -, conforme prevê a cláusula, seja contado a partir do primeiro dia após o termino da Licença Remunerada Pré-Aposentadoria. Caso a licença remunerada termine em datas anteriores ao dia 20, que seja feito o pagamento proporcional a estes dias.

Pelo Banco:

– O Banco informa que está em análise o adiantamento integral do período de 60 dias. O Banco estudará a forma e tratará disso na próxima reunião.

A representação estudará se é melhor antecipar ou pagar na folha e se manifestará na próxima reunião.

PAUTA
c) carta de exigência do INSS

A representação solicitou que o Banco responda a esta carta, quando solicitado pelo INSS, com a maior brevidade possível, pois o atraso nesta resposta tem causado cancelamento dos pedidos de aposentadoria, por parte da Previdência Social e, conseqüentemente, prejuízo aos trabalhadores.

Foi reivindicado também que nestes casos o prazo de 60 dias previsto na cláusula 19ª – parágrafo 9º do Aditivo seja considerado a partir da data da resposta encaminhada pelo Banco ao INSS.

Pelo Banco:

– O Banco ressaltou que é necessário um esforço conjunto para agilizar a chegada da carta ao Banco. Assumiu o compromisso de buscar melhorias dos procedimentos de RH e tratar novamente do tema na próxima reunião. A meta é atender em 30 dias.

PAUTA
2. Centro de Realocação

Visando a manutenção dos empregos, a representação reivindicou que o Grupo Santander Brasil se comprometa a realocar os trabalhadores das áreas de sobreposição, decorrentes do processo de fusão, para outras áreas administrativas ou para a rede que tem carência de funcionários. O Grupo Santander Brasil deverá promover para estes trabalhadores cursos de capacitação para as novas funções.

Foi reivindicado também que seja dada ampla divulgação interna das vagas existentes, inclusive às entidades sindicais, bem como que sejam fornecidos aos sindicatos relatórios atualizados mensalmente do processo de remanejamento.

Pelo Banco:

– O Banco afirmou que o assunto será tratado na próxima reunião.

PAUTA
3. Procedimentos de RH

Visando a melhoria do atendimento do RH, a representação propôs a discussão sobre o seguinte fluxo de atendimento:

– Os trabalhadores encaminharão dúvidas, pedidos e reclamações ao “Fale com o RH”, através de telefone ou da intranet e receberão um número para o chamado.

– O RH terá um prazo de 48 horas para responder ao chamado. A resposta deverá ser encaminhada para o e-mail informado pelo trabalhador e deverá ser fundamentada e clara, buscando dirimir as dúvidas.

– Após este prazo, se o problema não for resolvido ou respondido insatisfatoriamente o trabalhador poderá encaminhar o chamado para o RH – Relações Sindicais ou a um serviço de ouvidoria do RH que terá prazo de 48 horas para resposta.

– Os comprovantes de pagamento dos funcionários afastados deverão ser encaminhados para a sua residência.

– No retorno ao trabalho após afastamento previdenciário, caso o empregado tenha dívida com o banco decorrente desse afastamento, tais como, mensalidades da assistência médica, fundo de pensão, seguro obrigatório e/ou antecipação de benefício do INSS, a empresa procederá a quitação através de débitos mensais no Recibo de Pagamento, limitados ao percentual de 30% do salário líquido do empregado. O banco disponibilizará ao trabalhador planilha/relatório com todos os itens e valores informando mês e ano.

– No caso de afastamento por motivo de saúde superior a 15 dias, o banco se responsabilizará pelo salário e demais direitos dos trabalhadores até a data do efetivo agendamento da perícia no INSS e comunicação ao trabalhador.

Pelo Banco:

– O Banco ressaltou que está agindo para implementar melhorias, inclusive com o aumento de atendentes. Informou que 75% dos casos são respondidos no ato e que os 25% restantes demandam informações de outras áreas, incorrendo em processo de abertura e registro de chamado.

– O Banco explicou que alguns casos, como o bloqueio de senhas por erro ou esquecimentos de trabalhadores, geraram mais de cinco mil consultas e que está criando informativos para diminuir este tipo de demanda. Em relação aos comprovantes de pagamento dos funcionários afastados o Banco informou que estão disponíveis nos terminais de ATM e pelo Internet Banking.

Pelas Partes:

– Ficou acertada a criação de um grupo de trabalho com 3 representantes do Banco e 3 da representação sindical para discutir a questão dos descontos de dívidas quando do retorno ao trabalho após afastamento previdenciário e os casos de afastamento por motivo de saúde superior a 15 dias.

PAUTA
4. Condições de Trabalho nas Agências

Há muito tempo, os sindicatos vêm denunciando a falta de funcionários na rede do Grupo Santander e a cobrança excessiva de metas. Isto tem acarretado muitos problemas aos trabalhadores como, por exemplo, alto índice de adoecimento; impedimento de gozo de 30 dias de férias previstos na nossa legislação; descontentamento dos funcionários para com o Banco.

Visando a melhoria das condições de trabalho e do atendimento aos clientes, a representação reivindicou:

– Imediata contratação ou realocação de funcionários para as agências;

– Fim das metas individuais;

– Fim das metas para os caixas e os funcionários da área operacional das agências;

– Fim das reuniões diárias para a cobrança de metas nas agências;

– Venda responsável de produtos financeiros;

– Direito ao gozo de 30 dias de férias sem fracionamento.

Problemas apresentados pelo Sindicato dos Bancários de Londrina e Região:

– Troco no auto-atendimento: em praticamente todas as agências “Real ” ainda ocorre a prática do troco nas salas de auto-atendimento, o que gera problemas de segurança ao funcionário ou tercerizado/estagiário que manuseia o numerário;

– Trabalho aos sábados: têm ocorrido denúncias de trabalho aos sábados em agências;

– Contas universitárias: com as campanhas de contas universitárias, vários funcionários são obrigados a, após sua jornada normal no banco, estendê-la nas atividades juntos às faculdades, às vezes sem recebimento de horas-extras;

– Ergonomia: muitas reclamações têm sido feitas pelos bancários do Banco Santander quanto à ergonomia e condições de trabalho em quase todas as agências, o que vêm acarretando o aumento dos casos de LER e outros males.

Pelo Banco:

– O Banco informou que o assunto será tratado na próxima reunião.

5. Bolsa Auxílio Estudo

Pela Representação Sindical:

A representação solicitou a relação dos pedidos para bolsa auxílio estudo, bem como os pedidos negados e seus motivos, visando o aprimoramento desta cláusula do Aditivo.

Pelo Banco:

– O Banco fez o compromisso de reabrir as inscrições no segundo semestre disponibilizando eventuais bolsas remanescentes.

– O Banco informou que ao todo foram cerca de 250 recusas, sendo que cerca de 160 por documentações. Informou que não houve nenhum caso de recusa por falta de bolsas e que não foram concedidas bolsas em apenas 8 casos pelo fato de o curso superior não ser contemplado (3 cursos – gestão em comércio exterior, gestão de negócios e gestão financeira) e outros 31 casos que envolvem diversos cursos técnicos.

– Foi feito o compromisso de trazer dados de bolsas concedidas e de vagas disponíveis na próxima reunião e indicativo da data de reabertura.

6. Informações Sindicais

Pela Representação Sindical:

A representação reivindicou que os trabalhadores tenham acesso as informações sindicais. Para isso propomos que seja disponibilizado na intranet do banco acesso aos sites da CONTRAF – e do SEEB-SP.

Pelo Banco:

– O Banco informou que o assunto será tratado na próxima reunião.

7. Assistência Médica e Odontológica

Pela Representação Sindical:

A representação reivindicou a manutenção dos planos de assistência médica e odontológica, após a aposentadoria, independente do tempo de banco que possua o funcionário, além de:

– inclusão dos pais como dependentes a exemplo do que ocorre na Cabesp;

– criação de um conselho de usuário para cada plano existente.

Pelo Banco:

– O Banco informou que seus benefícios estão alinhados com as melhores práticas de mercado, o que inviabiliza o atendimento do pedido. No entanto, concordou em apresentar o atual fluxo dos processos dos planos, de maneira a avaliar eventuais questionamentos da representação sindical.

Pela Representação Sindical:

A representação lamentou o posicionamento contrário do Banco, pois as medidas propostas são plenamente viáveis diante dos lucros acumulados pela empresa e visam estender direitos já assegurados aos funcionários oriundos do Banespa ao conjunto dos trabalhadores, especialmente na aposentadoria. Além disso, a criação de um conselho de usuários ou de um comitê de acompanhamento, a exemplo de outros bancos, garantiria maior participação, transparência e eficiência para a gestão de cada plano.

PAUTA
8. Previdência Complementar

a) manutenção de patrocínio

A representação reivindicou o compromisso do banco pela manutenção do patrocínio dos fundos de previdência: Sanprev e Bandeprev

b) contribuições paritárias

A representação reivindicou que as contribuições para os planos de previdência do Plano IV do Banesprev e Sanprev sejam paritárias entre patrocinadora e participantes.

c) Eleição dos Representantes dos Participantes

A representação reivindicou a imediata instalação do processo eleitoral nos fundos de previdência Holandaprev, e Sanprev para a eleição dos representantes dos participantes em todas as instâncias (diretoria executiva, conselhos e comitês) a exemplo do que ocorre no Bandeprev e Banesprev.

d) Estatutos e Regulamentos

A representação reivindicou que seja disponibilizada para as entidades sindicais, cópia dos estatutos e regulamentos dos planos de previdência existentes no Grupo Santander Brasil, bem como a composição da diretoria.

Pelo Banco:

O Banco informou que o assunto será tratado na próxima reunião.

9. Acesso aos locais de trabalho

Pela Representação Sindical:

A representação reivindicou o acesso dos dirigentes sindicais aos trabalhadores lotados na “Torre, Call Centers e Aymoré”.

Pelas Partes:

– Ficou acertada a criação de um grupo de trabalho com 3 representantes do Banco e 3 da representação sindical para discutir a questão.

B. PENDENCIAS DO COMITÊ DE RELAÇÕES TRABALHISTAS

10. Metas para Caixas

Pela Representação Sindical:

A representação informou que o Banco tem descumprido o acordado em reuniões do CRT de que não deva ter metas para os funcionários exercentes da função de caixa. São muitas as denúncias que temos recebido, da obrigatoriedade de vendas de produtos por parte dos caixas, inclusive com um ranking das metas atingidas.

Foi reivindicado que seja dada ampla divulgação na rede, sobre esta proibição, bem como, foi reivindicada a punição com medidas administrativas, dos gestores que descumprirem esta orientação.

Pelo Banco:

– O Banco informou que o assunto será tratado na próxima reunião.

PAUTA
11. Atuação da GOE

A representação reivindicou que seja garantido a todos os funcionários convocados pela GOE, para prestar depoimento, os seguintes procedimentos:

– a convocação para prestar esclarecimentos deve ser realizada com no mínimo 24 horas de antecedência, por escrito, indicando o horário e o local e o motivo da convocação.

– que o trabalhador possa ser acompanhado por um representante sindical sempre que desejar;

– cópia do depoimento prestado.

Pelo Banco:

– O Banco informou que o assunto será tratado na próxima reunião.

12. Desligamento por justa causa

Pela Representação Sindical:

Os sindicatos têm atendido com freqüência bancários demitidos por justa causa (JC) e consideraram muito elevado o número de casos verificados no Santander. Assim, a representação solicitou:

– o número de trabalhadores demitidos por justa causa nos últimos 12 meses;

– que, em caso de desligamento por justa causa, o banco enquadre o trabalhador em uma das alíneas do artigo 482 da CLT;

– que o RH do Banco se abstenha de dar de informações que desabonem o trabalhador para o seu futuro empregador.

Pelo Banco:

– O Banco informou que a decisão sobre a aplicação ou não de uma JC é tomada por um comitê, embasada em análise criteriosa dos casos e que se trata de matéria técnico-jurídica. Que o Banco age estritamente dentro da Lei, até mesmo porque a aplicação errônea da JC geraria graves conseqüências também para o Banco e seria facilmente revertida judicialmente. O Banco solicitou que fossem trazidos casos concretos para análise.

13. Ambulatório na Bráulio Gomes

Pela Representação Sindical:

Há anos, os trabalhadores lotados na Bráulio Gomes reivindicam a instalação de um ambulatório médico que tem como único objetivo a preservação da vida. Em todas as concentrações do banco, existem ambulatórios médicos, portanto não se justifica esta discriminação em relação aos trabalhadores da Bráulio Gomes. Neste sentido a representação reivindicou a imediata solução deste problema.

Pelo Banco:

– O Banco informou que há uma reunião já agendada internamente para tratar este tema e que deverá se manifestar sobre o tema na próxima reunião.

14. Plano de Cargos e Salários e Carreira

Pela Representação Sindical:

Visando transparência e eliminação de injustiças, a representação reivindicou a instalação de um grupo de trabalho paritário para discutir um PCSC que, acima de tudo, elimine as discrepâncias salariais existentes entre funcionários exercentes da mesma função.

Pelo Banco:

– O Banco fará uma apresentação sobre o assunto em data a ser marcada com a representação.

15. Funcionários com deficiência

Pela Representação Sindical:

A representação solicitou que o banco informe o número de trabalhadores contratados conforme a Lei nº 8.213/91, função exercida e lotação, bem como o número de funcionários com deficiência que foram promovidos após o ingresso no Banco.

Pelo Banco:

– O Banco informou que o assunto será tratado na próxima reunião.

C. NOVOS PONTOS DE PAUTA

16. Terceirização

Pela Representação Sindical:

A representação solicitou:
– relação das empresas que prestam serviço ao Banco, inclusive as empresas do Grupo,
– funções desenvolvidas por estas empresas,
– projetos de novas terceirizações,
– informações sobre a transferência das bancárias que atuam como secretarias e assistentes para outra empresa.

Pelo Banco:

– O Banco informou que tratará do tema na comissão temática junto a FENABAN.

17. Transferência dos bancários dos CASAs 1, 2 e 3 para GEOBAN

Pela Representação Sindical:

Vários trabalhadores ligaram para o Sindicato dos Bancários de São Paulo para relatar que participaram de uma reunião no banco e foram informados que todos os funcionários das áreas operacionais serão transferidos para a empresa do Grupo Santander chamada GEOBAN. A transferência será nos mesmos moldes da ALTEC (ISBAN) e PRODUBAN. O prazo previsto inicialmente é junho/2010. A representação solicitou esclarecimentos do banco sobre este assunto.

Pelo Banco:

– O Banco informa que não há nada de concreto sobre o assunto e que se houver qualquer deliberação nesse sentido falará antes com a representação sindical. Sobre a questão das secretárias o BANCO irá verificar e se manifestará na próxima reunião.

18. Programas Próprios de Remuneração Variável

Pela Representação Sindical:

A representação solicitou o agendamento de uma data para apresentação ao movimento sindical de todos os programas próprios da empresa, bem como cópia de todas as cartilhas referentes a esses programas.

Pelo Banco:

– O Banco fará uma apresentação sobre o assunto em data a ser marcada com a representação.

PAUTA
19. Condições de trabalho no Disque Real

Os trabalhadores relataram que estão passando por uma verdadeira tortura, que não agüentam mais estas condições de trabalho no Disque Real:

– Metas elevadas: os assistentes passaram a ter que vender 16 cartões, R$ 180 mil em capitalização e quase 300 mil em empréstimos por mês.

– Barulho: os supervisores, falam muito alto, tumultuando o ambiente e atrapalhando os assistentes no momento do atendimento ao cliente.

– Chocalho: os supervisores adotaram como instrumento de pressão um CHOCALHO para pedir vendas no meio do corredor.

– Equipamentos não funcionam.

– Procedimentos poluídos do Help On Line que dificultam o atendimento.

O Sindicato reivindicou o fim imediato da utilização do chocalho no local de trabalho, pois isto fere a dignidade humana. Fim das metas abusivas. Equipamentos adequados para os trabalhadores. Telas com orientações claras e precisas para os atendentes e melhores condições de trabalho com a redução do barulho.

Pelo Banco:

– O Banco informou que o assunto será tratado na próxima reunião.

PAUTA
20. Reconhecimento de suspeitos na PM

A representação reivindicou que, nos casos de depoimento do funcionário na polícia para reconhecimento de suspeitos, este deverá estar acompanhado de um advogado do Banco para assessorá-lo.

Pelo Banco:

– O Banco informou que o assunto será tratado na próxima reunião.

21. Ação Preventiva de Saúde para os funcionários atendidos pela Cabesp.

Pela Representação Sindical:

A representação solicitou que o Banco estenda aos funcionários atendidos pela Cabesp as ações preventivas de saúde que já são ofertadas para os trabalhadores atendidos pelas demais operadoras de saúde.

– Isenção da coparticipação para os funcionários que se submeterem aos seguintes procedimentos;

– Exames preventivos (papanicolau, PSA, ultrassom de próstata e mamografia): exames complementares para o acompanhamento de pré-natal (ultrassonografia fetal) e puericultura (consulta médica de pediatria para crianças até um ano de idade);

– Exames complementares decorrente de doenças crônicas (diabete, hipertensão arterial, doença pulmonar obstrutiva crônica – bronquiticos e insuficiência coronariana decorrente de infarto agudo do miocárdio), mediante avaliação médica da auditoria da operadora de saúde;

– Reembolso de vacinas desde que reconhecidas pela Secretaria Nacional de Saúde;

Pelo Banco:

– O Banco informou que o assunto será tratado na próxima reunião.

Pelas Partes:

As partes se comprometeram de agendar as datas para as apresentações e para as reuniões dos grupos de trabalho antes da próxima reunião, agendada como data indicativa para o dia 18 de maio.

Assinam os presentes:


Fonte: Contraf-CUT

Fonte: Contraf- CUT

Contraf-CUT apoia congresso estatutário



 


 
A Contraf-CUT emitiu na quinta-feira, dia 6, uma declaração de apoio à direção eleita no congresso estatutário da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito da CUT de Santa Catarina (Fetec/CUT-SC), ocorrido no último sábado, 1º de maio, em Blumenau.

> Clique aqui para ver a íntegra do documento da Contraf-CUT.

“Cumpre-nos esclarecer que, sendo a Fetec-CUT/SC entidade sindical de 2º grau orgânica à Central Única dos Trabalhadores, deveriam ter sido observadas as regras da CUT para a realização do pleito, o que se verificou de forma satisfatória durante a convocação, inscrição de delegados e eleições do congresso acima mencionado”, afirma o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

“Declaramos total apoio a todas as medidas que vierem a ser adotadas pela nova diretoria, no sentido de anular eventuais atos praticados por grupo de bancários que se dizem eleitos em congresso da Fetec-CUT/SC, haja vista ausência de observância dos critérios formais estabelecidos no estatuto social da entidade e total desrespeito ao Estado Democrático de Direito”, ressalta o dirigente da Contraf-CUT.

Desta forma, a Contraf-CUT não reconhece a direção eleita no congresso paralelo, que aconteceu na mesma data e cidade, porém em flagrante desrespeito às regras estatutárias da Fetec-CUT/SC e da CUT. Esse evento irregular foi promovido pela maioria da então direção da federação, ligada à Intersindical e à CTB, que decidiu credenciar delegados, inclusive de sindicatos que não se encontravam em condições estatutárias de participar, atropelando a democracia dos trabalhadores.

A Contraf-CUT esteve representada no congresso estatutário pelo secretário-geral, Marcel Barros, pelo vice-presidente Neemias Souza Rodrigues e pelo secretário de relações internacionais Ricardo Jacques. Também participaram o presidente da CUT de Santa Catarina, Neudi Antonio Giachini, a secretária-geral Anna Julia Rodrigues e vários diretores executivos da entidade.

Irregularidades

De acordo com as orientações do congresso, que garantia proporcionalidade direta nas eleições dos delegados, quatro dos nove sindicatos da base da Fetec-CUT/SC não estavam aptos a participar do evento.

O Sindicato dos Bancários de Chapecó desfiliou-se da CUT e filiou-se à CTB. Não é filiado à Contraf e o estatuto da Fetec-SC permite a participação somente dos sindicatos filiados à CUT.

O Sindicato dos Bancários de Joaçaba não concretizou a filiação à CUT. Apesar de ter sido aprovado o ingresso em assembléia no ano de 2009, não foi enviada documentação para concretizar a filiação.

O Sindicato dos Bancários de São Miguel do Oeste se encontra inadimplente com a CUT desde 2008.

Já o Sindicato dos Bancários de Blumenau não garantiu o credenciamento dos delegados eleitos em assembléia da chapa minoritária, que havia atingido mais de 28% dos votos e, portanto, teria direito a três delegados.

Nova direção da Fetec-CUT/SC

O congresso estatutário contou com a participação de 35 delegados. Todos dentro das regras estatutárias da CUT e Fetec-CUT/SC, assim como dentro das regras de orientação do evento. A delegação da chapa minoritária de Blumenau, apesar de ter direito a três delegados, credenciou apenas dois, por não ter garantido a cota de gênero.

Participaram todos os delegados dos Sindicatos de Criciúma, Araranguá e Videira, 20 delegados de Florianópolis, 2 do Sindicato de Blumenau e mais 5 delegados natos dos 10 inicialmente previstos no Congresso.

O Congresso elegeu como coordenador da secretaria-geral, Valdir Machado da Silva, dirigente do Sindicato de Criciúma e funcionário do Itaú Unibanco.

Veja a íntegra da nova direção:

Colegiado Executivo:

Coordenação da Secretaria Geral: Valdir Machado (Seeb Criciúma)
Coordenação de Administração e Finanças: Sérgio Murilo Rabelo (Seeb Florianópolis)
Coordenação de Comunicação e de Eventos: Glace de Oliveira (Seeb Florianópolis)
Coordenação de Políticas Sociais e Secretaria da Mulher: Joze Fabiani Mello (Seeb Florianópolis)
Coordenação de Assuntos Jurídicos: Simoni Nascimento de Abreu (Seeb Florianópolis)
Coordenação de Organização do Ramo Financeiro: Nereu de Souza Junior (Seeb Araranguá)
Coordenação de Formação Sindical e Assuntos Sócio-Econômicos: Cleiton Junior Pereira da Rocha (Seeb Blumenau)
Coordenação de Políticas Sindicais: Magno Branco Pacheco (Seeb Criciúma)
Coordenação de Saúde e Condições de Trabalho: José Carlos da Silva (Seeb Florianópolis)

Suplentes:

Zuleida Martins Rosa (Seeb Florianópolis)
Hélio Prado (Seeb Florianópolis)
Luiz Fernando Moreira (Seeb Florianópolis)
Edson Alves de Oliveira (Seeb Florianópolis)
Nair Kumm Debona Medeiros (Seeb Florianópolis)
Jacir Antônio Zimmer (Seeb Florianópolis)
Denilson Machado (Seeb Florianópolis)
Ademir Bernardi (Seeb Videira)
Dircéia de Mello Locatelli (Seeb Criciúma)

Conselho Fiscal:

Titulares
Rejane Menezes Reis (Seeb Florianópolis)
Dailton Dilmo dos Santos (Seeb Florianópolis)
Walfredo Nunes Correa (Seeb Florianópolis)

Suplentes:
Rosiane Bento da Silva (Seeb Criciúma)
Deocar G. De souza (Seeb Florianópolis)
João Gilberto Destri (Seeb Florianópolis)


Fonte: Contraf-CUT

Fonte: Contraf CUT