atualizado em 31/08
Em assembleias realizadas na noite da última quarta-feira, os bancários de Angra dos Reis, Baixada Fluminense, Campos, Espírito Santo, Itaperuna, Macaé, Nova Friburgo, Rio de Janeiro, Sul Fluminense, Teresópolis e Três Rios. Em Niterói e Petrópolis, as assembleias aconteceram na noite de quinta-feira e também aprovaram as propostas.
Os sindicatos deliberaram também pela instituição de taxa negocial, seguindo orientação nacional, de 1,5% sobre o salário reajustado e o mesmo percentual sobre a PLR. Alguns sindicatos definiram tetos para os dois descontos . A soma das duas cobranças é menor que o imposto sindical mais a taxa assistencial paga nos acordos anteriores. No Rio de Janeiro, os bancários sindicalizados poderão requerer a restituição da mensalidade sindical do mês em que ocorrer o desconto.
A CCT Fenaban e os ACTs do BB e da Caixa serão assinados nesta sexta-feira à tarde, em São Paulo. Com isto, a PLR será creditada até o dia 20 de setembro.
Vitoriosa
A CCT e os acordos aditivos de BB e Caixa são válidos por 2 anos e mantêm todas as cláusulas dos documentos anteriores. O reajuste de 2018 será de 5%, com 1,18% de aumento real, e o de 2019 será composto pelo índice de inflação, mais 1% de ganho real. O aumento real obtido pelos bancários foi maior que a média conquistada por outras categorias.
Ficaram faltando duas reivindicações importantes para a categoria: a garantia de emprego e veto a contratações precarizadas – PJ, intermitente, terceirizado. Estas demandas são importantes no momento, já que a reforma trabalhista instituiu a possibilidade das empresas substituírem seus empregados regulares por outros, sem vínculo empregatício e, portanto, excluídos da CCT.
Mas, diante da conjuntura de retirada de direitos, o Comando Nacional avalia como uma vitória importante a manutenção das conquistas da categoria. “Foi a nossa contrarreforma”, ressaltou Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Foram acordadas também algumas novas cláusulas, como o parcelamento do adiantamento em até três vezes. O vale-cultura, que foi extinto com o fim do incentivo fiscal para as empresas, também foi incluído na CCT e voltará a ser pago quando o governo voltar a conceder o benefício.
Fonte: Fetraf-RJ/ES