Bancários de Campos abraçam asilo centenário


O prédio histórico onde funciona o Asilo Nossa Senhora do Carmo, em Campos, está caindo aos pedaços e pede socorro. Na última terça-feira a diretoria do Sindicato dos Bancários de Campos se uniu a diversas entidades e cidadãos num abraço simbólico ao edifício, que abriga 60 idosos e idosas.


O asilo funciona no prédio desde 1904, mas a construção é de 1846. O casarão é conhecido por diversos nomes – Casa do Engenho Santo Antônio e Casa da Fazenda Grande do Beco, entre outros – e pertenceu ao Barão de Carapebus, Joaquim Pinto Neto dos Reis, que foi o primeiro promotor do município. Foi tombado em 1946 pelo Iphan – Instituto do Patrimônio Histórico e Arquitetônico Nacional.


A combinação das limitações de obras em prédio tombado e das necessidades especificas de uma entidade de amparo a idosos gerou um impasse. O prédio está interditado há 20 anos e não se chegou a uma solução temporária de abrigo para os internos para que as reformas sejam iniciadas. Enquanto isso, o prédio se deteriora e os internos vivem em situação precária.


O abraço simbólico foi a forma da sociedade campista demonstrar sua indignação com a situação do prédio e dos idosos residentes. “Não se pode conceber que numa cidade como a nossa, cuja Prefeitura recebe mais de um bilhão de Reais por ano só com receitas de royalties do petróleo, um patrimônio de tal importância fique neste estado. Isto sem falar nas pessoas, todos idosos e idosas que são atendidas neste local e que correm o risco de não terem para onde ir,” criticou o sindicalista Paulo Robeson, diretor da Contraf-CUT, presente ao ato.  

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES