Os quatro call centers de bancos que funcionam na capital carioca ficaram fechados durante a atividade do Dia Nacional de Lutas dos bancários. Os serviços de atendimento telefônico do Bradesco, Caixa, Itaú e Santander, todos no bairro de São Cristóvão, não funcionaram até as 14h desta terça-feira. A atividade foi coordenada com ações realizadas por sindicatos de outros estados.
No call center do Santander, que divide com São Paulo todo o teleatendimento do banco, a paralisação teve adesão total e o banco chegou a dispensar os funcionários diante da força e da pressão do piquete. “O pessoal do primeiro turno, que entra às 5h, não entrou, nem os trabalhadores dos turnos seguintes. Só a turma do meio-dia entrou, mas só às 14h, quando encerramos a paralisação, informa Luiza Mendes, diretora da Fetraf-RJ/ES e funcionária do Santander.
No prédio onde funciona o telemarketing da Caixa a paralisação foi significativa não só por ter atingido os cerca de 500 trabalhadores, mas também porque a maioria é de terceirizados. “Os funcionários da PC Service, que prestam serviços no prédio, fizeram várias denúncias de irregularidades e até de segregação. Além de serem impedidos de usar os elevadores do edifício, os teleatendentes informaram que há banheiros separados para empregados da Caixa e para os terceirizados”, informa José Ferreira, funcionário da Caixa e diretor do Seeb-Rio. A atividade contou também com a participação de diretores do Sinttel-Rio.
O prédio administrativo do Banco do Brasil no estado, o Sedan, não teve paralisação, mas os dirigentes sindicais do banco realizaram atividade na portaria do edifício ao meio-dia.
Na Baixada Fluminense o Sindicato paralisou até meio-dia todas as unidades bancárias do município de Mesquita. Foram atingidas 1 agência do BB, 1 Bradesco, 1 da Caixa, 2 do Itaú e 1 do Santander. A atividade foi encerrada cedo para não prejudicar a população, já que há pagamentos do INSS feitos nesta data. “A população até já nos conhece e respeita muito o trabalho do sindicato, e a atividade transcorreu sem nenhum conflito”, relata Alcyon Vicente, um dos coordenadores-gerais do Seeb-Baixada. “Os outros dois coordenadores, Pedro Batista e José Laércio, também participaram da atividade, além de vários dirigentes do sindicato, representantes dos trabalhadores dos bancos paralisados”, completa o sindicalista.