Uma militante do movimento estudantil que fazia o apoio num piquete na agência da Caixa em Duque de Caxias foi agredida na manhã desta quinta-feira, primeiro dia da greve dos bancários. A jovem universitária tentou argumentar com a gerente da agência e alguns comissionados que insistiram em furar a greve e pediu que aguardassem a chegada de diretores do sindicato que estavam numa agência próxima.
Mas os empregados não quiseram esperar e decidiram afastar a piqueteira do local à força. Enquanto ela falava com a gerente, outra mulher a segurou por trás e puxou seu braço, afastando-a. A jovem ficou com os braços arranhados e muito assustada.
A insistência em entrar para bater o ponto tem sido comum entre alguns funcionários de bancos públicos nos últimos anos, principalmente da área comercial. Eles ficam dentro da agência fazendo negócios, batendo metas, e não precisam compensar dias parados depois da greve. Mas as agências ficam fechadas e não há atendimento à população. “A Caixa e o BB são bancos públicos, sua principal função é prestar serviços ao povo. Principalmente a Caixa, que é o banco que faz os pagamentos dos programas do governo como FGTS, Seguro-Desemprego e Bolsa-Família. O funcionário que trabalha durante a greve fazendo negócios só atende o cliente de alta renda, enquanto a maioria fica sem o serviço. Se o bancário bate o ponto, mas não atende, o banco não é pressionado, mas a população é prejudicada”, pondera Luiz Ricardo Maggi, representante da Fetraf-RJ/ES na CEE-Caixa.
Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES