Bancários do Itaú no RJ vão levar reivindicações sobre saúde e emprego ao Encontro Nacional

O Encontro Estadual de Funcionários do Itaú aconteceu na sede da Fetraf-RJ/ES no último dia 19 e definiu as reivindicações da base que serão encaminhadas ao encontro nacional. Como acontece no país todo, as reivindicações do quesito Emprego estão entre as mais relevantes, bem como as sobre Saúde, com questões regionais específicas.

Quanto ao ítem Emprego, a realidade do estado do Rio de Janeiro é urgente. Além da já crítica situação das unidades por escassez de pessoal, uma novidade se apresenta: está para entrar em vigor a lei estadual 7525/2017, que obriga os bancos a receberem contas de concessionárias e tributos e taxas públicas nos guichês de caixa. Esta exigência, associada à lei do tempo máximo de atendimento, implica na urgência de contratar mais bancários, já que o atendimento humano deverá ter aumento de demanda. Os dirigentes também apontaram a importância do banco informar ao movimento sindical sobre a contratação de Pessoas com Deficiência para cumprir as exigências legais.

Muitos problemas de saúde

No quesito Saúde, os dirigentes têm observado um aumento significativo de afastamentos, tanto por lesões físicas, quanto por transtornos mentais. Esta última causa vem ganhando destaque, uma vez que as metas abusivas e o assédio moral têm se intensificado nos locais de trabalho.

Mas a questão mais urgente neste tema diz respeito à dificuldade que os bancários estão enfrentando em função do convênio firmado entre o banco e a Firjan para assistência médica. Os profissionais conveniados estão reduzindo os dias para afastamento apontados pelos médicos assistentes dos bancários. No caso dos afastamentos superiores a 15 dias, está sendo dificultada a realização de perícia no INSS, sobretudo com negativa de emissão da Declaração de Último Dia Trabalhado – DUT. E o banco ainda está usando o Programa de Retorno ao Trabalho para evitar que os funcionários se afastem oficialmente, para tratamento. “O banco implementou este programa sem discutir com o movimento sindical, como está previsto na Convenção Coletiva, e ainda está pressionando os bancários que precisam se afastar a abrir mão do afastamento pelo INSS para aderir ao seu projeto. Tudo isso, além de irregular, está afetando ainda mais a saúde de quem já está adoecido”, critica Jô Araújo, representante da Fetraf-RJ/ES na COE/Itaú.

Os bancários também reiteraram a necessidade do banco emitir CAT para qualquer caso de doença ocupacional, bem como para todos os empregados que presenciaram tentativas ou fatos consumados de assalto e sequestro. Foi também ressaltada que o banco continua divulgando ranking de cumprimento de metas, em desobediência à CCT dos bancários.

Acesso

Os representantes dos funcionários também vão levar ao Encontro Nacional a reivindicação sobre acesso de sindicalistas às agências digitais. O banco implementou o modelo, mas os dirigentes não têm obtido autorização para visitar estes locais de trabalho. “Não sabemos nem sequer se os empregados destas agências digitais estão enfrentando algum tipo de problema, porque não temos acesso a informação nenhuma. É preciso que nossa entrada nestes locais seja livre, sem horário pré-estabelecido, nem necessidade de agendamento prévio”, defende Jô Araújo.

 

Fonte: Fetraf-RJ/ES