O Banestes divulgou, nesta terça-feira, 28, o lucro líquido alcançado em 2022 e confirmou a trajetória ascendente e recorde do resultado do banco ao longo do ano. O lucro alcançado foi de R$ 330 milhões, aumento de 35,5% em relação ao ano de 2021. Desse total, R$ 185 milhões (56%) foram distribuídos aos acionistas, sendo que R$ 171 milhões foram destinados para os cofres públicos do governo do Estado, acionista controlador do banco.
O resultado recorde do Banestes tem sido comemorado pelo governador Renato Casagrande e o presidente do banco, Amarildo Casagrande. Para os empregados a comemoração ainda não pode ser completa. Mesmo com resultados positivos ao longo de 2022, a direção do Banestes propôs um acordo coletivo de trabalho rebaixado durante a campanha salarial do ano passado, com índice de reajuste salarial abaixo da inflação.
“A alta rentabilidade do Banestes é resultado do trabalho dos bancários e das bancárias, que são comprometidos com o banco. É lamentável que o reajuste salarial dos empregados não atingiu nem mesmo o índice da inflação do período, acarretando perda salarial para os trabalhadores. O crescimento do lucro foi de 35% enquanto o reajuste salarial dos bancários foi de apenas 8%. Mesmo batendo recorde de lucro, a direção do Banestes se manteve intransigente ao negar reajuste com ganho real e melhorias no plano de saúde dos empregados”, destaca o diretor do Sindibancários/ES Jonas Freire.
O pagamento das Remunerações Variáveis (REV) condicionado ao cumprimento de metas também é criticado pelo dirigente sindical. “O banco concede um reajuste vergonhoso enquanto tenta iludir os bancários com a REV. Mas é preciso ficar atento, pois atrelada à REV está a imposição de metas inatingíveis, que têm adoecido os bancários. O que precisamos é de valorização salarial, que irá refletir diretamente em todos os nossos direitos, como férias, e na nossa aposentadoria”, frisa Jonas.
Banco público
Além das destinação da maior parte do lucro para o governo do Estado, ou seja, para políticas públicas, o Banestes beneficia a população capixaba de outras formas. Em 12 meses, o banco foi responsável pelo retorno de R$ 1,1 bilhão diretamente à sociedade, por meio do pagamento de impostos, geração de emprego, entre outras maneiras.
“O Banestes atua com grande capilaridade, está presente em todos os municípios do Espírito Santo e, justamente por ser um banco regional e público, ele dinamiza a economia de todas as regiões capixabas, principalmente das pequenas cidades. Diante do resultado financeiro de 2022 e do papel desempenhado pelo Banestes na sociedade, é preciso enterrar de uma vez as ideias de privatização do banco e ter cada vez mais cuidado com as parcerias”, enfatiza o diretor do Sindibancários/ES Marcelo Giacomim.
Fonte: Sindibancários/ES