A última negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban acabou sem acordo, mais uma vez. Os banqueiros ofereceram aumento real de 0,5% para todas as verbas, com acordo de dois anos. Em troca, querem reduzir a PLR integral das mulheres em licença-maternidade e dos afastados por doença/acidente e modificar as regras de gratificação de função e salário de substituto. Nada sobre garantia de emprego e veto às contratações precárias.
De positivo, a Fenaban ofereceu assegurar vale-transporte, tíquete-refeição, cesta-alimentação e auxílio creche/babá. Os patrões também propuseram incluir o parcelamento do adiantamento das férias em até três vezes e adiantamento emergencial para recurso no INSS, por até 90 dias. A novidade é a proposta de aumentar o intervalo de alimentação dos bancários com jornada de 6 horas, passando dos atuais 15 minutos para 30 minutos.
Aumento pífio
O sistema financeiro tem obtido lucros astronômicos, mesmo em tempos de crise na economia. Mesmo assim, insiste em ir na contramão, oferecendo aumento real de menos de um ponto para a categoria bancária. “Apesar dos recordes de lucros, os trabalhadores, que constroem esta riqueza, ficam de fora. E querer reduzir PLR de qualquer funcionário é um absurdo total. O Comando Nacional dos Bancários rejeitou na mesa, não vamos nem levar às assembleias uma proposta como esta”, relata Nilton Damião Esperança, presidente da Fetraf-RJ/ES e representante da entidade no Comando Nacional.
A próxima rodada de negociação será na quinta-feira, em São Paulo.