BB dá solução paliativa a problemas dos vigilantes

Diretores do Seeb-Rio e da Fetraf-RJ/ES se reuniram com o BB nesta segunda-feira para tratar de problemas relativos à segurança bancária e às paralisações de vigilantes que têm ocorrido nos últimos dias no município do Rio de Janeiro. Pelo BB, compareceram representantes da Gerência de Pessoal – GePes, da Regional de Segurança – ReSeg e do Centro de Serviços de Logística – CSL. O superintendente regional, Reinaldo Yokoyama, também foi convocado para a reunião, mas não compareceu, nem enviou representante.

Os profissionais de vigilância estão fazendo paralisações em razão dos atrasos seguidos nos pagamentos dos salários e benefícios. Há vários meses o pagamento sai com pelo menos cinco dias de atraso. Os problemas maiores são com a empresa CJF, que atua não só na capital, mas também em algumas cidades do interior. Em Nova Friburgo já houve paralisação de agências e em Petrópolis a abertura das unidades foi retardada em razão dos salários atrasados. “Recebemos com frequência denúncias de agências do BB que estão funcionando com efetivo reduzido de vigilantes”, relata Luciana Vieira, diretora de Bancos Públicos do Seeb-Rio. Além da CJF, também prestam serviços de vigilância ao BB na capital as empresas Dinâmica e Protec.

Esta situação, além de deixar a unidade vulnerável à ação de bandidos, é ilegal – a legislação de segurança privada determina que cada unidade bancária tenha um plano de segurança que define, entre outras exigências, o número mínimo de vigilantes. Se uma agência funciona com um número de guardas menor que o especificado no plano, está fora da lei.

O banco prometeu resolver os problemas, mas só apresentou soluções paliativas. “O BB informou que vai adiantar o pagamento à terceirizada, para que a própria empresa possa pagar os vigilantes”, relata Luciana Vieira. “Mas isso não resolve definitivamente, é como um cobertor curto, que ora cobre os pés, ora a cabeça. Não há nenhuma garantia de que o problema não vá acontecer novamente”, critica Paulo de Tarso Ferreira, diretor da Fetraf-RJ/ES.

Linha direta

O superintendente regional, Reinaldo Yokoyama não vinha dando a devida atenção às reclamações que os sindicalistas encaminham. “Temos uma reunião mensal com a GePes, mas o superintendente não participou das últimas, nem mandou representante. Com o problema dos vigilantes, tivemos que pedir uma reunião extraordinária e o mesmo aconteceu. E ele já vinha ignorando as denúncias e pedidos de providências sobre este e vários assuntos. É uma total falta de respeito não só com o sindicato, mas com os funcionários do banco”, critica Luciana.

Diante da negligência do superintendente, a ReSeg e a GePes concordaram em receber diretamente as reclamações e denúncias do sindicato. “A ReSeg se colocou à disposição para resolver problemas com os vigilantes e a GePes se propôs a intermediar qualquer problema com gestores.

Contratos

Os contratos com as empresas de vigilância estão para vencer – em março – e, segundo o representante da CSL, o BB não está nada satisfeito com os serviços prestados pela CJF. E o BB não é o único a enfrentar dificuldades com a empresa, que também atua na Caixa. A firma de segurança já deu tanto problema com o Itaú que teve o contrato rescindido em meados do ano. Mas a CSL, que administra os contratos com terceirizadas, está em situação difícil, já que quase todas as empresas do ramo que atuam no município já impuseram dificuldades semelhantes.

O banco pode impor sanções às empresas que prestam maus serviços, que vão desde a cobrança de multa até o cancelamento do contrato. Mas até hoje não houve nenhum contrato cancelado. “Quanto à CJF, o banco informou que está acompanhando de perto a situação, já pensando na no fim do contrato. Esperamos que o BB não renove com a CJF e tenha mais cuidado com as contratações”, torce Luciana.

Pelo Seeb-Rio compareceram, além de Luciana Vieira, os diretores André Spiga Pires e Rita Mota. A Fetraf-RJ/ES foi representada por Paulo de Tarso Ferreira, diretor de Imprensa.

Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES