Restabelecimento da Mesa de Negociação da Cassi foi reivindicação principal
Em reunião nesta quarta-feira, dia 23, em Brasília, as Entidades de Representação dos Funcionários da Ativa e Aposentados se reuniram na Sede da Cassi a convite da Diretoria da Cassi e do Banco do Brasil.
O objetivo da reunião era retomar o diálogo sobre a Cassi, apresentar uma breve prestação de contas dos números atuais da Cassi e debater os próximos encaminhamentos.
As entidades foram unânimes em afirmar a necessidade da retomada da Mesa de Negociação diretamente com o Banco do Brasil, que é o patrocinador da Cassi, juntamente com o Corpo de Associados, ali representado pelos Sindicatos, Entidades e Dirigentes eleitos.
Foi então acordado o restabelecimento da Mesa de Negociações com o Banco do Brasil, como ocorreu ao longo de todo o processo de negociação, tendo a Diretoria da Cassi como suporte técnico das discussões.
As partes entenderam da necessidade de um diálogo mais efetivo para se buscar as soluções para dar equilíbrio financeiro e a sustentabilidade da Cassi, cientes da celeridade que o processo agora exige.
Cassi na mira
O momento é delicado e, ao mesmo tempo, oportuno para retomar os debates. Apesar do ambiente político e da ameaça de privatização, o BB amargou uma derrota em outubro, quando as mudanças que o banco propôs ao estatuto da Caixa de Assistência foram rejeitadas pelo corpo social. Os Conselhos de Usuários, sindicatos e entidades associativas do funcionalismo fizeram intensa campanha país afora contra as alterações. O banco queria mudar a governança da Cassi, quebrar a solidariedade e romper a paridade da gestão. Perdeu por 80% a 20%.
O movimento sindical e o funcionalismo especulam que a intenção da direção do BB é acabar com a Cassi aos poucos e oferecer aos funcionários, aposentados e pensionistas um plano privado.“Desconfiamos que o BB queira fazer modificações que transformem a Cassi em um plano igual aos do mercado para, mais à frente, extingui-lo e substituir por um plano comercial, o que será muito pior e mais caro para o corpo social”, destaca Rita Motta, representante da base da Fetraf-RJ/ES na CEE/BB.
Mas esta opção não é vantajosa para o banco, como ficou comprovado pelo relatório da consultoria Accenture, que analisou os documentos da Cassi e percebeu que manter a caixa de assistência própria sai mais barato que contratar um plano comercial. “Mesmo o banco contratando a banda e escolhendo a música, a conclusão da consultoria foi de que a Cassi ainda é a melhor opção. O banco reclama que há déficit, mas isso não significa que seja a opção mais cara”, acrescenta Rita.
Retomada
Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB e representante da Contraf-CUT nas negociações, o mais importante da reunião foi o restabelecimento da Mesa de Negociação com o Banco do Brasil. “Essa foi a nossa reivindicação desde quando foi suspensa a Mesa. Entendemos que passamos por um processo frustrante para os associados quando as Entidade foram retiradas da negociação. Com o restabelecimento da negociação efetiva, buscaremos da melhor forma possível achar solução para a perenidade da Cassi, respeitando a responsabilidade de cada parte no processo”, disse.
Uma nova reunião será realizada nesta quinta-feira, dia 31 de janeiro.
Fonte: Fetraf-RJ/ES, com Contraf-CUT