BMB fecha oito agências e não dá explicações

Em reunião realizada em Belo Horizonte no último dia 21, a COE do Banco Mercantil do Brasil solicitou à direção da empresa esclarecimentos sobre o processo de reestruturação que fechou, na última leva, oito agências do banco. Destas, duas significaram o encerramento de atividades nos estados – caso da agência de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, e de João Pessoa, na Paraíba. O banco não deu nenhuma resposta objetiva, mas informou que abrirá dez agências, nas praças de Minas Gerais e São Paulo. Mas a incerteza quanto ao futuro dos funcionários ainda permanece.


 


As agências fechadas atingem cinco estados – Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Na base da  Fetraf-RJ/ES será fechada a única unidade do banco em Macaé. Já no Espírito Santo não haverá fechamento de unidades, mas a agência de Linhares será remodelada e passará a atuar apenas como empréstimo consignado, atendendo a beneficiários do INSS.


 


Segundo Marco Aurélio Alves, coordenador da COE- BMB, o banco informou que as medidas tomadas no momento – demissões e fechamento de unidades – são resultado de estudos que levaram dois anos sendo feitos. O BMB comunicou que teve um prejuízo de R$ 48 milhões em 2013. A saída encontrada pela direção para evitar a quebra do banco foi cortar custos e apostar na segmentação. “Mas os estudos são feitos pelos próprios executivos do banco, não há consultoria externa”, pondera o dirigente sindical. A agência de Linhares é uma das primeiras a passar por estas mudanças, passando a atuar para atender somente a beneficiários do INSS. “Durante a reunião, os representantes do banco admitiram que o BMB não está conseguindo enfrentar a concorrência dos bancos maiores e que a opção foi investir num nicho de mercado que nenhum outro banco se interessou em explorar”, acrescentou Marco Aurélio.


 


Reunião


 


Segundo os representantes enviados à reunião, a direção do banco entende que deve encerrar atividades em praças onde tem melhores chances de fazer frente aos concorrentes. A estratégia adotada será focar nas regiões onde o banco tem melhores resultados e abandonar as áreas onde há mais problemas. o que explica o fato de que, mesmo fechando oito unidades, o banco vai abrir dez novas agências nos estados de Minas Gerais e São Paulo. Mas, com a experiência de outros anos, quando o banco tomou medidas drásticas sem comunicação prévia ao movimento sindical, os bancários estão temendo pelo futuro.


 


Diante da incerteza, a COE solicitou uma mesa redonda na SRT-MG, já que a sede do banco fica em Belo Horizonte. “O banco vêm à reunião com a COE mas não assina nada. Como não fica nada registrado, não temos como provar o que eles dizem. Na SRT vai ser diferene, vai haver uma ata, que vai ser registrada e assinada. Queremos que o banco nos dê informações e explicações mais claras sobre esta reestruturação. E também queremos garantias de que este processo de reestruturação já está encerrado e de que não haverá mais fechamentos de agências e demissões de bancários”, informa Marco Aurélio.


 


A reunião será no próximo dia 03 de fevereiro, às 14, na SRT em Belo Horizonte. Os membros da COE de todos os estados estão convidados a participar.

Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES