Está marcada para esta quarta-feira uma paralisação de 24 horas dos funcionários do BNDES lotados nos dois prédios que o banco ocupa no Rio de Janeiro. A decisão foi tomada numa assembleia massiva, que reuniu 1.087 empregados, dos quais 705 votaram a favor da suspensão das atividades e 327 contra – com seis votos brancos e seis nulos, todos colhidos em urna.
A assembleia ocorreu no dia 04, terça-feira, e outra foi marcada para a sexta-feira seguinte. Esta segunda plenária foi suspensa, porque o banco anunciou uma negociação. Mas a reunião frustrou os funcionários, porque, ao invés de colocar na mesa uma nova proposta, o banco se limitou a apresentar a nova negociadora e um novo cronograma de reuniões. Ana Cristina Maia foi designada em substituição a Paulo Faveret, que vinha conduzindo as negociações. O movimento sindical considerou esta troca um desrespeito ao processo que já vinha em andamento.
Mesmo antes da troca de negociador, as negociações já não vinham fluindo bem. O banco insiste em conceder apenas o reajuste de 8,5 % para todos os itens, diferente do que foi conquistado na negociação geral dos bancários e nas especificas dos outros bancos federais. “Além dos 12 % no tíquete, os funcionários do BB e da Caixa conquistaram o aumento de 9 % de piso, como o restante da categoria, mas este índice incidiu também sobre todos os níveis da carreira. Isso é o mínimo que os funcionários do BNDES estão dispostos a aceitar”, relata Luiz Ricardo Maggi, diretor de Bancos Federais da Fetraf-RJ/ES.
Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES