Bradesco inaugura agência e sindicato distribui cachorro-quente


O cachorro quente que simboliza a “cachorrada” dos bancos foi servido em frente às novas instalações da agência 026-4. A unidade funcionava na Rua 1º de Março e foi transferida para a quadra seguinte, na Rua Buenos Aires, no centro do Rio. Mas a nova sede não está adequada ao funcionamento de uma agência bancária – não cumpre exigências. A mudança também levou a gerente da unidade a despedir duas estagiárias e transferir pra outo endereço dois dirigentes sindicais.


Para começar, a agências só tem guichês de caixa no subsolo, cujo acesso é feito por escada. “É comum que os bancos com os caixas em outros andares mantenham um guichê para atendimento especial no térreo. Mas o Bradesco não está seguindo esta regra. Idosos, deficientes, pessoas com dificuldades de locomoção têm que enfrentar as escadas. Isso é proibido, há leis que garantem a facilidade de acesso aos guichês para as pessoas que têm direito a atendimento preferencial”, destaca Geraldo Palermo, diretor do Seeb-Rio. Outro problema estrutural é a falta de ventilação nas áreas internas da unidade. “Na copa, o ambiente é muito abafado, porque não há ventilação. Isso não é condição para uma pessoa almoçar ou lanchar”, pondera o dirigente.


Como se não bastassem as instalações inadequadas do novo local, a gerência da unidade aproveitou para fazer uma redução no pessoal. Duas estagiárias foram demitidas, sob alegação de que faltavam muito – embora todas as ausências das duas tenham sido justificadas pela apresentação de atestados médicos. E dois dirigentes sindicais foram transferidos para outras unidades. “Transferir por que? Não havia motivo. A gerência está limpando a agência, afastando os dirigentes, que escancaram as irregularidades. Um dos dirigentes foi para a agência nova sem ter sequer função definida, tarefas. Vai ficar num cantinho sem ter o que fazer. Onde está a igualdade de oportunidades?”, questiona Palermo.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES