No próximo domingo, 12 de janeiro, a Caixa Econômica Federal completa 164 anos.
E não é exagero dizer que a instituição financeira é mais que um banco, onde seu grande diferencial tem sido o papel social, mais forte do que outros bancos, e a gestão das políticas e programas sociais do país.
A Caixa é responsável pelo pagamento de benefícios como o Bolsa Família, pelo gerenciamento de financiamentos imobiliários, por incentivo ao esporte, à educação, saúde, cultura, segurança. O banco está presente em vários municípios distantes e tem uma capilaridade importante que permite que as políticas públicas, especialmente de transferência de renda alcancem milhões de brasileiros.
Além disso, a Caixa tem papel essencial para um projeto de sociedade menos desigual e com políticas públicas que fomentem inclusão social e desenvolvimento econômico.
Defender esse protagonismo também é uma luta da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), que sempre atuou na defesa da valorização dos seus trabalhadores.
Lucro e valorização
Dados de um levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontam que, mesmo realizando essa enormidade de atendimentos sociais, que os bancos privados não realizam por considera-los pouco rentáveis, a Caixa foi o banco, entre os cinco maiores (Caixa, BB, Itaú, Bradesco e Santander), com o segundo maior crescimento do lucro (+21,6%), na comparação com o mesmo período do ano passado.
Entre o final de 2014 e setembro de 2024, houve uma redução de 18% do quadro de pessoal da Caixa. Em números absolutos a queda foi de 101.500 empregas no final de 2014 para 83.640 em setembro de 2024. Uma redução de 17.860 postos de trabalho.
Nestes mesmos 10 anos, a Caixa teve um aumento de 75 milhões de clientes (78.318 em 2014 para 153.196 em setembro de 2014), o que representa um aumento de 96%.
Com isso, o número de clientes por empregado cresceu 137% (772 em 2014 para 1.832 em setembro de 2024).
