Caixa: Reestruturação exige mobilização

A notícia de que o Sindicato dos Bancários de Brasília obteve liminar na Justiça do Trabalho que suspende a reestruturação trouxe esperança para o funcionalismo, mas o momento é de manter a mobilização. A decisão tem efeito somente na capital federal e, mesmo que o movimento sindical já tenha reivindicado à direção da Caixa que seus efeitos sejam estendidos a todo o país, a reestruturação continua valendo para os demais estados. O enfrentamento de mais esta medida unilateral e nociva da Caixa exige que os bancários se mobilizem.

O representante da base da Fetraf-RJ/ES na CEE/Caixa, Luiz Ricardo Maggi, considera um risco que toda a esperança se apoie sobre decisões judiciais. “Não temos nenhuma garantia de que a Caixa vá estender os efeitos da liminar ao país todo. Teríamos que entrar com ações semelhantes à ajuizada pelo Seeb-DF em todas as bases, e nem isso seria garantia de sucesso, porque os juízes podem ter entendimentos diferentes. O magistrado brasiliense teve uma interpretação da situação que foi favorável aos bancários, mas não podemos esperar que seus pares em outros estados vejam a situação da mesma forma”, pondera Maggi.

Pânico e pressão

A reestruturação anunciada há duas semanas não foi inesperada, uma vez que já circulavam, desde o final de 2015, boatos de que estava para acontecer uma nova onda de mudanças e redução de cargos. “Estas medidas atingem o funcionalismo como um todo trazendo muitas incertezas e apreensão. É, no mínimo, uma irresponsabilidade da Caixa ter deixado que estes boatos circulassem. Não vejo em nenhum manual de boa governança a orientação de permitir a circulação de boatos”, critica Maggi. O dirigente acredita, ainda, que haja algo por trás desta aparente negligência. “Ou foi incompetência da gestão ou a Caixa fez de propósito, para gerar pânico. Não podemos esquecer que há um PAA aberto e o banco quer se livrar de muitos empregados. A apreensão gerada pelos boatos e, agora, pela reestruturação, pode levar muitos bancários a aderir à aposentadoria antecipada”, especula o sindicalista.

Perfil e atendimento

A Caixa está passando por mudanças que vão além da aparência. “O que mais percebemos é que a linguagem de mercado está se tornando cada vez mais comum dentro do banco. Isso mostra que o papel social da Caixa como gestora dos programas do governo está ameaçado”, aponta Maggi.

A redução das áreas-meio com transferência dos empregados para a rede também é uma ilusão. “Os bancários de agência costumam achar positivo que ‘aquele pessoal que não faz nada nos prédios’ vá para a rede, mas isso é ilusório. Além da reestruturação atingir também as agências – com redução dos postos de Caixa Executivo e extinção da função de Tesoureiro – há processos essenciais das áreas-meio que serão afetados”, alerta Maggi. O sindicalista ressalta, ainda, que muitos dos processos que hoje são feitos nos departamentos administrativos passarão a ser realizados nas unidades, aumentando a carga de trabalho dos empregados. “O atendimento, que já é precário em função da dotação reduzida, tenderá a ficar ainda pior”, conclui o dirigente.

Mobilização

A CEE/Caixa e a Fenae estão montando uma agenda de mobilização para tentar, pelo menos, abrir um canal de diálogo com a Caixa, já que a reestruturação foi feita sem nenhuma negociação com os representantes dos empregados. “Temos um Dia Nacional de Luta nesta quinta-feira, dia 24, e ainda teremos muitas atividades para mostrar não só à direção da Caixa, mas também à população que usa os serviços, o quanto esta reestruturação é nociva”, destaca Maggi. “Em mais este momento difícil em que a Caixa age de forma unilateral e contra o interesse dos trabalhadores e da população, é importante que todo o funcionalismo se mantenha unido e mobilizado”, convoca o sindicalista.

Caixa: Reestruturação exige mobilização

A notícia de que o Sindicato dos Bancários de Brasília obteve liminar na Justiça do Trabalho que suspende a reestruturação trouxe esperança para o funcionalismo, mas o momento é de manter a mobilização. A decisão tem efeito somente na capital federal e, mesmo que o movimento sindical já tenha reivindicado à direção da Caixa que seus efeitos sejam estendidos a todo o país, a reestruturação continua valendo para os demais estados. O enfrentamento de mais esta medida unilateral e nociva da Caixa exige que os bancários se mobilizem.

O representante da base da Fetraf-RJ/ES na CEE/Caixa, Luiz Ricardo Maggi, considera um risco que toda a esperança se apoie sobre decisões judiciais. “Não temos nenhuma garantia de que a Caixa vá estender os efeitos da liminar ao país todo. Teríamos que entrar com ações semelhantes à ajuizada pelo Seeb-DF em todas as bases, e nem isso seria garantia de sucesso, porque os juízes podem ter entendimentos diferentes. O magistrado brasiliense teve uma interpretação da situação que foi favorável aos bancários, mas não podemos esperar que seus pares em outros estados vejam a situação da mesma forma”, pondera Maggi.

Pânico e pressão

A reestruturação anunciada há duas semanas não foi inesperada, uma vez que já circulavam, desde o final de 2015, boatos de que estava para acontecer uma nova onda de mudanças e redução de cargos. “Estas medidas atingem o funcionalismo como um todo trazendo muitas incertezas e apreensão. É, no mínimo, uma irresponsabilidade da Caixa ter deixado que estes boatos circulassem. Não vejo em nenhum manual de boa governança a orientação de permitir a circulação de boatos”, critica Maggi. O dirigente acredita, ainda, que haja algo por trás desta aparente negligência. “Ou foi incompetência da gestão ou a Caixa fez de propósito, para gerar pânico. Não podemos esquecer que há um PAA aberto e o banco quer se livrar de muitos empregados. A apreensão gerada pelos boatos e, agora, pela reestruturação, pode levar muitos bancários a aderir à aposentadoria antecipada”, especula o sindicalista.

Perfil e atendimento

A Caixa está passando por mudanças que vão além da aparência. “O que mais percebemos é que a linguagem de mercado está se tornando cada vez mais comum dentro do banco. Isso mostra que o papel social da Caixa como gestora dos programas do governo está ameaçado”, aponta Maggi.

A redução das áreas-meio com transferência dos empregados para a rede também é uma ilusão. “Os bancários de agência costumam achar positivo que ‘aquele pessoal que não faz nada nos prédios’ vá para a rede, mas isso é ilusório. Além da reestruturação atingir também as agências – com redução dos postos de Caixa Executivo e extinção da função de Tesoureiro – há processos essenciais das áreas-meio que serão afetados”, alerta Maggi. O sindicalista ressalta, ainda, que muitos dos processos que hoje são feitos nos departamentos administrativos passarão a ser realizados nas unidades, aumentando a carga de trabalho dos empregados. “O atendimento, que já é precário em função da dotação reduzida, tenderá a ficar ainda pior”, conclui o dirigente.

Mobilização

A CEE/Caixa e a Fenae estão montando uma agenda de mobilização para tentar, pelo menos, abrir um canal de diálogo com a Caixa, já que a reestruturação foi feita sem nenhuma negociação com os representantes dos empregados. “Temos um Dia Nacional de Luta nesta quinta-feira, dia 24, e ainda teremos muitas atividades para mostrar não só à direção da Caixa, mas também à população que usa os serviços, o quanto esta reestruturação é nociva”, destaca Maggi. “Em mais este momento difícil em que a Caixa age de forma unilateral e contra o interesse dos trabalhadores e da população, é importante que todo o funcionalismo se mantenha unido e mobilizado”, convoca o sindicalista.